Fanfic: A Culpa É Das Estrelas / Adaptada / Herroni | Tema: Herroni
camila_ e portinonherroni sempre me acompanhando suas lindas *--* obrigada e Feliz Ano Novo pra vocês!
victoriagby seja bem-vinda linda e Feliz Ano Novo!
Meninas, fiquem tranquilas porque aqui ninguém vai morrer! rs`.. Não ia ter graça se meus bebês morressem ://..tô tendo umas ideias aqui e como eu acredito muito em milagres porque eu sou a prova viva de um, vai acontecer um milagre na história também ^^
Espero que gostem da web..bjs
Alfonso Herrera dirigia muito mal. Tanto na freada quanto na arrancada, dava sempre um TRANCO enorme. Eu voava de encontro ao cinto de segurança da caminhonete Toyota toda vez que ele freava, e meu pescoço chicoteava para trás quando o pé ia para o acelerador. Eu deveria estar nervosa — sentada no carro de um estranho, indo para a casa dele, perfeitamente ciente do fato de que meus pulmões de araque iriam dificultar quaisquer esforços para evitar avanços indesejados —, mas ele dirigia tão mal que eu não conseguia pensar em outra coisa.
Tínhamos percorrido quase uns dois quilômetros em silêncio, ouvindo só os barulhos do carro, quando o Alfonso disse:
— Fui reprovado três vezes no teste de direção.
— Não diga.
Ele riu e balançou a cabeça.
— É que eu não consigo sentir nada com a boa e velha prótese aqui, e não me acostumo a dirigir com o pé esquerdo. Meus médicos disseram que a maioria dos amputados consegue dirigir sem problemas, mas… bem. Não é o meu caso. Aí eu cheguei para o meu quarto teste de direção e ele rolou mais ou menos como agora. — Quase um quilômetro à frente o sinal ficou vermelho.
O Alfonso pisou fundo no freio, me atirando num abraço triangular com o cinto de segurança. — Foi mal. Juro por Deus que estou tentando fazer tudo devagar. Mas, aí, no fim do teste, eu estava certo de que tinha sido reprovado de novo, e o instrutor disse: “Seu jeito de dirigir é incômodo, mas não é arriscado, tecnicamente falando.” — Não sei se concordo com ele — falei. — Acho que foi mais um caso de “privilégio do câncer”.
Os “privilégios do câncer” são pequenas coisas que as crianças com a doença recebem e as saudáveis, não: bolas de basquete autografadas por ídolos do esporte, perdão pelo atraso na entrega do dever de casa, carteiras de motorista não merecidas etc.
— É — ele disse.
O sinal ficou verde. Segurei firme no banco. O Alfonso meteu o pé no acelerador.
— Você sabe que existem controles manuais para pessoas que não podem dirigir usando os pedais? — perguntei.
— Sei — ele respondeu. — Quem sabe algum dia?
E suspirou de um jeito que me fez pensar se ele achava que esse algum dia ia chegar. Eu sabia que o osteossarcoma tinha uma probabilidade de cura muito grande, mas, mesmo assim…
Existem várias maneiras de estabelecer a expectativa de vida aproximada de alguém sem perguntar isso diretamente. Eu fui pela mais tradicional.
— Então, você estuda?
Normalmente seus pais tiram você da escola quando já estão esperando que bata as botas.
— Estudo — ele respondeu. — Na North Central. Mas estou atrasado um ano, dei uma parada no segundo. E você?
Pensei em mentir. Afinal de contas, ninguém se interessa por um cadáver ambulante. Mas acabei dizendo a verdade.
— Não. Meus pais me tiraram da escola há três anos.
— Três anos? — ele perguntou, boquiaberto.
Contei ao Alfonso a versão resumida do meu milagre: diagnosticada com câncer no pulmão em estágio IV aos treze anos. (Não contei que o diagnóstico veio três meses depois da minha primeira menstruação. Tipo: Parabéns! Você já é uma mulher. Agora morra.) E, foi o que nos disseram, era incurável.
Passei por uma cirurgia. Depois, radioterapia. Aí tentaram quimioterapia para os tumores no pulmão, que diminuíram num primeiro momento, mas cresceram de novo. Nessa época eu já tinha quatorze anos.
Meus pulmões começaram a se encher de líquido. Basicamente, eu parecia uma morta-viva — as mãos e os pés inchados como balões, a pele rachada, os lábios sempre roxos. Existe um remédio que faz você não ficar totalmente apavorado pelo fato de não conseguir respirar, e eu tinha uma grande quantidade dele fluindo dentro de mim por um cateter central inserido perifericamente— PICC, para os íntimos — e mais de uma dezena de outros medicamentos. Mesmo assim, a sensação de afogamento é meio desagradável, principalmente quando dura vários meses. Por fim, acabei na UTI com pneumonia, e minha mãe se ajoelhou ao lado do meu leito e perguntou: “Você está pronta, querida?” Eu respondi que estava, e meu pai ficava repetindo que me amava com aquela voz embargada de sempre, e eu dizia que o amava também, e todo mundo de mãos dadas, eu sem conseguir respirar, meus pulmões funcionando no desespero, sem fôlego, me forçando a me ajeitar para tentar achar uma posição que permitisse que ar entrasse, eu constrangida pelo desespero dos meus pulmões, passada por eles não desistirem, simplesmente, e me lembro da minha mãe dizendo que estava tudo bem, que eu estava bem, que eu ficaria bem, e do meu pai fazendo um esforço tão grande para não chorar que, quando caía no choro, o que acontecia com frequência, parecia um terremoto. E me lembro de não querer ficar acordada.
Todo mundo achou que aquele fosse meu fim, mas minha médica do câncer, Maria, conseguiu drenar um pouco do líquido dos pulmões e, logo depois, os antibióticos que eu tomava para tratar a pneumonia começaram a fazer efeito.
Acordei e logo entrei num daqueles testes clínicos com remédios experimentais. A droga se chamava Falanxifor, uma tal de molécula projetada para grudar nas células cancerosas e diminuir a velocidade de multiplicação delas. Não funcionava em mais ou menos 70% das pessoas. Mas funcionou em mim. Os tumores reduziram de tamanho.
E continuaram reduzidos. Viva o Falanxifor! Nos últimos dezoito meses minhas metástases quase não aumentaram, deixando para mim pulmões que são péssimos, mas que poderiam, a princípio, continuar funcionando indefinidamente no sacrifício com o auxílio da chuvinha de oxigênio e de doses diárias de Falanxifor.
Devo confessar que a história de milagre do meu câncer só resultou em um pequeno ganho de tempo. (Eu só não sabia ainda quão pequeno.) Mas, enquanto contava tudo ao AlfonsoHerrera, pintei o quadro mais otimista possível, ressaltando a miraculosidade do milagre.
— Então você precisa voltar a estudar — ele disse.
— Na verdade, não dá — expliquei —, porque já peguei meu certificado de conclusão do ensino médio. Por isso tenho assistido às aulas no MCC. — Que é a faculdade comunitária da cidade.
— Uma universitária — ele disse, balançando a cabeça. — Isso explica a aura de sofisticação.
Ele abriu um sorriso afetado. Dei um empurrão no seu braço, de brincadeira. E pude sentir o músculo logo abaixo da pele, todo contraído e incrível.
Prévia do próximo capítulo
Fizemos uma curva cantando pneu e entramos em um loteamento com muro emboçado de dois metros e meio de altura. A casa dele era a primeira à esquerda. Estilo colonial, dois andares. Paramos, com um tranco, na entrada de carros. Fui atrás dele até dentro da casa. Uma placa de madeira, no hall, tinha gravadas com letras cursivas as palavras O lar & ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 15
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flavianaperroni Postado em 18/04/2015 - 04:41:15
Posta mais
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pryhsavirroni Postado em 27/02/2014 - 13:06:45
#Aviso: eu era a autora dessa adaptação, mas acontece que excluíram a minha conta e eu tive que fazer outra. Eu vou repostá-la e passo o link pra vocês. Beijos
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katiis Postado em 24/02/2014 - 15:37:47
posta mais !!!! porfavor eu não quero ler o livro estou ficando curiosa !!!! posta mais.
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thaynalima Postado em 20/01/2014 - 21:43:51
Leitora nova, sou Levyrroni, mas já li esse livro e sou apaixonada por essa história. Posta mais.
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camila_ Postado em 12/01/2014 - 19:50:58
Forças pra você Diva, é ruim perder alguém que amamos, fica bem, tá? Besos DIVA ... <3 *-*
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pryhrbdmaniacas2 Postado em 08/01/2014 - 00:46:20
camila_: ainnn tudo bem..te entendo..tô pensando em desistir da minha Uckerroni tbm e dar mais atenção as Herronis e a Savirroni pq sou realmente traumada nesses..mas tudo bem..vc tbm é a minha leitora favorita..vc e a Ingrid..adoro vcs..e eu vou postar mais..prometo..bjs
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camila_ Postado em 05/01/2014 - 20:56:52
Olha Linda... Nao me mate, nem fique magoada comigo.. Nao sei se estava gostando daquela web, acho que ela foi muito corrida e nao esta sendo bem escrita, entao, passei aqui pra te avisar que vou deleta-la e dar preferencia as minhas outras que vou criar e acho que ira ser bem melhor, enfim..E isso, so to avisando a voce pois voce e a minha Leitora Favorita(JURO) e nao te trocaria por mais nenhuuma... Besoos e compreende, viu? Beijoss e posta maiis mulher... Aaaaah , prometo que valera a pena essa minha decisao.. Pois estou amando escrever as fics HERRONI... Acho que nao estou tao traumada assim em Uckerroni, umdos motivos de parar, sabe? E isso.. Besos...
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camila_ Postado em 05/01/2014 - 00:44:07
Amaaando TUDO .... Postaaaa Maaaaiis , Linda .. Beijos ... *-*
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camila_ Postado em 03/01/2014 - 22:42:40
Linda e voce, amor.. Voce e doce *-* ... Muito obrigado por postar, voce mora no meu coracao, viu? Besos e amanha posta mais por favor, ja que hoje esta cansada... *-*
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camila_ Postado em 03/01/2014 - 20:51:01
Cadeee Voceeeeeeeeee? EU to muito ansiosa para capitulos... Vocenao pode fazer isso comigo mulher, nao some assim... Necessito dessa web, e muito lindaaaa ... Postaaaaaaaaaa por favorr... Nao me deixa na mao...