Fanfic: Odeio te Amar | Tema: RBD

Enquanto isso, na casa de Anahí...

    Anahí tentava a todo custo falar com Diego, mas ele não atendia suas ligações, pelo visto, estava realmente chateado.

    Tecnicamente, Diego não tinha motivos para estar chateado. Eles tinham um lance sem compromisso e havia ficado combinado que eles eram livres para ficar com outras pessoas, ele não tinha o direito de insistir nesse ciume com relação a Poncho.

    Annie chegou a levar um susto quando finalmente, após a milésima tentativa, ela ouviu a voz de Diego do outro lado do telefone.

          Diego: - Certo, Anahí! A gente precisa conversar.

          Anahí: - Hoje?

          Diego: - Agora, se possivel.

          Anahí: - Por mim pode ser. Nos encontramos no lugar de sempre em meia hora.

          Diego: - Em meia hora então.

     Os dois desligaram e Anahí foi ligar pra Maite, tinha que combinar com a amiga de fingir que estava com ela.

     Annie pediu a Henrico para deixa-la na lanchonete, onde supostamente, Maite esperaria por ela. Depois, seguiu a pé para o lugar marcado.

     Lá estava Diego. Sentado de baixo da árvore, onde eles tantas vezes se encontraram, mas pela feição dele, ela sabia que teriam uma conversa significativa naquele dia.

          Anahí: - Diego!

          Diego: -Ah! Oi, Annie! Nem reparei que você já tinha chegado.

          Anahí: - Posso me sentar? 

          Diego: - Fica a vontade! – Ele sorriu sem graça, enquanto ela se sentava em baixo da árvore.

          Anahí: - Então... Vc disse que a gente precisava conversar.

          Diego: - É, precisamos.

          Anahí: - Se é sobre o fato do seu primo ter ido lá em casa, você tem que entender que...

          Diego: - Annie! Não é isso! Quer dizer... É isso também, mas... Me deixa falar, que eu tenho muito a dizer. – Ele finalmente conseguiu encará-la e respirou fundo antes de começar a falar.

Diego: - Eu e Poncho sempre vivemos numa espécie de competição...

         Anahí: -   Não precisamos falar sobre o Poncho, Diego.

         Diego: - Precisamos sim, Annie! Fica calma e só me escuta. – Ela concordou com a cabeça. – Eu sempre fui o tipico carinha engraçado, bonitinho, mas ordinário, fazia sucesso entre as garotas, mas na real, era o Poncho que elas procuravam quando queria algo mais concreto. Eu pegava mil garotas, mas o espirito de competição com o Poncho continuava e eu nem ao menos sabia porque. Quando voltei da Argentina, dei de cara com a Marilia, ela era diferente de todas as garotas com quem eu já havia ficado, mas tinha um atrativo a mais: era a garota do meu primo, era a minha chance de provar que era melhor. E a Marilia se encantou quando conheceu um novo tipo de Herrera.

         Anahí: - Diego, eu não entendo porque tenho que ouvir tudo isso!

         Diego: - Calma, Annie! A história tem mais a ver com você, do que você pensa. Acontece que no fim das contas Marilia se arrependeu da troca que fez. Poncho acha que ela o quis de volta, porque eu a deixei, mas na verdade ela se arrepender antes. Me senti inferior a Poncho, não sei, coisa de gente imatura, acho que sou um pouco imaturo.  Acontece que Marilia foi pra mim apenas um passatempo, nada mais. Quando cheguei na festa da Mike naquele dia vi a forma como Poncho olhava pra você, me fez lembrar Marilia. Seus olhos, azuis, seu sorriso e a forma como o Alfonso olhava encantado pra você.

        Anahí: - Mas foi a Hilary quem agarrou o Poncho na frente de todos.

        Diego: - Eu sei, eu vi. Mas também sei que o Poncho nunca gostou dela, eu aprendi a reconhecer quando Alfonso se interessa realmente por alguém e a forma admirada como ele olhava pra você... Não sei, mas ouso dizer que era muito mais do que como ele olhava Marilia. Eu não resisti ao desafio de conquistar você, Annie, não resisti.

        Anahí: - Está me dizendo que eu não passei de um desafio?

        Diego: - Não! Quer dizer... Admito que num primeiro momento, sua beleza me chamou a atenção, também pelo fato de você lembrar Marilia e todo aquele episódio, mas ai... Ai eu conheci a Annie. Conheci a garota que aparenta ser uma patricinha futil e mimada, mas que é a criatura mais divertida do mundo, uma pessoa com um humor fora do comum e um jeitinho super delicado. Annie, fui eu mesmo quem propôs um relacionamento aberto, um lance sem compromissos e sou eu que estou aqui, admitindo que não consigo. Não sou capaz de dividir você com mais ninguém, não consigo nem ao menos imaginar outra boca sobre a sua, mas... De que me adiantaria saber que a tua boca me pertence se eu tenho toda a certeza que seu coração pertence a outro?

         Anahí: - Diego... Eu... Eu to confusa, mas... Como assim? Como assim pertence a outro?

         Diego: - Durante quanto tempo você vai negar que ama o meu primo? Você não gosta dele, ou se sente atraida, você o ama! E com o amor, Annie... Com o amor eu não posso competir.

        Anahí: - Diego...

        Diego: - Fadinha! – Ele sorriu, segurou as mãos dela e se aproximou. – Eu vou ficar bem e sei que você também vai ficar. Você é um alguém muito especial e eu quero que você saiba que pode sempre contar comigo, mas... Eu preciso mesmo tentar te esquecer. – Ele deu um selinho nela. – Por mais que seja muito dificil. – Ele deu um sorrisinho e levantou. – Eu... Preciso ir! Você quer uma carona?

        Anahí: - Não precisa. A Maite mora aqui perto e eu vou pra casa dela.

        Diego: - Ok, Annie! – Ele já ia indo embora, mas voltou. – Ah! Não deixe o verdadeiro amor escapar. Ele só aparece uma vez. – Ele sorriu, subiu na moto e desapareceu de repente, da mesma forma que apareceu.