Fanfic: My Angel of Luck - Herroni | Tema: Herroni

Pov Alfonso

Já era noite e faltava muito para que Christian e Dulce voltasse. Eu já estava louco para consumir as Drogas que estavam na mochila, então sai da casa dele que nem um louco, as ruas estavam molhadas, pois havia acabado de chover muito. Logo cheguei à porta da boate, entrei, ela estava lotada de gente, mal dava para andar. Passei pela multidão e logo avistei Christian no balcão do bar. Fui até ele, o próprio me olhou assustado.

- O quê que você tá fazendo aqui? – indagou ele aflito.

- Cara, cadê a mochila? Eu preciso da mochila, cadê? – falei atordoado.

- Eu ainda não procurei Poncho. – ele respondeu. – Acho melhor você voltar. – disse olhando para os lados.

Respirei fundo. – Chris, eu preciso dela! – alterei a voz.

- vai embora! Eles vão te ver! – Christian exclamou impaciente.

- Pega ele! – escutei alguém gritar atrás de mim.

Olhei pra trás e vi que era Derrick que descia as escadas que dava acesso ao escritório do Mentor. Comecei a correr em meio à multidão, com um pouco de dificuldade, pois as pessoas não saiam da frente. Porém logo eu já estava do lado de fora, continuei a correr que nem um louco pelas ruas estava muito perigoso, pois a rua estava muito movimentada. Corri mais rápido, Anuar, Derrick e Axel já estavam atrás de mim. Cheguei a um beco e me escondi lá. O lugar onde eu havia parado dava para vê-los, porém eles não podiam me ver. Vi que eles estavam me procurando e como não conseguiram me achar logo desistiram e foram embora. Suspirei aliviado, voltei para a casa de Christian...

Dias se passaram, naquele dia mesmo Christian conseguiu achar a mochila com meus pertences e Dul minhas roupas. E naquele dia mesmo usei toda a Droga que tinha.  E quando já não tinha mais nada para usar quase enlouquece então fui visitar minha Mãe no cemitério. O tumulo estava com algumas flores murchas e antigas que eu havia deixado ali há algum tempo.Coloquei uma flor nova que durante o caminho havia pegado de um jardim, lagrimas fluíram e então me ajoelhei sobre o túmulo. Sentia tanta falta de minha Mãe.

De repente senti duas mãos me agarrarem, me jogou no chão com força. E pude ver que era Derrick, ele estava com uma faca em mãos, pronta para me atacar. Segurei seu braço para impedi-lo e começamos uma guerra. Ele querendo me matar e eu segurando seu braço centímetros de distancia de meu rosto.

- Vou te matar Herrera!- ele gruiu.

Seus olhos estavam brilhando de ira, sua mandíbula travada, definitivamente ele queria me matar.

- Para com isso Derrick, o Mentor precisa dele! - Gritou Anuar.

Derrick bufou e se colocou de pé, me pegou pela gola da camisa.

- Escuta Herrera, você não dá mole não, hein? - Derrick aviou-me.

Eu sabia que eles tinham um plano, um objetivo, eu sabia, mas qual?

- O Mentor vai te dar uma segunda chance. - Anuar falou.

Eu me senti mais aliviado. Já fazia muito tempo que eu não consumia absolutamente nada, a cada dia eu enlouquecia mais. E eu só poderia conseguir droga com ele... Com o Mentor... Peter.

- Vai vim com a gente? - Perguntou-me Anuar.

- Não tenho escolha. - Respondi cabisbaixo.

Derrick riu. – Mesmo que você tivesse, se você não for com a gente morre! – Pausou. – Mas também tem outro detalhe, não é mesmo? – Indagou. – Você é um viciado!

- Chega disso, vamos logo! – Anuar disse paciente.

Entramos no carro que estava estacionado do lado de fora do cemitério, em menos de 15 minutos chegamos à boate. Os dois me encaminharam para o escritório do Mentor, ao abrir a porta o encontrei sentado em sua poltrona, virado pelo lado da janela e balançando a cadeira constantemente. Eu sabia que ele havia percebido minha presença.

- Sente-se Alfonso. – Ele disse ainda de costas.

Sentei-me, eu queria ver logo o que iria acontecer, queria resolver esta história logo, o Annies rápido possível.

- Sabia que estaria interessado no assunto. – Seu sorriso alargou-se ainda mais. – É o seguinte, você me decepcionou Herrera, falhou na hora em que eu mais precisava.

- Eu sei. – Traguei a saliva.

- Enfim... Mas passado é passado, não é? – Sorriu. – Você já está sem aquilo que você tanto ama, certo?

Eu sabia que ele falava das drogas. Eu assenti, então ele abriu a gaveta e de lá retirou um saquinho e uma cartela cheia de comprimidos.

- Eu posso lhe dar o que quer, mas terá que realmente fazer os meus serviços. – Disse Peter seriamente. – Mesmo sendo perigoso ou não. – Pausou. – Se não fizer, além de ficar sem as drogas, também vai colocar a Perroni em perigo. – Disse com a voz sombria.

Meu coração disparou naquele instante, comecei a tremer e a suar. - Como sabe? – Fiquei perplexo.

Ele riu ironicamente. – É claro que te observamos Alfonso, detalhe por detalhe. Sei que está apaixonadinho por ela, sei de tudo! – Esmurrou a mesa e se levantou.

Fiquei paralisado, agora sim tudo estava completamente acabado. - Tudo bem, eu aceito qualquer coisa.

Ele sorriu. – Certo, a primeira coisa vai ser simples. – Me entregou as drogas. – Hoje à noite você, James, Anuar e Axel vão assaltar um posto de gasolina.

Eu assenti, pois não tinha outra opção. Depois saí dali, sentei-me no balcão onde Christian arrumava as prateleiras distraidamente e por isso não me viu.

- Christian. - Chamei-o.

Ele se virou para mim com os olhos arregalados. Caminhou até a mim assustado.

- O quê que você tá fazendo aqui Poncho? – Indagou.

-Chris eu sei que você vai me matar, mas eles me deram uma segunda chance e eu aceitei. – Falei cauteloso, pronto para ouvir o sermão.

- Não acredito que você voltou cara! - Disse sério. – Não mesmo, tava tudo bom e você tinha que voltar.

- Mas não tive escolha. – Falei.

- Claro, se não aceitasse não ganharia as drogas. – Disse incrédulo.

- Não foi só por isso, eles sabem da  Maite e ameaçou fazê-la mal. – Repliquei.

- Sério? Como eles ficaram sabendo? – Indagou Chris.

- Eles me vigiaram o tempo todo. – Exclamei com ódio.

- Desgraçados!!!  - Christian gruiu.

- Hoje a noite vão começar os serviços. – Comentei bebendo o êxtase. – Eu vou pra minha casa e obrigada por me dar forças. – Sorri.

- Nada haver, qualquer coisa pode contar comigo. – Ele sorriu de volta.

Voltei para casa do Chris e peguei minhas coisas e voltei para a minha. Logo anoiteceu, escutei uma buzina e ao olhar na porta de minha casa vi que eram os capangas de Peter. Entrei no carro e caminhamos para tal posto. Ao chegarmos lá notei que a lojinha estava aberta, colocamos as máscaras e carregamos as armas, coloquei-a em minhas costas dentro de minha calça e assim fomos até a loja. O rapaz se assustou e James tratou de anunciar o assalto.

- Perdeu, perdeu. Isso é um assalto. – Derrick colocou a arma na cabeça do funcionário da loja.

Enquanto isso pegamos o dinheiro, como estávamos de luva não poderiam ver nossas digitais. Enchemos as duas sacolas de dinheiro e saímos correndo de lá, entramos no carro e saímos em disparada.

Depois disso fiz vários serviços a ele, mas graças a DEUS eram simples. Os meses foram se passando e eu estava na vida de sempre, vivia na boate me drogando. Christian como sempre não gostava de minhas atitudes.

Apesar de eu ter aquilo que me satisfazia ainda faltava algo... Faltava ela. Esses dias que se passaram eu não conseguia dormir, ficava pensando nela, em todos os momentos eu ficava pensando somente nela. Eu realmente estava enamorado de Maite.