Fanfic: Adeus Ao Amor | Tema: Anahí e Alfonso/Ponny

Poncho: E a fez pagar por isso.
Ele respirou fundo. Lembrou-se do que ela dissera do cachorro, pôde ver o que fora aquele casamento e detestou o que via.

Anahí: Agora está tudo acabado — suspirou.
A proximidade dele a perturbava. Recuou e fitou-o ao ver que não a retinha; os olhos de Poncho espelhavam confusão e emoções que não conseguia interpretar.
 Poncho: Dulce lhe falou dos nossos pais? — perguntou ele, por fim.
Anahí: Muitas vezes.
Poncho passou a mão pelos cabelos.
 Poncho: A diferença de idade entre eles acabou com o casamento. A certa altura meu pai não podia mais acompanhar a vida social que ela gostava e minha mãe começou a sair sozinha. Era inevitável que se apaixonasse por alguém da sua idade, mas ele não aceitou... Tomou-se amargo, Dulce e eu pagamos por isso. Ele nos culpava, dizia que se não tivesse filhos, ela ainda estaria com ele.
Impressionada com sua profunda tristeza, Anahí argumentou:
 Anahí: Se não fosse você e Dulce, ele teria arrumado outra desculpa, Poncho. O fato é que ela não o amava o bastante. Se amasse, ficaria em casa com ele, não iria a festas, detestaria ficar longe dele.—

Poncho: É essa a sua definição de casamento feliz? Duas pessoas inseparáveis?
 Anahí: Duas pessoas com interesses comuns, que se amam, são carinhosas uma com a outra, querem as mesmas coisas da vida e gostam de ficar junto — disse, firme. — Derrick queria luzes, luxo, bebidas e mulheres lindas. Gostava de gente bonita, alegre, que só quisesse prazer. Eu não gosto de festas... Prefiro a vida ao ar livre, adoro animais e ele não me deixava ter nem mesmo um peixinho dourado.
Pela primeira vez, Poncho compreendeu que nada sabia sobre ela, que não a conhecia. Claro que ela gostava do campo, de animais: sempre que podia ficava no rancho, quando mocinha. Gostava de cavalos, de cavalgar e nunca se interessara por festas. Como nunca notara isso?
Intrigada com a expressão atormentada e pensativa de Poncho, ela ficou em silêncio, até que ele murmurou:

Poncho: Eu não a conhecia...
Anahí: Nunca quis me conhecer — corrigiu ela, suave. — O que isso importa agora, Poncho?
Anahí ia sair, mas parou, com a mão na maçaneta, quando ele voltou a falar:
 Poncho: Se a companhia de Barney é tão importante para você, vou retirar a oferta do emprego.
 Anahí: Oh, não... Ele está contente, foi o que o pai me disse. Barney apenas estava se tomando meu amigo, Poncho. Só isso. Você e Dulce têm sido muito bondosos e nem sei como agradecer. Mas é que... Esqueça.Como ela poderia dizer que sentia-se muito sozinha e precisava de alguém com quem conversar? Dulce e ele trabalhavam o tempo todo! Mas se dissesse isso, seria o mesmo que implorar companhia.
Poncho: Diga, Anni, acha que fica muito só? — perguntou ele, como se lesse seus pensamentos.—

Anahí: A maioria das pessoas não são sós? — esquivou-se ela.
Abriu a porta e saiu.

franmarmentini: Ela ainda vai sofrer um pouquinho.