Fanfic: Procura-se um marido -Aya- Adaptada | Tema: Ponny

No entanto, Ucker estava colérico.
- Porra, Anahi! Não acredito que logo no primeiro fim de semana você me dá um furo desses! Eu tinha uma prova importante no curso hoje de manhã, sabia! Pode esquecer o emprego. Você só fica até eu encontrar alguém pra te substituir – rosnou ele.
- Não consegui chegar antes porque... o carro quebrou - argumentei, com a voz mais melosa que pude encontrar. – Sinto muito pela prova.
- Ah, o carro quebrou! Claro! – ele revirou os olhos. – E que roupa é essa! Vendemos peça de decoração aqui, pelo amor de Deus! Você está parecendo uma qualquer.
Apertei o paletó do Alfonso em volta do corpo, e meu rosto ardeu.
Alfonso enrijeceu ao meu lado. Até aquele momento eu não tinha olhado para ele, por isso fiquei tão surpresa quando ouvi sua voz fria e cortante, e muito, muito ameaçadora, se dirigindo a Ucker.
- Isso não é jeito de falar com ela. Você está se excedendo, Christopher.
- Agora você quer defender a Anahi! – Christopher jogou a mochila nos ombros e pegou seu casaco, sem dar importância ao tom intimidante de Alfonso.
- A Dul me contou sobre o acordo de vocês. Não precisa fingir pra mim que se importa com ela, cara. A Anahi sempre foi e sempre será uma irresponsável indigna de confiança. Você logo vai descobrir isso.
Não sei bem como ele conseguiu agir tão depressa, mais num piscar de olhos Alfonso tinha a garganta de Ucker sob seus dedos, prensando o contra a parede cor de creme da Galeria Renoir. Ucker arfou contra a parede, com a qual Alfonso parecia querer fundi-lo. Seus olhos pereciam querer saltar das órbitas com o susto. Eu não queria ver o rosto de Alfonso, apenas sua nuca ruborizada, mas os nós de seus dedos, brancos como osso, indicavam que ele apertava a garganta de Ucker com força excessiva.
- Nunca mais fale assim com a minha mulher – disse Alfonso na mesma voz baixa, contida e ameaçadora. E, oh, incrivelmente sensual. – Nunca mais ouse ofender a Anahi com palavras rudes e grosseiras, ou eu juro que faço você engolir cada uma dessas tralhas velhas que você chama de obra de arte. Entendeu o que eu disse?
Ucker se limitou assentir.
- Agora peça desculpa para a Anahi – ordenou Alfonso.
- Não... consigo... respirar... – Resmungou Ucker, o rosto assumindo um tom arroxeado.
Alfonso o soltou bruscamente. Ucker deslizou pela parede, sem equilíbrio, arfando, tentando levar ar aos pulmões mais rapidamente.
- Cara, você está louco! – cuspiu ele, os dedos em torno do pescoço.
- Ainda não ouvi suas desculpas – Alfonso retrucou secamente.
- Desculpa, Anahi – Ucker se apressou, ainda caído. – Eu exagerei.
- Hã... Tudo bem – eu disse.
Alfonso se virou para me encarar. Seu rosto havia assumido um brilho novo, as pupilas dilatadas, a boca retorcida numa expressão reprovadora, mais havia calor em seus olhos.
- O Christopher costuma te tratar desse jeito? – perguntou.
- Não! Claro que não. Normalmente ele é bem... hã... bacana.
Ele assentiu, ficando ao meu lado.
- Cara, pensei que você fosse me matar! – reclamou Ucker, massageando o pescoço e tentando ficar de pé.
- Desculpa Ucker. Mas não gostei do jeito como você falou com a Anahi. Ela merece respeito. O culpado pelo atraso dela sou eu. Você não precisa responsabilizar a Anahi e muito menos tratar ela de forma tão grosseira – Alfonso explicou. – Não se trata uma mulher desse jeito.
- Já entendi - Ucker falou, olhando para Alfonso de canto de olho. – Não precisa repetir. Vou indo, Anahi. Espero que o Alfonso não faça você se atrasar de novo.
Alfonso apenas sorriu, satisfeito por sua ameaça ter surtido o efeito desejado.
- Estarei aqui na hora certa fim de semana que vem – garanti. – Sem atrasos. Prometo! Boa aula.
- Ou o que restou dela... Até mais, Alfonso. – Ucker fez um aceno de cabeça pouco amistoso e saiu ainda meio cambaleante.
- O que deu em você? – perguntei a Alfonso assim que a porta se fechou. Não que eu não tivesse apreciado muito vê-lo me defender com tanta ferocidade... Além disso, eu queria ter apertado o pescoço de Ucker pessoalmente desde que soubera que ele havia dado com a língua nos dentes, mas sabia que a Dul ficaria chateada. Alfonso esganá-lo já era outra história, e eu não podia fazer nada a respeito.
Ele deu de ombros.


Pessoal jaja posto mais uns dois cap ou tres, vou pegar minha filha na van da escola! beijos