Fanfic: Odeio te Amar | Tema: RBD

Alice: -SÁBADOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!! – Alice entrou no quarto de Anahí gritando.

             Annie: - Sim, é sábado. Que tal me deixar dormir até tarde? – Ela se cobriu até a cabeça.

             Alice: - Annie! A Mica vem aqui hoje, você esqueceu?

             Annie: - Ah é! – Sentando na cama. – Temos que pensar no que vamos fazer.

             Alice: - Exatamente!

             Annie: - Então que seja! Vamos levantar, né?

       Annie e Alice se levantaram. Seriam apenas as três naquela tarde, já que Lúcia tinha ganho permissão para visitar a irmã.

       Anahí estava ansiosa por ver Micaela. Elas se adoravam! Isso era mesmo verdade. Além do fato de Micaela ser profundamente esperta e carinhosa, ela lembrava Poncho. Não só por ser irmã dele, mas por alguns trejeitos e pelo sorriso.

             Alice: - Annie! – Ela gritou, enquanto olhava pela janela. – Eles chegaram.

             Anahí: - Como assim “eles”? – Annie terminava de arrumar a mesa repleta das mais deliciosas guloseimas.

             Alice: - Poncho veio trazer Mica. Ele a buscou na natação antes, Annie! Não lembra disso? – Ela correu na direção da porta e saiu desesperada pelo jardim, abrindo o portão e abraçando Micaela.

             Anahí: - Nossa! – Anahí vinha logo atrás, sorrindo enquanto tentava não parecer nervosa. – Parece que não se vêem há séculos! É de mim que a Mica tem que ter saudades.

             Mica: - Annie!!!!! – Micaela largou Alice e correu para os braços de Anahí que a pegou no colo e a rodopiou no ar.

      Poncho abraçou Alice por trás, prevendo o ciúme já aparente no rosto da menina.

             Poncho: - Bem... Mica está entregue, deixe-me ir! – Ele virou as costas.

             Mica: - Não!!!!!!!! – Ela quase saltou em cima de Poncho. – Fica, maninho! – Ela o olhou com os de Micaela, os olhos irresistiveis de Micaela e de todos os Herrera.

             Alice: - Por favor, Poncho!
             Poncho: - Pensei que fosse um clube da Luluzinha.

             Mica: - Não, Poncho... – Ela olhou para Alice, suplicando por ajuda.

             Alice: - Seria incrível se você ficasse! Ele pode, Annie?

           Pensamento de Annie: Não! Estão loucas? Como vou resistir ao Poncho se ele estiver tão perto de mim?

             Mica: - Por favor, Annie!

             Poncho: - Meninas...

             Annie: - O dia é de vocês, meninas! Minha intenção é mimar vocês duas. – Ela riu. – Fique, Poncho! As meninas estão pedindo. – Ela tirou da manga seu sorriso mais superior e o encarou.

             Mica: - Oba!!!!!! – Ela gritava enquanto puxava Poncho para dentro da casa.

Eles entraram na casa e Poncho pôde finalmente reparar em Anahí. O shortinho branco, a camiseta rosa bebê e a maria chiquinha a deixavam com cara de menina levada. Era bem verdade que não se parecia em nada com o que Lupita representava, mas isso não era necessariamente ruim. Poncho pensou em sua namorada, ela sempre foi inteligente e culta demais, sempre um passo a frente. Agora era independente, fatal e viajada. Tinha a impressão de que Lupita sabia tudo sobre qualquer coisa e poderia agradar a qualquer ser na face da Terra.

     Anahí, ao contrário, tinha mil e um defeitos e isso a transformava num ser humano. Era perua, autoritária, teimosa e escandalosa, mas nunca havia dito que era perfeita, na verdade estava longe disso. Além disso, Annie transpirava alegria, bom humor e jovialidade, enquanto Lupita, no auge de sua juventude, parecia estar passando pela meia idade, com todas as suas crises e responsabilidades.

             XXX: Ai!!!!!!!!!!!!

     Ele ouviu o grito ecoar e acordou de seu transe, olhou na cozinha e viu que se tratava de Anahí com o dedo sangrando, enquanto segurava uma lata de leite condensado.

             Poncho: - O que houve?

             Anahí: - Eu ia pôr o leite condensado sobre o morango.

             Poncho: - Nossa, Anahí! Onde tem curativo?

             Anahí: - No banheiro.

             Poncho: - Então vamos até lá. – Ele a abraçou de lado. – Assim lavamos logo o corte. – Eles foram para o banheiro.

    A feição de Mica e de Alice era de preocupação, mas quando elas se entreolharam deram um sorrisinho, quase como se estivessem se dando conta de algo.

              Alice: - Nem precisamos fazer nada.

              Mica: - Pois é! Sem saber, a própria Anahí nos ajuda. – Ela sorriu.

              Alice: - Fresca como ela é, vai morrer por causa desse corte.

              Mica: - E o Poncho vai salvá-la.

              Alice: - Perfeito! – Ela sorriu e pegou um morango.

Annie: - Ai! – Ela gemia baixinho enquanto a água caia no corte.

              Poncho: - Tem que lavar.

              Annie: - Eu sei, mas dói. – Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

              Poncho: - Ei, Annie! Calma! Já vai passar.

              Annie: - Eu sei. – Ela fungou tentando conter uma lágrima que já rolava.

       Anahí não chorava exatamente pelo corte, mas pelo que ele representava. Se lembrava se uma vez, quando caiu de bicicleta e ralou todo o joelho, a única vez na vida em que seu pai cuidou dela, limpou seu corte e a acariciou. Mas não adiantava esperar por ele, ele não apareceria para cuidar dela, não havia tempo para isso. Ao invés disso ele mandaria um dos empregados, teria sorte se Lúcia estivesse de seviço.

             Poncho: - Está doendo tanto assim? – Ele tirou a mão de Annie da água e a enrolou em uma toalha.

             Anahí: - Não. Já está passando.

        Ele sorriu pra ela com ternura, tirou a mão dela de dentro da toalha e pegou o curativo que já estava em cima da pia, o colocando no ferimento. Poncho acariciou o curativo e a olhou.

             Anahí: - Obrigada!

        Ela mexeu a boca, mas não emitiu som e de repente eles se deram conta de que estavam muito próximos. Ela sabia que não devia fazer o que estava prestes a fazer, mas não conseguia resistir, jamais conseguiria.

        Poncho enrolou uma das maria chiquinhas com o dedo e se aproximou mais dela. Passou o nariz sobre o dela, enquanto beijava as marcas deixadas pelas lágrimas. Annie fechou os olhos enquanto se arrepiava a cada toque dele. Calmamente ele seguiu até a boca de Anahí, onde começou um selinho, para só depois beijá-la de verdade, com tranquilidade e carinho.