Fanfic: Todo fue como en un sueño | Tema: Vondy/Ponny

Dulce narrando:

Eu estava muito confusa e sem reação para continuar ali do lado do Ucker. Ele me pareceu tão sincero, verdadeiro e honesto com os seus sentimentos, e aquilo realmente mexeu muito comigo, mas depois daquela cena toda no camarim, eu não tinha mais tanta certeza de que todos eles não estavam apenas curtindo com a minha ou fazendo algum tipo de brincadeira sem graça.

Eu precisava dar um jeito de sair dali. Quando a Mai falou sobre como o trânsito na zona leste estava horrível, me veio na cabeça a desculpa mais estapafúrdia e esfarrapada que alguém poderia inventar, mas infelizmente foi a única que eu consegui pensar naquele momento.

Depois que eu já estava um pouco longe de lá, puxando a Mai pelo braço, no meio dos corredores, indo em direção ao local do ensaio, ela resolveu falar alguma coisa.

Maite: Dul, você poderia andar um pouco mais devagar? Eu sei que nós já estamos atrasadas e tal, mas de qualquer forma, quando chegarmos lá, teremos que esperar o Ucker, o Poncho e a Any. – diminui a velocidade dos passos e soltei o braço dela.

Dulce: Ok.

Maite: Obrigada. Ah sim, mas fala aí, o que é que tem o viaduto?

Dulce: Que viaduto?

Maite: O viaduto que está em reforma na zona leste, ué. Você disse que queria me falar alguma coisa sobre ele. – putz, estava tão aturdida que esqueci completamente da brilhante desculpa que eu tinha usado pra sair de lá. Apressei o passo.

Dulce: Ah sim, sim, sei. Não, não, não era nada demais não. Só ia dizer que a reforma tá demorando muito, você não acha? É horrível ter que fazer aquele retorno enorme toda vez que for passar pela avenida. Nossa, perde muito tempo! – falei andando na frente em passos largos e ela tentando me acompanhar atrás.

Maite: Aham, sei... – ela me olhou desconfiada. Parei.

Dulce: Que? Que foi, Mai?

Maite: Nada, só pensei que ninguém conseguisse ser pior do que a Any no quesito “desculpa esfarrapada” – falou fazendo aspas no ar.

Dulce: Que? Nada haver, Mai. Que desculpa, que nada. Desculpa de que? Pra que? – falei tentando parecer indignada por ela não acreditar nas minhas “sinceras palavras”.

Maite: Era exatamente o que eu queria saber!

Dulce: Você tá louca! – continuei andando.

Maite: E esse urso?

Dulce: A gente passa no nosso camarim e guarda.

Maite: Não, eu quero saber o que você faz com ele.

Dulce: É meu, ué.

Maite: Quem te deu?

Dulce: Mai! Para de ser curiosa! – olhei para o lado, e ela vinha um pouco atrás de mim.

Maite: Foi o Ucker. Sabia! – sorriu.

Dulce: Calada. Anda, nós estamos atrasadas. – a puxei pelo braço de novo.

Passamos no camarim, guardamos o urso, fomos direto para a sala do ensaio e, quando chegamos lá, o Christian estava sozinho. Mai e eu nos sentamos em um sofá para esperar os outros, e foi inevitável não passar cada segundo daquele tempo pensando em todas as palavras que o Ucker tinha me falado minutos atrás.

Continua...

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