Fanfics Brasil - Capitulo 13 - Tentativa de Assassinato O Outro Menino que Sobreviveu - Harry Potter

Fanfic: O Outro Menino que Sobreviveu - Harry Potter


Capítulo: Capitulo 13 - Tentativa de Assassinato

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Com as matérias mais difíceis do que nunca, Harry e Rony, mal conseguiam acompanhar o que os professores diziam, até mesmo as aulas de Herbologia, que costumavam ser fáceis, eram agora textos indecifráveis sem a ajuda de Hermione. Por sorte dos garotos, a amiga parecia estar entendendo tudo muito bem, e os ajudava nos deveres gigantescos que recebiam. Era com esperança que aguardavam ao primeiro sábado de outubro; seria o primeiro fim de semana que poderiam descansar um pouco, pois havia um passeio programado para Hogsmeade. Na sexta feira no entanto, ao descerem para o café da manhã, toparam com quase toda Grifinória em volta do quadro de avisos na sala comunal. Os alunos se acotovelavam em volta de um comunicado que dizia assim:


 


O passeio a Hogsmeade,


programado para o próximo sábado,


Fica indefinidamente Cancelado


Os alunos deverão se reunir no sábado,


logo após o café, na


Campina junto ao lago, nos terrenos da escola,


Para dar as boas vindas aos


Colégios competidores do


Torneio Tri-Bruxo.


 


         Não se ouvia pelos corredores, outro tipo de comentário que não estivesse ligado a chegada iminente dos visitantes, no salão principal, ouviram Malfoy se pavoneando para Crabbe e Goyle:


         - Não sei que tipinho colocaram para dirigir Durmstrang agora, mas meu pai foi convidado para assumir aquela escola, só não aceitou por que seus negócios na Inglaterra são de maior importância.


         Rony cutucou Harry e indicou com um sorriso maroto nos lábios, a pessoa que se aproximava por trás de Malfoy. Ambos observavam a profa. Longbottom com crescente expectativa.


         - Com licença senhor Malfoy, posso lhe dizer uma palavrinha?


         - Pro-pro-professora?


         - MENTIROOOOOOOOSSSOOOOOO. – a já conhecida voz espectral e ampliada reverberou por todo o salão, ela abaixou então a varinha que apontava para a própria garganta, e seguiu para a mesa dos professores.


         O salão inteiro caiu na gargalhada, até mesmo alguns alunos da Sonserina que achavam Malfoy muito esnobe, fizeram coro ao resto da escola.


         - Cara; ganhei o dia. – Rony estava extasiado com a humilhação de Draco. Hermione no entanto, que estava determinada a desaprovar tudo que Longbottom fazia em exageros, criticou-a:


         - Ela não devia usar de suas prerrogativas de professora para humilhar um aluno assim.


         - Não era um aluno Mione, era o Draco – disse Rony, depois imitou com bastante perfeição a voz de Malfoy, apenas acrescentando alguns trejeitos afeminados: - “... Meu pai foi convidado a assumir a escola...”


         Nova onda de gargalhadas assolou os alunos que estavam por perto e ouviram o gracejo, até a menina se viu rindo a contragosto, e quando, ainda sorrindo, ela voltou os olhos para a mesa dos professores, Longbottom a encarava, como se estivesse ouvindo cada palavra, e por uma fração de segundos, Hermione podia jurar que ela lhe deu uma piscadela de cumplicidade e a sombra de um sorriso cruzou rapidamente seus lábios, mas num piscar de olhos, a velha senhora encarava a turma toda com a mesma expressão rabugenta de sempre.


A primeira aula de sexta feira foi de poções, e como sempre, os alunos encontraram a masmorra do prof. Slughorn cheia de fumaça e odores estranhos. Rony, que nunca conseguira ser incluído no “Clube do Slug”, torceu o nariz como de costume. Ele não se conformava de Gina ser convidada aos jantares e festas que o professor dava, e ele não. Além disso, Harry era o aluno favorito do prof., tanto por sua mãe ter sido uma das pérolas de sua coleção, ou por seu pai ser um jogador famoso de quadribol, ou até mesmo por seu padrinho Sirius, que além de ser de uma das famílias bruxas mais respeitadas, tinha conseguido vencer por conta própria no mercado de vassouras de corridas.


Hermione, por sua sagacidade e inteligência, tinha sido incluída ao clube do Slug logo na primeira semana de escola, e Rony, depois de quatro anos, ainda não conseguia ter seu nome pronunciado de maneira correta pelo professor de poções:


– Oho, Harry, - Slughorn mal deixou o garoto entrar na sala para passar uma descompostura fingida - Menino malvado, você não tem nenhum apreço com ao velho professor de poções? Ainda não recebi nenhuma foto autografada de Tiago. E Lilian ainda não me mandou nenhuma coruja esse ano.


Harry sorriu sem graça, nunca gostara das atenções que o professor lhe dispensava por conta da sua família:


– Papai anda meio ocupado, mas tenho certeza que se o senhor lhe enviar uma coruja...


– Que seja, que seja, mas hoje... – disse o enorme professor com ares de resignação – Estudaremos a mais famosa poção do amor já conhecida por qualquer bruxo do mundo. A poção “Encanto bella”.


A aula de poções transcorreu sem maiores novidades; também como as duas aulas de História da Magia e a de Transfiguração. Na hora do almoço, tudo que os garotos podiam esperar de mais excitante era que alguém levitasse na aula de Feitiços, pois ao contrário, seria mais um dia monótono e corriqueiro.


 No entanto, ao chegar a hora do almoço, Harry teria preferido a monotonia de um dia comum. As conversas ainda giravam em torno do torneio tri-bruxo, prestes a começar. O clima descontraído acabou repentinamente, quando a professora Sprout entrou no salão principal e se dirigiu ao diretor, ela trazia as mãos ensangüentadas e o rosto coberto de lágrimas:


– Rúbeo. Morto. – foram as únicas palavras que os alunos conseguiram entender.


Dumbledore levantou-se e saiu rápido do salão, os professores procuravam alcançá-lo, mas o diretor já estava no meio do caminho que levava ao casebre do guarda-caça, antes mesmo dos demais terem chegado as portas do castelo. Harry sentiu seu mundo ruir; Hagrid era uma parte de Hogwarts. Uma parte que ele não conseguia admitir ou mesmo imaginar que poderia deixar de existir. Os alunos dirigiram-se para as janelas, tentando ver algo que não conseguiam.


– Venham por aqui, - Hermione puxou Harry e Rony pelos cotovelos.


– Pra onde estamos indo, - reclamou Harry furioso – Eu quero ver o Hagrid.


– Por aqui, abaixem-se aí e escondam-se – A menina os enfiava atrás da estátua de uma górgona.


Os meninos reconheceram o corredor em que estavam, e não puderam deixar de dar o devido crédito à amiga. Eles estavam escondidos bem na frente da enfermaria. Mal tiveram tempo de esconderem-se e ouviram vozes se aproximando:


–... St. Mungus. Eu mesmo o levarei, e avise Lilian e Severo. – era o diretor quem falava. Na sua frente, vinha flutuando o enorme corpanzil de Hagrid; sua palidez era cadavérica, o sangue gotejava na base de cada flecha espetada em seu peito. Os garotos contaram mais de uma dúzia delas. Após os adultos entrarem na enfermaria e se verem novamente sozinhos no corredor, Hermione disse:


– Venham, não nos deixarão entrar agora.


A expectativa do Torneio, parecia agora sem importância nenhuma; ao voltarem para a sala comunal, depararam-se com diversos alunos das outras casas, e nenhum deles aparentava entusiasmo, todos tristes e cabisbaixos. Estavam já em frente ao quadro da mulher gorda, quando encontraram a profa. McGonagall:


– Os senhores poderiam me dizer aonde vão? Que eu saiba, as aulas não foram suspensas.


– Mas Professora, o Hagrid...


– Sofreu um acidente de trabalho, foi socorrido, e está sendo tratado. Sim senhor Potter, eu sei o que se passa na escola, mas torno a afirmar que as aulas não foram suspensas.


– A SENHORA CHAMA DE ACIDENTE DE TRABALHO SER TRANSFORMADO EM ALMOFADA DE ALFINETES? – Harry gritava sem poder se conter, será que ela não entendia que Hagrid podia já estar morto? – ELE ESTAVA COM MAIS DE DEZ FLECHAS NO PEITO.


Os lábios de McGonagall pareciam uma fenda de tão furiosa que estava:


– Agora chega Potter, eu sei que você é amigo de Hagrid, mas isso não lhe confere o direito de agir assim. – sua voz era falsamente calma.


– A SENHORA NÃO SE IMPORTA NÃO É?


– Potter, essa foi à gota d’água. Você esta de detenção. Todos os dias até o fim do mês, em minha sala, às oito da noite. Agora voltem pra aula, isso é uma ordem.


Ela disse isso e se afastou sem olhar para trás. Harry se arrependeu de suas palavras no segundo em que as proferiu, não pelas detenções, mas por que pode ver lágrimas que escorriam pelos olhos da professora antes dela se virar. Pela primeira vez na vida, se deu conta que tanto os professores, quanto os funcionários da escola, não tinham família fora dali, e que conviviam juntos já há muitos anos; um incidente como o de Hagrid, devia estar sendo um golpe muito mais duro para eles, do que para os alunos.


O restante do dia, foi um borrão de preocupação e remorso para ele. Após o jantar, o menino saiu desanimado para ir cumprir sua detenção. Nem Rony, nem Hermione o acusaram de nada, mas ele podia ver em seus olhos que achavam o castigo por merecido; não os culpava por pensarem assim, ele próprio concordava com isso. Arrastou-se o mais lentamente possível até a sala da Diretora da Grifinória, tentando pensar no caminho, num pedido de desculpas que soasse sincero e mostrasse a ela que ele estava realmente arrependido pelo seu comportamento. Não conseguiu, tudo que ele pensava em dizer, parecia falso e ensaiado.


– Não podia ser de outra forma, - pensou ele – afinal é exatamente isso que eu estou fazendo. Ensaiando.


– Entre. – respondeu McGonagall, numa voz gélida e distante quando ele bateu em sua porta. Sem levantar os olhos de seu livro ela lhe indicou uma mesa de trabalho. – Eis aqui uma lista com todo o corpo docente de Hogwarts dos últimos cem anos, alguns nomes estão começando a desbotar, transcreva-os para um novo livro.


O livro a sua frente, trazia dados completos de todos os funcionários da escola, coisas como: Nome Completo, data de admissão, data de demissão, familiares, cargo ocupado e no verso da folha, uma pequena biografia da pessoa.


McGonagall saiu da sala e o deixou sozinho com a monótona tarefa. As horas passaram lentamente, quando a professora finalmente retornou para dispensá-lo, Harry viu em seu relógio, que já eram quase meia noite.


– Professora, não estou tentando me esquivar das detenções, - disse o menino enchendo-se de coragem antes de sair, - Mas gostaria de pedir desculpas pelo que lhe disse hoje. Foi cruel da minha parte, eu não tinha o direito sequer de pensar aquelas coisas, quanto mais dizê-las. Espero que um dia a senhora possa me perdoar.


– Amanhã no mesmo horário. – Foi tudo que recebeu como resposta, mas o tom de voz dela já não estava mais tão frio como antes. O garoto resolveu então arriscar um pouco mais.


– A senhora teve noticias dele? Ele está melhor?


– O diretor chegou de St. Mungus ainda a pouco, mas não tive oportunidade de falar-lhe. Ele se encontra em sua sala agora, cuja senha é pudim de ameixa; se alguém quisesse saber noticias de Rubeo teria de falar com o prof. Dumbledore. Mas Potter, deixe-me avisá-lo de uma coisa, você já ultrapassou todos os limites de disciplina da escola. Seu próximo castigo será a expulsão. Seria prudente arriscar tanto, apenas para saber do estado de saúde de uma pessoa, que você sabe que está sendo tratado pelos melhores curandeiros do país?


Harry pensou nas palavras da professora, inclusive naquelas que ela não disse. E chegou a conclusão, que se ela realmente não quisesse que ele fosse ver o diretor, não teria lhe dito a senha.


Antes que perdesse a coragem, dirigiu-se a sala do diretor. Ao chegar em frente a gárgula que protegia a escada em espiral disse:


– Pudim de ameixa – O enorme monstro de pedra deu um passo ao lado, franqueando-lhe a passagem. Harry subiu com o coração aos saltos. No fim da escada, uma porta de madeira maciça o aguardava; uma grande aldrava em forma de fênix pendia do centro. Antes de ter oportunidade de tocá-la no entretanto, ouviu vozes vindas de dentro do gabinete:


– Você já se deu conta, do quanto esta se tornando parecido com aquele que tanto combate? – a voz de Dumbledore foi facilmente reconhecida - Até mesmo escolheu outro nome para si, assim como Voldemort.


– Já discutimos sobre isso Professor, sabe que meus motivos são completamente diferentes, aliás, foi você mesmo quem sugeriu Ignoto.


A voz que respondera, não era tenebrosa, nem diabólica. Era até mesmo uma voz normal, que Harry tinha certeza já ter ouvido antes, mas alguma coisa na sua cabeça começou a gritar “FUJA”, o medo apossou-se dele de uma forma tão avassaladora, que o paralisou no chão.


Outra pessoa entrou na conversa:


– Aquilo foi, inconseqüente, perigoso, exibicionismo, imprudente, arrogante, arriscado e principalmente, não nos trouxe benefício nenhum.


– E você Severo, está sendo pedante. Deixe de dizer tolices homem, você sabe tão bem quanto eu que era necessário enfrentar Riddle. O importante agora é Rubeo. Como ele está?


– Sobrou muito pouco sangue nele. – respondeu Snape com resignação – Estamos fazendo regeneração sanguínea de hora em hora. Sua pele de meio gigante o salvou, para qualquer ser humano normal, os ferimentos seriam fatais.


– Alguma idéia sobre quem fez isso? É obvio que o objetivo era incriminar os centauros, mas eu conheço Agouro e os outros, por mais selvagens que sejam, jamais fariam aquilo gratuitamente.


– Eu sei, concordo com você. O que nos deixa na desconfortável situação de termos agentes das trevas infiltrados na escola.


– Burbage Charity? – sugeriu o homem que se intitulava Ignoto.


– Não, - o diretor foi categórico – desde seu retorno, a tenho mantido sobre severa vigilância. Ela só tem sido ludibriada a passar apenas informações que eu quero que Voldemort receba. Temos algum desconhecido trabalhando para o inimigo. Mas mudando de assunto, Severo não deixa de ter certa razão. Era mesmo necessário enfrentar Riddle daquela maneira?


– Sim professor, foi necessário.


– Muito bem, se você diz. Aprendi a confiar em seus instintos com o passar dos anos. Pode ao menos nos dizer por que?


– Por isso.


– Compreendo, - Dumbledore disse admirado – você tem consciência do que tem nas mãos?


– Plenamente, a pergunta é: Riddle tem consciência do que perdeu?



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Autor(a): Gelmo

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • e7potter Postado em 02/05/2015 - 23:20:19

    pfv continua, tá otima sua fanfic.


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