Fanfic: SEGREDO DE VIDA

AEROPORTO DE SÃO PAULO

Leonor olha para todos os lados, segurando uma arma escondida por debaixo do sobretudo. Ela vê um rapaz de chapéu e óculos e desconfia de que é ele a pessoa que está procurando.
LEONOR – Ei, você aí...
O rapaz sai correndo e ela vai atrás. Ela ameaça atirar, mas vê que seria pega pela polícia. Ele entra em um salão de embarque. Leonor corre atrás, mas não consegue encontrá-lo a tempo. João já estava no avião que tinha acabado de sair.
JOÃO – Adeus São Paulo! Até nunca mais...

AEROPORTO DE SERRA GRANDE – DESEMBARQUE

João sai do avião, pega suas malas e vai em direção ao ponto de táxi.
JOÃO (parado com as malas) – É vida nova a partir de agora... -(respirando fundo)
Ele pega um táxi que está parado no ponto.
JOÃO – O senhor poderia me levar até o Hotel Fazenda Sol do Campo, que fica aqui no distrito de Arvoredo.
TAXISTA – Olha meu filho... a viagem é um pouco demorada e deve ficar cara...(tom de desconfiança) Tudo bem para você?
JOÃO – Fique tranqüilo, eu vim prevenido.
João e o motorista entram no táxi.
Eles seguem pela cidade e depois pela estrada.
TAXISTA- Devemos chegar lá por volta das 6 da tarde.
JOÃO – Não se preocupe, não tenho hora marcada. (falando mais baixo).Alias, não tenho nada marcado.
TAXISTA – O senhor disse alguma coisa?
JOÃO – Não, nada de importante.

HOTEL FAZENDA SOL DO CAMPO

No fim de tarde, João chega na ao Hotel Fazenda Sol do Campo. Ele olha para aquela entrada iluminada. Engole a saliva a seco e entra no hall de entrada. Ele se dirige ao balcão de informações e é atendido por Douglas, gerente do hotel.
JOÃO – Eu gostaria de falar com o senhor César Corrêa Gusmão
DOUGLAS – Me desculpe senhor, mas ele está em sua residência que fica no lado norte da propriedade, à espera da chegada de seu filho e pediu para que ninguém o interrompa.
JOÃO – Eu sou o filho dele.
DOUGLAS – João Eduardo Corrêa Gusmão?
JOÃO – Sou eu mesmo.
DOUGLAS (todo afobado) – Me desculpe, senhor. Eu deveria saber que o senhor é o senhor, – Douglas ri enquanto isso- quer dizer, que você é o senhor João...Aí meu Jesus Cristinho, me desculpe pelo incomodo.
JOÃO ( em tom descontraído) – Ok, se acalme e chame meu pai.
DOUGLAS – Sim, senhor.
Douglas liga para a casa de César e o avisa da chegada de seu filho. Ele pega seu carro elétrico e vai até o hall do Hotel. Depois de um curto tempo,ele chega no hall e encontra o filho o esperando lendo revistas.
CÉSAR – O meu filho! Quanto tempo! Estava tão preocupado com essa sua chegada de última hora! O que fez você vir pra cá? Tinha tanta repudia pelas áreas rurais...
Eles se abraçam. João repara que Douglas ouve e se incomoda com isso.
JOÃO – Vamos para casa e lá eu te explico tudo.
Eles pegam o carro e vão pela estrada de terra rumo a casa da família. Durante o percurso, eles cruzam com o jipe de uma das família que trabalham no local, composta por Jeremias, Célia, Leonardo e Giovanna. Eles param um pouco para um papo rápido.
CÉSAR – Boa noite, pessoal! Como vão?
CÉLIA – “Tamo” bem, senhor.
CÉSAR - Ora Jeremias! Como anda a compra daquela nova ração?
JEREMIAS – Tarde, patrão. O rapaz lá da loja disse que um pacote dá para 50 cabeças e cada um está custando 62,20 dólares. Como a gente tem umas 270 cabeças, deve sair...
JOÃO – Setecentos e quarenta e dois e trinta.
CÉSAR – Como?
JOÃO – Vai custar isso, considerando que o dólar está custando aproximadamente R$ 2,21.
CÉLIA – Ara, patrão. Seu filho parece uma calculadora!
CÉSAR – É Dona Célia, o rapaz é bom mesmo... Enfim, amanhã nos vemos. Até, Jeremias.
JEREMIAS –“Inté”.

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