Fanfic: Meu meio irmão (Vondy) - TERMINADA | Tema: Vondy, RBD, Rebelde

— Então é ele Dulce? Seu irmão? — Johnatas disse com ódio nos olhos, a mesma tentou correr atrás dele e se explicar. Mas ele já tinha ido embora. Bufou, por alguma razão tudo estava dando errado naquele dia. Christopher entrou em casa, na velocidade da luz. Aos poucos Dulce foi perdendo John de vista e subiu as escadas correndo atrás de Chris. Quando iria entrar no quarto dele, Victor a barrou.

— Dulce, ele está guardando suas coisas.

— Ele vai voltar para o apartamento dele?

— Não. Christopher vai para outro país.

— Mas por quê? Vocês não querem ele aqui? — Ela disse com as mãos na cintura, batendo os pés, parecendo uma criança de 8 anos.

— Ele não pode.

— Como assim Victor? Me explica!

Ele tentava acalmar a enteada, que o enchia de perguntas e não estava com a mínima paciência para rodeios.

— Será que você pode, pelo amor de Deus, explicar que caralho é esse, que está acontecendo aqui? — A ruiva disparou.

— O Xavier pediu uma medida protetiva, já que você só tem 16 anos e Christopher 20, vocês não podem ficar juntos. Ele tem de ficar pelo menos, há um metro de distância de você.

— Está falando sério?

— Você acha que eu brincaria com uma coisa dessas? 

— Isso não pode estar acontecendo! Não pode mesmo! Já não basta o tempo que ficamos longe um do outro? Agora isso?! Você é advogado, tem poderes judiciários, será que você não pode reverter isso? Ou talvez não quer?! Não é uma porcaria de justiça ou o governo que vai decidir se eu irei ficar perto do meu noivo ou não! Nada e nem ninguém irá nos separar! — Ela disse entrando em seu quarto, batendo a porta. Fechou os punhos e respirou fundo. Tinha que pensar em alguma coisa, mas primeiro refrescar sua cabeça e cérebro. 

As lágrimas já desciam de seu rosto, consequência do que estava vivendo naquele momento. Assim que ouviu a porta do quarto ao lado abrir (era o de Chris), se levantou como um raio e foi ao encontro do mesmo. Dulce limpou as lágrimas que insistiam em cair e olhou nos olhos do mesmo, que estava com os olhos vermelhos também. Num impulso se abraçaram e acabaram unindo os lábios. Em um beijo desesperado, um beijo de despedida. Com certeza o melhor beijo da vida de ambos, quando ela sentiu que aquele momento mágico iria acabar, aprofundou e eles continuaram até o ar faltar. Christopher acariciou as bochechas de Dulce com os polegares e limpou uma lágrima que escorreu de seu olho esquerdo. “eu te amo.” - Foi a única coisa que ele murmurou antes de a deixar ali, chorando, sem saber o que fazer. Sua vida havia perdido o sentido mais uma vez. Sua mãe abriu os braços no meio da escada e elas se abraçaram. Depois de alguns minutos, sua mãe subiu para seu quarto e Dulce encheu um copo de uísque. Virando ele logo depois, fazendo sua garganta sofrer por estar bebendo aquilo de uma vez. Repetiu o ato umas 2, 3, 5, 10, 15 vezes. Até se ver completamente bêbada. Por quê era tão difícil ter Chris em sua vida? Ela não compreendia isso de maneira nenhuma. Mas não deixaria seu amor escapar mais uma vez, não pela segunda. Faria o possível e o impossível. Dana-se tudo, o mundo! Mas nada iria os separar mais uma vez. Dulce estava decidida que ela não deixaria Christopher partir. Se arrumou rapidamente, colocando uma bota de cano alto, uma regata e uma calça preta. Se maquioou de acordo com o seu humor e prendeu o seu cabelo em um rabo de cavalo. Arrumou sua bolsa com algumas coisas e viu o carro de Victor sumir pela estrada. Eles já haviam ido. 

Saiu de casa batendo a porta e ligando desnorteada o carro de sua mãe. Não tirava o pé do acelerador. Já havia ultrapassado vários sinais vermelhos e não estava nem aí. Sua cabeça só estava com Christopher, eles não iriam os separar mais uma vez. Era só isso o que ela tinha na cabeça.

Acabou sendo parada por um guarda de trânsito e esbravejou, abaixando o vidro logo depois.

— Puta merda! — Ela disse antes de baixar o vidro e por um sorriso falso em seu rosto.

— Você poderia me apresentar sua carteira de motorista mocinha?

— Não. — Ela abriu mais o sorriso e pisou fundo no acelerador. 

Aquilo nem era considerado um problema para ela. Seu celular não parava de tocar e depois de ouvir aquele toque pela milésima vez, Dulce resolveu atender e se ver livre.

— Alô.

— Dul? — Ela reconheceu a voz de Anahi do outro lado da linha.

— O que é Anahi?

— Não faz nenhuma besteira amiga!

— O quê? Que besteira garota?

— Não se faça de desintendida! Sua mãe me ligou e pediu pra eu te acalmar. Você pegou o carro dela e saiu por aí; toda arrumada e com uma bolsa.

— Velha fofoqueira!

— E ela ainda esqueceu de um detalhe, você está embriagada!

— Me ligou só para dar lição de moral? 

— Não! Liguei para pedir pra voltar para a sua casa. 

— Ah querida, infelizmente eu não vou fazer isso!

Dulce desligou, deixando Anahi com cara de taxo. A loira desistiu, sabia que quando Dul colocava alguma coisa na cabeça seria muito difícil de tirar. Ou melhor, impossível. Dulce era impulsiva, compulsiva, não tinha controle de si mesma. 

— Dona Blanca eu não consegui resultado algum. Mas se ela quer ir atrás de Christopher, qual é o problema? Ela já tem 16 anos e já provou pro mundo todo que o ama, ele fez o mesmo. Deixa os dois! Eles não conseguem ficar longe um do outro!

Dulce conseguiu chegar no aeroporto a tempo. Já era a última chamada para o vôo, destinado a Europa e ela viu Christopher, abraçando Victor, seguindo a linha de embarque.

— Chris. — Ela gritou correndo, vindo na direção do mesmo. Ele olhou para trás e sentiu seu coração quebrar. Dulce ficou de frente para o mesmo e eles ficaram se encarando por segundos, o que parecia uma eternidade. — Você escolhe! Você fica aqui comigo ou eu viajo contigo. Não vou deixar você partir pela segunda vez, não vou mesmo! — Ela disse mandona, com as mãos na cintura.