Fanfic: Todo fue como en un sueño | Tema: Vondy/Ponny

Poncho narrando:

Ucker nos flagrou espiando atrás da porta, tivemos que enrolar ele. Apesar de saber que ele não engoliu aquela história, pelo menos Any e eu nos safamos.

Eu sabia que ela não iria sair dali nem amarrada, e pra falar a verdade, eu também estava muito curioso. Então eu tive uma ideia. Contei para a Any e ela adorou. Colocamos o plano em prática.

Demos a volta e entramos no camarim pela porta que havia do outro lado. Ela estava completamente aberta, já que o outro corredor é quase vazio, a gente nem ligava muito de fechá-la. Any e eu nos escondemos atrás de um varão para cabides que havia ao lado da porta. Ele estava com os figurinos do show. Any ficou de joelhos e eu fiquei agachado ao lado dela. Nós afastamos um pouco as roupas e ficamos vendo eles entre as brechas.

Ucker se aproximou da Dul, olhou-a nos olhos por alguns segundos e em seguida começou a falar. Ele estava aparentemente nervoso, mas tentava se controlar enquanto falava. Ele dava algumas pausas, respirava profundamente, parecia procurar coragem dentro de si.

Eu não estava conseguindo acreditar no que via e ouvia. Não acreditava que algum dia o Ucker teria coragem de admitir aquele sentimento que eu sei que ele carregava há muito tempo. Mas ali estava ele, falando com todas as letras que amava a Dul. Sem censura, sem ocultar nada, sem esconder a milésima parte de um todo. Falou da forma que a amava, falou do medo que sentia por dizer aquilo, falou do sofrimento que passava quando ficava longe dela, e até confessou que só ficava com outras garotas pra tentar tirá-la da cabeça. O Ucker estava totalmente virado para a minha direção, então a Dul estava de costas para mim e eu não conseguia ver a expressão do rosto dela, mas ela deveria estar muito feliz, imaginei que estivesse sorrindo.

De repente o Ucker não conseguiu mais controlar o seu nervosismo, ele começou a cogitar a possibilidade dela não sentir o mesmo que ele e pediu para ela não se afastar dele, disse que se ela quisesse esqueceriam tudo que ele falou. Mas finalmente ela resolveu tomar uma atitude e se aproximou para beijá-lo.

Naquele instante eu me senti um covarde. O Ucker arriscou tudo, colocou todas as cartas sobre a mesa, mesmo sabendo de todas as consequências que isso poderia causar. E eu com medo de abrir meu coração para a mulher que eu amo. Naquele momento eu estava me sentindo um moleque de 12 anos que não tinha coragem de dar um "oi" pra garota que gosta. Resolvi que não deixaria as coisas continuarem assim. Me ajoelhei e virei para a Any.

Poncho: Any... Acho que eu preciso te dizer uma coisa... - falei aos cochichos para que Dul e Ucker não ouvissem. Ela virou-se para mim, e tinha seus olhos cheios de água, estava emocionada.

Anahí: Poncho, eu...

Poncho: Shhh... - coloquei um dedo sobre os lábios dela - Não fala nada. - falei baixinho.

Fui me aproximando para lhe dar um beijo. Ela também foi se aproximando de mim aos poucos.

Íamos nos beijar, estávamos com as nossas bocas quase coladas, ela já tinha seus olhos fechados, mas um de nós fez algum movimento errado e não deu em outra, só ouvi o barulho enorme daquele monte de cabides caindo no chão. Any e eu nos afastamos rapidamente um do outro e caímos sentados no chão.

Continua...

Comentem muito. Um beijo.