Fanfic: A Culpa É Das Estrelas / Adaptada / Herroni | Tema: Herroni

Estou afogada no mar do esquecimento onde a minha volta só enxergo a escuridão e nós se formam em minha garganta, me impedindo de gritar mais alto que a minha própria dor, meu lamento, minha morte.

Caro amigo, se você chegou até aqui, leia mais. Você vai se surpreender com a infinidade de letras que transformam palavras em sentimentos.

Sentimentos estes que privei a minha alma de senti-los.

Olha só, adoro borboletas e nem sei o porquê delas me fascinarem tanto. Talvez seja pelo fato delas viverem tanto em tão pouco tempo enquanto eu vivo pouco em pouco tempo. Complicado, eu sei, mas não sei explicar. Só continue aqui comigo. Lendo a história que em vão eu lutei pra tentar mudá-la.

Tudo começou a exatos três anos atrás.

Estava eu, linda como sempre me preparando para dar a resposta daquela equação megacomplexa de Matemática que garantiria a vitória do meu colégio, o Elite Way School nas Olimpíadas de Matemática quando senti uma dor absurdamente e quase impossível de ser sentida em meu peito. Cai no chão e vi o desespero no rosto do Christopher Uckermann, meu melhor amigo desde que eu me entendia por gente antes de apagar e acordar pelo que minha mãe me disse, uma semana, 6 horas, 31 minutos e 17 segundos depois. Wow!

Perguntei a ela o que tinha acontecido e ela só fez um gesto para uma enfermeira, uma senhora baixinha que aparentava ter uns 53 anos e eu tinha certeza que ela tinha um cachorro. Sério! Ela tinha cara de que tinha um cachorro, mais precisamente um labrador. Ela saiu do quarto onde eu estava e cerca de 3 minutos e 52 segundos um médico entrou.

“Como você está, Maite?” O Dr. Jim me perguntou.

Respondi que sentia e tinha certeza que haviam milhões de agulhas em meus pulmões e que, por mais que fizesse força para puxar ar para eles, nunca era suficiente.

Ele então me explicou que essa sensação era normal para o estágio em que meu câncer no pulmão estava. Estágio IV.

Olhei para mamãe que estava secando algumas lágrimas que rolavam por sua face com a manga do suéter azul florido que eu mesma tinha dado a ela no dia das mães.

Ela veio ao meu encontro e me deu um beijo na testa. Depois segurou forte a minha mãe.

Imaginem vocês, eu, uma garota de apenas 13 anos, considerada a mais inteligente do colégio mais importante do México, ganhadora de 4 feiras de Ciências com câncer no pulmão? Em estágio IV?

Recebi alta dois dias após saber que eu ia morrer graças a uma doença que meus caros colegas cientistas, ganhadores de prêmios Nobel ainda não haviam descoberto a cura! Eu estava p*** da vida por isso.

Meus pais, aconselhados pelo Dr. Jim me colocaram em um Grupo de Apoio para pessoas com câncer. Eu meio que lutei no começo para não ir, mas a mamãe insistiu tanto que eu estava deprimida, provavelmente porque quase nunca saía de casa, passava horas na cama, lia o mesmo livro várias vezes, raramente comia e dedicava grande parte do meu abundante tempo livre pensando na morte que acabei indo para ela não me encher mais o saco.

Admito, as reuniões não eram de todas ruins. Às vezes eram bem interessantes como a do dia em que eu conheci o Alfonso. Alfonso Herrera Rodríguez. Lindo nome, não? O dono dele era mais, te garanto! Lindo, perfeito!