Fanfic: Ainda há algo de Amor (Vondy) | Tema: Vondy

Capitulo 17- Sapatinhos vermelhos.

Já era de noite, Dulce estava tomando banho quando ouviu um barulho de janela abrindo no seu quarto. Tomou um susto ao ver quem era.
-O que você pensa que ta fazendo? Perguntou Dulce saindo do banheiro enrolada numa toalha
-Preciso falar com você! Disse Ucker
-Mas não vai, agora sai.
-Eu esperei um mês Dul, um mês, um mês pra tomar coragem e vir aqui falar com você, agora eu não vou embora, mesmo que você me bata, me xingue, eu não saio daqui sem antes me escutar.
Dulce bufou. –Mai e Any saíram, espera na sala, eu vou me trocar. Ucker saiu do quarto.
Dulce colocou uma roupa qualquer e foi pra sala. –Cinco minutos, mais nada.
-Ok, primeiro, eu juro, eu juro, eu juro que eu fiz de tudo pra chegar a tempo na cerimonia, mas eu acabei acordando tarde, eu...
-Acordou tarde porque bebeu, né?
-Dulce, por favor, eu errei, mas não acabe com o nosso sonho, não acabe com tudo o que construímos, nós vamos ser pais Dulce, como vai ser pros bebês?
-Eles vão ter pais separados. Disse Dulce virando as costas.
-Para, que eu sei que você não quer isso. Ucker vira Dulce pra si. –Olha nós meus olhos e me diz que não esta morrendo de vontade de me beijar. 
Dulce colocou a mão no rosto de Ucker. –Não sei se posso voltar a confiar em você.
-Você sabe que pode, sabe que o que eu mais quero nesse mundo é me casar com você. Construir uma família, morar junto.
Dulce tentava segurar o choro. –Me desculpe Ucker, mas não posso , eu não consigo, já ta na hora de você ir. Disse Dulce se afastando. 
Ucker já tava saindo pela porta quando disse. –Só pra você saber, eu gosto muito de Juán.
-Como? Dulce se virou pra ele
-Pro nosso filho, ele poderia se chamar Juán.
-Eu vou pensar.
Ucker saiu de lá com o coração na mão, ele jurava que Dulce iria perdoa-lo.
Mais tarde
Ucker estava morando com Chris em sua casa.
-E ai? Como foi lá? Perguntou Chris
-Nada bem.
-Jura cara? Perguntou Poncho
-Ela não consegue mais confiar em mim. Disse Ucker chorando
-Sinto muito cara. Disse Poncho abraçando o amigo.
-Mesmo que ela não queira, esses filhos são meus, e eu vou assumi-los, mesmo que pra isso eu tenha que brigar com o amor da minha vida.
-Vai da tudo certo, você vai ver. Disse Chris
Na casa de Mai
-Amiga, por que você não o perdoou? Perguntou Mai
-Eu não consigo meninas, não sei se posso voltar a confiar nele.
-Bom, você que sabe, mas mudando de assunto, já escolhei os nomes dos nossos afilhados? Perguntou Any acariciando a barriga da amiga
-O menino já, na verdade, quem escolheu foi o Ucker.
-Qual nome? Perguntou Mai
-Juán.
-Eu gosto. Disse Any
-Eu também. Disse Mai
-E a menina, eu acho que vai se chamar, Lupe, de Guadalupe.
-Own. Disse Mai a abraçando. –Mas me diz, quem vai ser dinda de quem?
-Bom, eu pensei, Any e Poncho serem padrinhos do Juán, e Mai e Christian da Lupe.
-Eu aceito numa boa. Disse Any
-Eu também. Concordou Mai
-Então ta decidido.
-Ai, vamos sair pra jantar? Perguntou Any pegando a bolsa.
-Vamos, to com muita fome. Disse Mai se levantando
-Eu, então, to comendo por três agora. Todas riram
Mais tarde
Chris já estava dormindo, e Poncho já tinha ido pra casa. Ucker não conseguia dormir, chorava a noite toda por Dulce, não conseguia ficar longe da amada.
Lá pra duas horas da manhã, Ucker ligou a televisão da sala e ficou assistindo tv lá.
-O que foi cara, não consegue dormir? Perguntou Chris chegando no cômodo
-Não, não paro de pensar nela.
-Não pode ficar assim, olha, eu liguei pra Mai, e as convidei pra jantarem aqui amanhã, a Dulce não sabe que você ta aqui, quando ela chegar você fala com ela.
-Ela não sabe que eu to aqui?
-Não, ela acha que você ta na casa que vocês compraram pra morar, e eu disse que não te convidei, pra não ter problemas.
-Ata, ok, eu falo com ela de novo.
-Ok, então vai pro quarto e dormi, pelo menos você chora lá e não aqui.
-Ok, né!
No dia seguinte
-Ai, ai, ai, meu deus esses dois vão me matar, não param um minuto. Disse Dulce com a mão nas costas
-Relaxa, já vai passar. Disse Mai ajudando a amiga a descer as escadas.
-Não sei não, to assim a manhã inteira.
-Calma, acha o que? Que vida de mulher gravida é fácil?
-Não, mas também podiam da um intervalo, né?
Mai riu. –Olha não esquece que temos o jantar na casa do Chris, ouviu?
-Ouvi, não vou esquecer.
-Oi!!! Disse Any chegando.
-Oi, onde estava? Perguntou Mai
-Fui comprar uma coisinha pras duas belezinhas que estão se formando na barriga da minha amiguxa.
-O que, comprou presente pro bebês? Perguntou Dulce sentando na sofá.
-Sim, toma. Any deu a sacola.
Dulce abriu e viu dois pares de sapatinhos vermelhos.
-Todo bebê merece sapatinhos vermelhos quando nasce. Disse Any
-Ownn, obrigada amiga, eu te amo. Disse Dulce abraçando Any
-Eu também te amo, minha gravida favorita.
As três se abraçaram
-Olha eu liguei pra loja, e eles disseram que tem os berços que você queria, e que é só ir lá preencher os papeis, que eles entregam aqui em casa, e ai a gente monta o quarto das crianças. Disse Mai
-Perfeito! Respondeu Dulce. –Vou mais tarde pra ver isso.
-Ok, bom eu vou dormir um pouco, pra esta disposta hoje no jantar. Disse Any subindo as escadas
O telefone toca e Dulce atende. –Alô?
-Dul, sou eu Chris, eu preciso te falar uma coisa.
-Se for sobre o Ucker eu não quero saber.
-É justamente sobre isso, você precisa ouvir. Ele fica trancado o dia todo, não fala com ninguém, e quando fala, fica agressivo, ele quase me bateu, não come, não sai do quarto, fica deitado o tempo todo, e ta se cortando.
-O que? Como assim se cortando?
-É, o braço dele ta cheio de cortes, por favor, mesmo que não vá perdoa-lo, venha aqui, ele precisa de você, pelo menos pra acalma-lo.
-Ok, eu to indo.
Mais tarde
Batem na porta do quarto de Ucker
-Eu não quero ver ninguém po***. Disse Ucker Gritando
-Nem eu?
-Dulce? O que faz aqui?
Dulce não respondeu nada, a primeiro coisa que vez, foi pegar o braço de Ucker e levantar a manga. Seu braço estava todo sangrando. Ucker rapidamente se soltou.
-Por que esta fazendo isso com você?
-Porque...eu não sei.
-Não quero ser a causa de você esta se matando.
-Eu não to me matando.
-Ucker, você não come, não sai desse cama, ta se cortando e ta quase batendo nas pessoas, esse não é você.
-Eu não sei mais quem eu sou. Disse Ucker chorando.
-Ucker, você sempre foi um cara alegre, divertido, companheiro, que não se deixava abater por nada e nem ninguém.
-Esse eu era com você.
-Vem, leva essa cara, come alguma coisa, que eu vou te levar em um lugar.
-Aonde?
-Você vai ver.
-Mas e nós?
-Deixe no jantar a gente conversar sobre isso.
-Como sabe que eu ia?
-Não sou idiota, já fiz isso com os meus amigos varias vezes. E também, você esta aqui na casa do Chris, né? Mas vai, lava esse rosto.
Ucker lavou o resto, comeu um sanduiche e entrou no carro de Dulce.
-Isso é uma loja de bebês.
-Exatamente, você vai vir comigo comprar o berço do Juán e da Lupe.
-Juán e Lupe?
-Sim, eu gostei da sua sugestão.
-Obrigada, Lupe é perfeito também. E obrigada, por não me deixar de fora da vida dos meus filhos.
Dulce respondeu dando um beijo na bochecha de Ucker.
Eles passaram a tarde toda numa boa, compraram quase tudo pro quarto das crianças, Ucker nunca ficou tão feliz.
-Bom, eu vou te deixar na casa do Chris, a gente se encontra no jantar, ok?
-Ok, e mais uma vez obrigada por essa tarde maravilhosa, eu nunca fiquei tão feliz.
-De nada, e não se preocupe, nunca te deixaria de fora a vida dos nossos filhos.
Ucker beijou a barriga de Dulce. –Vocês tem sorte Juán e Lupe, vão ter a mãe mais perfeita desse mundo.
Dulce ficou sem jeito, e seguiu com o carro a casa de Chris. –Bom, a gente se ver lá. Disse Ucker saindo do carro.
-A gente se ver, tchau.
-Tchau.
Ucker sentiu que era um recomeço, Dulce e ele não tinham brigado nenhuma vez, ao poucos, ele a teria de novo pra si, e esta ansioso por esse jantar.
Na casa de Mai.
-Oi, demorou, onde estava? Perguntou Any
-Sai com o Ucker.
-O que? Perguntou Any e Mai.
-É, o Chris me ligou falando que ele estava mal, e vocês acreditam que ele tava se cortando?
-Nossa. Disse Mai
-É, ai eu fui lá, tenta anima-lo um pouco, e o levei pra me ajudar a comprar as coisas pro quarto das crianças.
-Mas vocês voltaram? Perguntou Any
-Não, eu disse que até o jantar eu ia pensar, e que a gente conversava depois.
-Já sabe o que vai fazer? Perguntou Mai
-Não, ainda não, vou tomar um banho pra ver se esfrio a cabeça, assim eu posso pensar melhor.
-Ok, melhoras amiga! Disse Mai
Dulce tomou um banho, e se deitou na cama pra relaxa um pouco. Ela não sabia o que fazer, por um lado, não consegui ficar longe de Ucker, e por outro, não conseguiria suportar mais uma traição. 
-Dulce se arruma logo, daqui a pouco a gente ta indo. Gritou Any
Ela tinha se perdido nos pensamentos, e esquecido do jantar. Ela rapidamente se arrumou e desceu para ir a casa de Chris.
-Ai meninas tão demorando, né? Perguntou Poncho
-Tão, e elas são sempre pontuais. Disse Chris
O telefone de Ucker toca. –Alô?
-Coloca no viva voz.
-O que? Quem é?
-Coloca no viva voz se quiser que sua ruivinha e as amigas dela, saião daqui vivas.
Ucker não gostou do tom da voz daquele homem, e muito menos da ameaça dele. –Pronto coloquei.
-Bom, estamos com sua namorada e suas amiguinhas, Dulce, Anahí e Maite.
Poncho e Chris se aproximaram na hora do telefone. –O que você fez com elas? Perguntou Poncho
-Nada, ainda nada. Mas se não fizerem o que mandamos, cinco vida irão morrer. 
-Cinco? Perguntou Chris
-Sim, bom, quatro na verdade, os dois bebezinhos contam como meio.
Ucker ficou mais preocupado ainda. –O que vocês querem para solta elas?
-Dois milhões de reais.
-O que? Os três perguntaram juntos.
-Isso mesmo que ouviram, daremos até sexta feira, pra vocês arrumarem o dinheiro, se quando entramos em contato vocês não tiverem o dinheiro, elas morrem na hora. Por isso, acho melhor se apressarem, o tempo esta passando. Ele desliga
Ucker senta no sofá em choque, tremendo. 
-Calma cara, cada um de nós da um quantia pra paga-los, ok? Perguntou Poncho
Ucker respondeu com a cabeça, mas até chegar sexta-feira, são dois dias, o que eles poderiam fazer com elas nesses dias? Era isso o que preocupava-o
Frase do capitulo:
“Se você apagar todos os erros do seu passado, irá apagar toda a sabedoria do seu presente.”