Fanfic: Procura-se um marido -Aya- Adaptada | Tema: Ponny
– Não vai dar. Meu pai está lá em casa. Ele quer falar com a minha mãe sobre a casa da praia. Ele quer vender, ela não – Dul sacudiu a cabeça. – Preciso estar lá para que não acabe em sangue.
Depois que ela foi embora, decidi tomar um banho para me livrar do suor e das manchas de tinta lilás que coloriam meus braços. Alfonso ainda não tinha voltado para casa. Vestida com meu pijama de nuvenzinha e minhas pantufas, decidi ler alguma coisa na cama antes de dormir, mas o cheiro de tinta fresca começou a me dar dor de cabeça. Fui para sala, tentando me acomodar no sofá extremamente desconfortável. O couro barulhento esquentava meu corpo, me fazendo grudar nele.
Sentindo-me uma intrusa, arrisquei – já que Alfonso não estava ali para me impedir – conhecer o único cômodo a que eu ainda não havia sido apresentada. Entrei sorrateiramente em seu quarto, totalmente ciente do que estava fazendo. Surpreendi-me ao perceber que era muito diferente do meu. Sério e bem decorado, com pilhas de CDs sobre a cômoda e lençóis brancos e arrumados, me convidando para experimentar sua maciez. Não havia absolutamente nada fora do lugar, e tudo era marrom, masculino e intimidador. Parei meu tour por alguns instantes para analisar uma fotografia na mesa de cabeceira. Uma foto de família: Alfonso vestindo uma beca azul, um garoto muito parecido com ele, com cabelos escuros, e um casal mais velho – seu irmão e seus pais, provavelmente. Ele exibia um sorriso enorme, a mãe olhava para ele, orgulhosa, e o pai tinha o punho erguido no gesto universal da vitória. O irmão sorria para a câmera, exibindo aparelho nos dentes. Todos espremidos uns nos outros. Uma família feliz. Sorri enquanto deixava o quarto.
Voltei para o sofá da sala e, tempos depois, acho que acabei dormindo, pois quando dei por mim a luz do sol atravessava o tecido grosso da cortina. Alfonso estava parado em frente ao espelho sobre a cômoda, ajustando a gravata.
– Já não era sem tempo – disse ele, ainda encarando o espelho ao lado do mancebo. – Bom dia.
– Bom dia – murmurei, atordoada de sono.
– Estamos com o tempo contado – ele explicou, a voz sem entonação alguma. – Então, se você puder se apressar...
– Tudo bem. – Ainda em estado catatônico, levantei da cama e tropecei em alguma coisa, quase derrubando o porta-retratos da mesa de cabeceira.
Voei para o banheiro para tomar uma chuveirada. Eu já havia terminado o banho e escovado os dentes quando finalmente acordei. Corri para o carro de Alfonso.
– Como foi que eu acabei na sua cama?
Ele estava de costas, terminando de guardar papéis em sua pasta de couro preta.
– Eu te trouxe. Você parecia desconfortável no sofá – disse vestindo o casaco. Um blues suave tocava ao fundo. – Imaginei que o cheiro de tinta fresca no seu quarto te deixou enjoada. Mas não se preocupa, eu não dormi aqui. – Ele parou de falar quando se virou e me viu. Seus olhos percorreram o meu corpo, dos cabelos empapados até os pés descalços.
– Que foi? – olhei para baixo tentando entender o que o espantara tanto e me deparei com a toalha negra e nada mais. – Ah, droga Alfonso! – Corri para meu quarto, com o rosto pegando fogo. – Desculpa! – gritei, encostada na porta.
Merda.
Meu celular tocou, era Clóvis.
Merda dupla!
– Anahi, eu gostaria de falar com você hoje à tarde. Seria possível? – ele perguntou com a voz indiferente, como sempre.
– Não posso. Eu trabalho, esqueceu? – comecei a me vestir, equilibrando o celular enquanto passava a camiseta pela cabeça.
– Não, Anahi, eu não esqueci. Vou avisar a Janine sobre a sua meia-folga. Esteja na mansão depois do almoço...
– Não! Na mansão, não! – eu não suportaria entrar ali outra vez e ver o vazio deixado por meu avô.
– Então que tal almoçarmos naquele seu restaurante tailandês preferido?
– Acho que... – Quando eu poderia comer naquele lugar outra vez? Com o meu salário, não tão cedo. – Tudo bem, Clóvis. Mas talvez eu me atrase um pouco. Ônibus nessa cidade é uma loucura.
– Eu espero você. Bom dia.
Terminei de me vestir em segundos, calçando os sapatos quando já estava no corredor. Alfonso não comentou nada sobre minha “aparição” em seu quarto. Também não disse nada além de “Dia quente hoje” enquanto dirigia para P&P. Eu queria dizer a ele que não tive a intenção de constrangê-lo, mas trazer o assunto à tona só nos deixaria ainda mais incomodados. Além disso, eu não tinha certeza se não queria, de fato, deixá-lo constrangido.
Autor(a): Nana
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Eu estava ansiosa para que a hora do almoço chegasse logo – mais que o habitual. Não sabia o que Clóvis queria discutir e estava inquieta para descobrir. Alguma coisa me dizia que eu não gostaria nada do que ele tinha para me falar, mas isso já nem era novidade.Assim que a sala começou a esvaziar, perto do meio-dia, Alfonso me ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 225
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maryangel Postado em 19/03/2015 - 11:45:36
Simplesmente lindo!! Amei a história, essa transformação da Any como pessoa, ela se tornou melhor e mais responsável, eu tinha estranho aquele testamento que graças a Deus foi invalidado. O Alfonso *-* , lindo o fato de ele ter xonado desde o começo por ela *-* e o pedido de casamento?! kkkkk.Agora a Any tem uma família completa , amei as cartas do avo narciso , fiquei curiosa com as futuras cartas que ele deixou ...e a borboleta?! Eu tinha sacado, ele sempre esteve ao lado dela... simplesmente lindo!!!
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beatrisponny Postado em 08/08/2014 - 08:44:32
Quero a sinopse!! Posta
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lara_rbd Postado em 18/04/2014 - 00:00:32
oi lia fic maraaaaaaaaaaa amei! amei! amei! o inicio o meio e o fim tudo maravilhoso uma das melhores fics que ja li! amei...
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camile_ponny Postado em 02/04/2014 - 16:54:39
Nossa cara to sem palavras pra esse final. faço das palavras de isajule as minhas porque foi lindo! sério muito bom mesmo parabéns! ameiii. haha :)
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isajuje Postado em 02/04/2014 - 10:52:52
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH acabou ): e agora, como lidar com esse vazio? Esse foi o melhor Poncho que eu já vi, já li muitas histórias que o Poncho vacilava como esse também deu umas vaciladas... Mas abafa. Mas esse sempre estava pensando no melhor para ela, desde o início, e ele pediu perdão, se mostrou arrependido por estar longe dela, que coisa mais fofa né? Como não amá-lo? <3 Esse fim foi mais do que perfeito, embora eu não acredite que isso acontecesse na vida real, mas no livro, na história é lindo e eu amei u_u KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK obrigada por compartilhar a história. Acompanharei outras adaptações se for postar (:
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brendacocatti Postado em 01/04/2014 - 22:26:39
aaaaaaaaaaaaaaaaaa não creio que acabou :/ Mais mesmo assim foi perfeito, to emocionada aqui :'))) e que venham mais e mais historias como essa, serio, foi uma das melhores que ja li *-*
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franmarmentini Postado em 01/04/2014 - 19:38:27
miga linda...seguinte eu tava lendo essa fic* que vc vai postar nova...e eu já leio ela..essa história é maravilhosa mas se vc for postar leio aki também sem problemas... da uma olhada no link... http://fanfics.com.br/fanfic/31340/fallen-too-far-adaptada-aa-anahialfonso-aya-h ot-e-romance bjusssssssssss
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franmarmentini Postado em 01/04/2014 - 19:36:47
MIGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AMEI ESSA SUA WEB CHORREI RIOS E RIOS DE LÁGRIMAS...VOU SENTIR MUITA FALTA...
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franmarmentini Postado em 01/04/2014 - 18:27:57
ai meu deus essa dul preocupada com a calça dela kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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eduardah Postado em 01/04/2014 - 18:19:33
Gente isso pode ser até feio mais eu INDICO A FANFIC ''O AMOR SIMPLESMENTE ACONTECE''vou indicar essa por que eu amei ..e sim eu vou comprar o livro hauhsauhs Parabéns e vou continuar lendo suas fanfics