Fanfic: Encontros e desencontros | Tema: Pareja Tekila (Victoria Ruffo e César Evora)

Angelique era uma moça loira de olhos azuis, alta e atraente, e o tipo de mulher que não se rende fácil. Nunca aceitou o término do noivado com César e sempre deixou muito claro, por isso não agradou nada o que viu. Logo vai até César e o abraça forte, fala algumas poucas palavras de consolo que saiam da boca para fora, era evidente que tudo que estava tentando era mostrar a César que se interessava pela dor dele, mas estava nem ai para o que sentia e nem ao menos gostava do pai dele. Ele agradece as palavras e ela então resolve mostrar sua insatisfação pela presença de Victoria e diz:
- Angelique: De nada César, não precisa agradecer, para isso EU estou aqui, ficar com você e te cuidar. Quem é essa ai?!
Victoria a ouve e não gosta nada do tom como ela fala, sente uma ponta enorme de ciúme que com um ato heroico consegue conter, ele a escuta, suspira e diz:
- César: Angelique, essa é Victoria uma colega de trabalho, e uma grande mulher que eu amo e admiro muito, Victoria, essa é Angelique... um ex amor meu.

Victoria morre de rir por dentro da reação de Angelique quando escuta as palavras de César, mas como era muitíssimo educada estende a mão para cumprimentá-la, Angelique vê e não toma a mão de Victoria, olha César com uma cara séria de quem comeu e não gostou, logo olha Victoria com uma mistura de ciume e desprezo, vai logo dizendo:
- Angelique: Pois se é somente uma colega, o que está fazendo sentada junto aos membros da família? Esse lugar pertence a mim, que fui considerada como uma verdadeira filha pelo seu pai, e não... 
Ela faz uma breve pausa contendo um pouco as emoções ruins e ponderando as palavras, logo volta a dizer:
- Angelique: A essa desconhecida.
César a ouve e fica visivelmente irritado, vai dizendo:
- César: Eu proíbo que volte a falar assim da Victoria!
Ela o escuta e fica com raiva pela atitude que César teve de defender Victoria, mas disfarça muito bem com um falso tom suave e angelical quando diz:
- Angelique: Desculpe César! Você sabe que eu sou louca por você, e quero que nos entendamos e possamos voltar a ficar juntos.
Ele a escuta e diz em tom decidido:
- César: Entre nós não há mais nada, sinto por você somente carinho, mais nada! E pelo amor de Deus, esse não é o momento e nem a hora.
Ela o escuta, se aproxima perigosamente dele e diz:
- Angelique: Tem certeza? Duvido que... se meu lábio tocar o seu, você não vai sentir nada...
Ela então se atreve e dá um beijo nele, Victoria ao ver a cena fica enfurecida, começa a chorar de raiva e a primeira reação que tem, é pegar a bolsa e sair correndo, César imediatamente para o beijo e vai correndo atrás de Victoria, assim que a alcança, a toma gentilmente pelo braço, vira o corpo dela de modo com que os olhares deles se encontram e diz:
- César: Victoria eu...
Ela então sente o que ele faz, o olha e como não estava disposta a escutar mais nada, nem deixa ele continuar e vai interrompendo:
- Victoria: Não... não diga nada César, ela está coberta de razão. Eu não tenho direito, não sou ninguém. É melhor assim, já que ela é alguém e tem direito, que fique cuidando de você.
Ele a escuta, e logo diz em tom desesperado, e com os olhos molhados.
- César: Pelo amor de Deus Victoria, não faça isso comigo, hoje não! Eu preciso de você, e você sabe 
Ela então o escuta e se compadece dele, havia mudado de decisão e quando estava prestes a abraça-lo Angelique vem e diz:
- Angelique: O que ainda está fazendo ai? Achei que tinha ficado claro que você tem que ir embora, que não tem lugar pra você aqui!
César ia defender Victoria mas ela não deixa que ele sequer comece, e diz:
- Victoria: Ela tem razão César, e... é melhor eu ir. Não quero mais causar confusão para você, já basta o que está passando... nos falamos amanhã...
Ela então ruma para seu carro, César vê e tenta impedir que se vá, mas Angelique imediatamente o agarra pelo braço e o leva para dentro, enquanto diz algo como "Vem, deixe que essa ai se vá e vamos para dentro" e enquanto eles ficam lá, de fato ela cuida bem dele, pois não era tão insensível assim, e sabia que perder alguém era difícil, e também porque queria mostrar que é melhor que a mais nova rival. Victoria vê e chora sem consolo, embarca no carro e deita a cabeça sobre o volante, começa a chorar muito, não sabendo ao certo se era porque estava se sentindo humilhada ou se era o ciume que estava dominando o ser dela. Depois de algum tempo ela se recompõe, enxuga as lágrimas, põe o cinto, liga o carro e vai em direção a sua casa. Tarda um pouco a chegar pois no meio do caminho decide andar de carro pela cidade, e assim que se cansa vai realmente para a casa. Chegando lá estaciona o carro na garagem, desembarca e vai entrando em casa, a primeira coisa que faz é ir direto para o banheiro, separa duas toalhas, tira rapidamente a roupa que vestia, liga o chuveiro e entra imediatamente no box, deixando que a água caia em seu corpo e ficava um bom tempo perdida em seus pensamentos. Logo começa a lavar rapidamente seu corpo e seu cabelo, finalizando rapidamente pois já havia tardado muito em sair do banho. Enrola as toalhas no cabelo e no corpo, se seca enquanto vai até seu guarda roupa e pega uma camisola azul de seda e a veste. Logo Lúcia que já notou a chegada da patroa bate na porta, entra e logo diz:
- Lucia: Boa noite dona Victoria, está tudo bem? O que houve?
Victoria ouve a Lucia e responde meio atordoada:
- Victoria: Boa noite, eu estou bem! Só estou um pouco cansada...pois acabei de chegar de um velório.
Lucia ouve Victoria e se assusta:
- Lucia: Um velório?! Mas... de quem?
Victoria a ouve e responde:
- Victoria: Do pai de César.
Lucia a escuta e suspira triste:
- Lucia: Oooown, sinto muito dona Victoria, ele deve estar inconsolável. Mas e como foi a viagem?!
Victoria a ouve, pensa um pouco antes de responder, mas logo diz:
- Victoria: É... é mesmo está. Mas já tem alguém cuidando dele... Ah, o Brasil é lindo, e tem um povo muito hospitaleiro. Quero um dia voltar para lá.
Lucia sorri contente ao ouvir a patroa:
- Lucia: Que bom, pelo menos aproveitaram. Bom... eu vou me recolher dona Victoria... se precisar de algo, basta me avisar.
Victoria ouve a governante e diz:
- Victoria: Toda, toda licença, boa noite, e digo o mesmo!
Lúcia escuta Victoria e sorri, sai do quarto e vai direto para o seu. Enquanto isso, Victoria põe o Cd que havia trazido do Brasil e o coloca para ouvir, toca a música que tocou quando eles começaram a dançar, e ela começa a lembrar de tudo que passou, abraça o travesseiro e segura as lágrimas, pensando:
[Pensamento mode On]
- Victoria: Não César, eu não vou chorar por você! Você é como todos os outros, e não merece as minhas lágrimas. Sorte minha que não caí na tua conversa e não me deixei levar pelos meus sentimentos. Pode ficar com aquela lá, eu vou arrancar você do meu pensamento, e do meu coração, nem que seja a última coisa que eu faça!
[Pensamento mode off]
E de tanto pensar, acaba dormindo.

Dois meses se passam desde a morte do pai de César. Mesmo com o acontecido, Victoria não deixou de estar ao lado dele e apoiá-lo, mas mantinham apenas relação de colegas visto que continuam a trabalhar juntos, mas nada mais que isso. César tentava reaproximações, mas ela não dava espaço, e quando pensava em dar, Angelique que estava mais empenhada que nunca em ter o César de volta, não perdia a oportunidade de dar o ar da graça. Começava uma longa jornada de trabalho para ambos, mas dessa vez em horários e cenas diferentes. Victoria chega no estúdio por volta das 09:30, vai direto para a sala de maquiagem onde a deixam mais linda do que nunca, e logo para complementar, o figurinista arrasa na escolha do modelo que vai vestir na cena. Assim que se veste e fica pronta, vai para o local da gravação, onde Jacqueline Andere (A Alba) que era como uma mãe para ela, a estava esperando para a cena que fariam juntas. Ambas trabalham muito duro para que a cena fique boa e conseguem. Quase no final da gravação, Victoria começa a sentir-se mal, sente tudo girar mas magicamente consegue terminar a cena sem que ninguém note. Logo o diretor as parabeniza pelo trabalho, elas agradecem e ele sai. Victoria não consegue esconder o mal estar por muito tempo e acaba desmaiando no estúdio. Jacqueline que estava ali e já ia se despedir dela vê o que acontece e corre rapidamente para acudi-la, a toma em seus braços, a chacoalha de leve na tentativa que ela acorde, e fica mais desesperada ao ver que não reage, então começa a sacudi-la mais forte enquanto diz;
- Jacqueline: Victoria, filha, o que aconteceu, reaja D:
Fica do mesmo modo, e não demora muito para que Victoria desperte. Ela então acorda e nota que está nos braços de Jacqueline, que já suspira aliviada e ajuda Victoria a sentar, logo indaga:
- Jacqueline: Victoria filha, você desmaiou, o que aconteceu? O que você está sentindo?! 
Victoria a olha e responde ainda meio pálida e desnorteada:
- Victoria: Foi só um mal estar passageiro, deve ser o calor, nada de mais, obrigada pela preocupação
Jacqueline que era experiente vinha observando Victoria e sabia que ela estava diferente, e sabia que já vinha sentindo-se assim a tempos, então resolve ser clara e objetiva com ela quando diz:
- Jacqueline: Victoria... você é como uma filha para mim, e sabe que eu te amo muito, e me preocupo demais por ti não é? Venho te observando mesmo que não tenha se dado conta, e sei que vem se sentindo assim há um bom tempo... você por acaso está grávida?
Ela escuta Jacqueline e arregala os olhos, e diz sem demorar:
- Victoria: Grávida, eu?! Que absurdo é esse? Não não... nem pensar...
Jacqueline ouve Victoria e acha graça da reação dela, vai logo dizendo:
- Jacqueline: Hey... calma! Filho não é doença, é uma bênção! Mas se você diz que não...
Victoria a escuta e responde:
- Victoria: Eu sei... mas não pode ser, agora não... agora não.... deve ser somente o calor, já me sinto bem!
Ela diz enquanto se levanta com a ajuda de Jacqueline, que a olha ainda aflita e diz:
- Jacqueline: Certeza?! Não quer que eu te leve para a casa?!
Victoria a escuta, sorri e responde:
- Victoria: Sim, toda a certeza do mundo, obrigada, não quero que se incomode por mim. Já vou, é melhor... até amanhã!
Jacqueline a escuta e suspira, nada diz e apenas a ver sair dali. Victoria vai até o carro e fica pensando em tudo que havia escutado, embarca no carro, fecha a porta, coloca o cinto e vai dirigindo até sua casa. Assim que chega estaciona, desembarca e entra em casa, deixa a bolsa no sofá e se atira na cama. Fica pensando um bom tempo e como odeia ficar na dúvida, pega o dinheiro na carteira e a chave de casa, vai saindo rumo a farmácia que havia na esquina da sua casa. Chega lá e imediatamente começa a procurar pelos testes de gravidez, leva um bom tempo para achá-los pois recusa ajuda de qualquer atendente. Assim que os encontra pega quatro de uma vez, vai até o caixa, coloca gentilmente a mercadoria no balcão, a operadora de caixa registra tudo e diz aparentemente sem reconhecê-la.
- Op. Caixa: Somente isso senhora?
Ela sorri gentilmente e diz:
- Victoria: Sim, obrigada! Quanto te devo?
A caixa sorri, embala tudo e diz:
- Op. Caixa: Vinte reais!
Victoria então dá o dinheiro a ela que era exato e não requeria troco, a caixa então entrega o que ela havia comprado, agradece e se despedem, Victoria volta rapidamente para casa e assim que chega, corre e se tranca no banheiro. Lê e relê umas mil vezes as instruções e faz exatamente como manda com os quatro testes para não deixar dúvida. Espera o tempo necessário e vai ver o resultado dos testes. Ela fica pasma e chocada ao ver que nenhum dos testes havia dado negativo, um desespero total toma conta dela, o que a faz falar em voz alta, mas mesmo assim ninguém ouve:
- Victoria: Não... não pode ser! Ela estava certa, Jacqueline estava certa, eu vou ter um filho do César, não pode ser, não pode ser meu Senhor, não pode ser verdade isso, não pode D: