Fanfic: Adeus Ao Amor | Tema: Anahí e Alfonso/Ponny

Henry, o motorista, estava no pequeno apartamento em cima da garagem. Ele deixou-os entrar e os acompanhou, sombrio

Henry: Pobre moça! — disse, ao abrir o armário. — Ele a fez passar privações por dois anos, perseguia há coitadinha o tempo todo e a trouxe de volta todas as vezes que ela fugiu. Eu odiava trabalhar aqui, mas não saí porque não tinha coragem de deixá-la...

Poncho, que olhava surpreso os três únicos vestidos no imenso armário, exclamou:

Poncho: Este é o quarto de uma pessoa muito pobre e meu primo tinha milhões de dólares!— Henry: Tinha sim, senhor, e comprava para si as melhores roupas, carros e mulheres. Mas para Anahí havia só pancada, desprezo e injúrias. Ele a machucou seriamente uma noite, dia do aniversário dela, acho. Tive de levá-la ao médico e agüenta-lo bêbado, mentindo, dizendo que ela se cortara por acidente. Foi terrível! Eu nunca tinha visto tanto sangue...
Poncho e Dulce ficaram pálidos, estarrecidos.
 Poncho: Ele a cortou? — ele conseguiu falar, por fim. — Com o quê?
Henry: Com uma faca, Sr. Herrera. Ele a segurava deitada no sofá da sala quando entrei para ver se precisavam de mais alguma coisa, porque ia me deitar. O Sr. Derrick xingava, ameaçava matá-la. Procurei acalmá-lo, mas ele berrava, alucinado, que Anahí o traía, por causa de um cartão de aniversário que ela recebera. Isso aconteceu na noite anterior à da morte dele. — Henry continuou, sem notar que o rosto de poncho se contraía: — Então, antes que eu pudesse impedir, ele a feriu no peito... Ela gritou e o sangue espirrou, o que o fez cair em si. Nós a levamos ao médico, voltamos e ele saiu. Só voltou no dia seguinte e a obrigou a ir àquela festa.
Poncho sentia-se mal e foi com esforço que indagou, rouco:
Poncho: Ele a agrediu por causa de um cartão de aniversário?

Hanry: Sim, Anahí numa me contou mais eu via as manchas roxas. Gostei que ele morresse: era covarde, canalha e teve o fim que merecia. Ia trazê-la para cá naquela noite e na certa a teria matado, mas eu fiquei vigiando e não permitiria que ela o acompanhasse. Eu os levei para a festa e ele me mandou de volta, mas eu fiquei por lá, preocupado. Fiz bem, porque não demorou o Sr. Derrick arrastou-a para fora, rosnando ameaças que ninguém ouviu, além dela e eu. Se ela não se tivesse recusado a entrar no carro, eu a impediria... Dizem que Anahí o fez guiar bêbado, mas é mentira: tentou fazê-lo ficar e não fez mais que se proteger para não ser ferida de novo ou, talvez, morta. Embriagado como estava, ele seria capaz de qualquer coisa.
Poncho: É mentira — disse, sem convicção. O motorista voltou-se para Dulce:

 Henry: Peça para ela mostrar o corte, srta. Herrera. Ouvi o médico dizer que ela é desajeitada ou que tem descoordenação motora, pelos "acidentes" que vivia sofrendo. Mas não eram acidentes. Uma vez, ele a jogou escada abaixo!

Poncho respirou fundo e escondeu o rosto nas mãos. Dulce levou Henry para fora do quarto, agradecendo pela ajuda, e o irmão estava do mesmo jeito quando voltou.