Fanfic: Todo fue como en un sueño | Tema: Vondy/Ponny

Ucker narrando:

Ainda não descobri de onde eu tirei tanta coragem, só sei que quando me dei conta já estava na frente da Dulce, olhando-a nos olhos, falando tudo aquilo que estava preso na minha garganta há muito tempo.

Eu estava muito nervoso, com muito medo da reação dela e muito preocupado com o que ela pensaria sobre tudo aquilo que eu estava falando.

No começo eu estava até controlado, fazendo pausas enquanto falava, respirando fundo para não gaguejar, não queria parecer um idiota, muito menos travar e estragar aquele momento. Mas no instante em que eu fiz uma longa pausa, esperando uma palavra, uma reação, alguma atitude da parte dela, e ela simplesmente continuou ali parada na minha frente, me encarando, com apenas meio sorriso no rosto, aquilo afastou qualquer espírito de calma ou tranquilidade que houvesse dentro de mim.

Comecei a dá pra trás, dizendo que poderíamos esquecer tudo se ela quisesse, pedindo pra ela não se afastar de mim. Grande burrada, agora iria parecer um garoto inseguro. Mas nem tudo estava perdido. Pelo menos essa burrada fez com que ela tomasse uma atitude.

Ela iria me beijar. Iria.

Como eu fui tão burro ao ponto de imaginar que o Poncho e a Any simplesmente iriam sair dali, sabendo do que estava prestes a acontecer, e não iriam arquitetar um plano maluco para conseguirem assistir tudo ao vivo e em HD?

Boa pergunta! Acho que quando eu olho pra Dulce o meu cérebro entra de férias e eu não consigo pensar. Tava na cara que os gênios da lâmpada tinham um plano. Eles não iram sair dali de boa daquele jeito.

E quando finalmente eu iria concretizar aquele momento que eu aguardei por tantos anos, um momento só meu e da Dul, que deveria ser mágico, eles resolvem aparecer chamando mais atenção do que a caravana do circo.

Quando eu ouvi aquele barulho enorme e vi todos aqueles figurinos no chão, primeiramente tomei um baita susto, eu realmente não esperava, depois senti uma vontade imensa de bater no Poncho. E o faria, se a Mai e o William não tivessem entrado no camarim naquele momento, e logo em seguida, o Pedro.

Pedro: Até que enfim todo mundo chegou, eu pensei que... – interrompeu a frase vendo a paisagem do camarim – Muito bem, quem vai me explicar o que significa isso?

Dulce e Ucker: O Poncho! – falamos ao mesmo tempo.

Maite: Eu acabei de chegar... - falou erguendo as mãos em um gesto de defesa.

Christian: E eu já estava de saída. Com licença. Vejo vocês no ensaio. – disse isso e saiu. O silencio pairou.

Pedro: Estou esperando a explicação.

Anahí: Não, o Poncho não teve culpa, fui eu. – falou se levantando do chão.

Poncho: Não, claro que não, fui eu. – ele também se levantou enquanto falava.

Anahí: Não, de maneira alguma, a culpa é minha.

Poncho: Não, de jeito nenhum, eu já disse que a culpa é minha. – falou olhando para o Pedro - Fica quieta. – disse para a Any entre dentes.

Pedro: Ok, depois vocês decidem de quem é a culpa. Agora nós temos que ensaiar porque já estamos com uma hora de atraso.

Maite: Ah, por falar nisso... Eu queria pedir desculpas pelo atraso, mas é porque vocês não fazem idéia de como o trânsito na zona leste estava horrível.

Dulce: Ah, eu faço sim. A propósito eu queria falar com você a respeito daquele viaduto que está em reforma, sabe...? – falou se aproximando da Mai, o que mais parecia uma forma de tentar se esquivar de mim e daquela situação embaraçosa.

Maite: An?

William: Amor, quando terminar o ensaio me liga, tá? Tchau! – deu um beijo no rosto da Mai e saiu.

Dulce: Vem, Mai. A gente conversa no caminho do ensaio! – saiu puxando a Mai.

Pedro: Vocês três podem ir ensaiar. Vou mandar alguém vir arrumar isso e depois vou pra lá.

Todos nós nos dirigimos até o local do ensaio calados.

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