Fanfic: Meu chefe e Eu | Tema: Romance, drama, comédia, Adulto.

Pov. Becca

Olhava nostálgica em toda a minha volta e tentava entender o que tinha acontecido tudo aconteceu tão rápido que eu não estava conseguindo acompanhar as coisas, da ultima coisa que me lembro era eu deitada em uma cama de hospital e o medico dizendo que eu estava grávida de um mês, meu estomago dava volta assim como minha cabeça também dava, tentava raciocinar uma frase em minha cabeça, mas tudo se perdia, olhava em volta do quarto que estava minha mãe e Michael cochichando, olhei bem pra os dois que perceberam que eu tinha acordado e vieram até mim.

- Filha está tudo bem? – Pergunta minha mãe preocupada.

- Não, eu quero sair daqui, tive um sonho horrível. – Falo tentando me levantar, mas minha mãe me impedia, evitava olhar para Michael, precisa ter certeza que aquilo era um pesadelo.

- Que sonho filha?

- Que estava grávida acredita? – Falo debochadamente me deitando naquela cama horrível. – Imagina eu grávida?

- Filha? – Chama-me minha mãe engolindo e seco – Você está grávida, nem acredito que vou ser avó – Minha mãe coloca a mão na minha barriga e eu a olho confusa por um momento ate que cai a ficha.

- Então é verdade isso? Eu estou grávida? – Minha voz se eleva um pouco quase em um grito e tiro a mão dela da minha barriga.

- Foi o que o medico disse, então está explicado seus enjôos, sua fome por tudo que via seu aumento de peso.

- Alem de estar grávida está me chamando de gorda? – Falo nervosa por ter desviado do assunto.

- Claro que não você sempre foi magra agora está no peso ideal – Desconversa minha mãe.

- E você? – Olho para Michael que mantém seus olhos no chão, quando o chamo ele me olha um pouco com receio – Você me engravidou e agora fica aí calado? – Estava de mau humor e com vontade de enforcá-lo, minha ficha não caiu ainda que eu esteja grávida, minha mãe sai do quarto me deixando sozinha com ele.

- Me desculpe como você está? – Pergunta ainda não me olhando nos olhos.

- Estou péssima, estou grávida e nem faz uma hora que me formei como acha que eu estou? – Esbravejo jogando minha calma e bom senso para o espaço.

- Eu entendo – Fala baixinho.

- Você entende? Mais que droga, eu estou querendo matar alguém agora – Falo num grito que o assusta e se levanta da cama – Isso não era para ter acontecido Michael, como eu posso ser tão burra?

- Não foi culpa sua Becca, eu... Eu devia ter usado a merda da camisinha.

- O que? - Meus olhos se esbugalharam em incredulidade – Você ta me dizendo que... Que sabia...

- Eu... A gente transa sem camisinha a mais de um mês Becca, pensei que você também sabia disso – Fala simplesmente e eu sinto meus olhos se encherem de lagrimas.

- Você... – Eu não conseguia dizer nada – Você esta dizendo que sabia?

- Eu quero ter esse filho com você Becca, eu quero me casar com você... – Fala ele se aproximando de mim. Levanto-me da cama chorando e corro para o banheiro fechando a porta.

Não sei quanto tempo eu fico lá sentada no chão chorando, só abro a porta quando minha mãe me chama baixinho, corro para seus braços pedindo que me levasse para casa.

O caminho todo eu fiquei em silencio, eu estava no carro de Michael e ele se sentou na frente com o Benson e eu sentia seu olhar em mim pelo retrovisor, eu o evitava olhando para a janela.

Quando chegamos a minha casa fui à primeira sair do carro e entrar, minha mãe veio logo atrás de mim preocupada.

- Filha venha aqui para eu te preparar algo para comer, o medico disse que você precisa se alimentar.

- Não estou com fome mãe – Minto e subo para o meu quarto às pressas e chegando lá vejo Michael parado na porta me olhando. – Eu quero ficar sozinha. – Falo me sentando na minha cama.

- Eu não quero te deixar sozinha – Fala entrando mais no quarto – Eu quero que você me perdoe.

- Te perdoar não vai fazer com que eu não fique grávida – Falo tristemente.

- O que há de errado em estar grávida?

- Não há nada de errado, eu só não quero estar grávida.

- Você não quer se casar comigo e nem um filho meu, o que você quer então Becca?

 - Não tem nem um ano que nos conhecemos Michael, eu tenho outras prioridades na minha vida do que engravidar agora – Falo deitando na cama.

- Você está dizendo que há coisas mais importantes que nós? – Pergunta incrédulo.

- Isso mesmo, eu queria entrar na minha profissão, arrumar um emprego bom, ganhar estabilidade financeira...

- Eu posso te dar tudo isso Becca.

- Eu não quero depender de homem nenhum e nem de marido para conseguir isso – Falo e sinto que ele ficou magoado.

- Eu quero te dar tudo Becca, eu quero te fazer feliz.

- Você me faz Michael, mas agora eu estou grávida e tudo que eu tinha pensado pra mim simplesmente não existe mais.

- Não fale como se estar grávida fosse algo ruim – Ele me repreende nervoso – Eu vou cuidar de vocês Becca, eu vou te dar tudo que você sonha – Fala e minhas lagrimas começar a cair de meus olhos.

- Eu... Eu preciso ficar sozinha – Falo e ele concorda com a cabeça.

- Tudo bem, só não me deixe sem você Becca – Pede ele indo em direção a porta.

Eu não o repondo apenas agarro meu travesseiro e começo a chorar até cair no sono. Sinto alguém me chamando e quando abro meus olhos vejo minha mãe inclinada sobre mim me balançando.

- Eu dormir quanto tempo mãe? – Pergunto preocupada.

- Só por alguns minutos, eu trouxe seu jantar – Ela estende uma bandeja para mim que aceito de bom grado, estava com tanta fome que só percebi quando vi aquela comida. Como me deliciando com aquele sabor maravilhoso, sinto o olhar da minha mãe em mim e a olho com raiva.

- O que foi?

- E que é tão bom te ver assim – Ela diz sorrindo.

- Assim como?

- Você está diferente, não sei como não percebi isso antes – Fala carinhosamente – Eu nem consigo acreditar que vou ser avó é um presente e tanto.

- E eu nem acredito que vou ser mãe – Falo com raiva e minha mãe percebe.

- O que foi? Você não está feliz?

- Não mãe eu não estou, não percebe que essa gravidez só atrapalhou meus planos.

- Não fale besteira Becca, gravidez não é um empecilho na vida de ninguém - Fala minha mãe aborrecida.

- Pois na minha é...

- Você é a Julinha foram à melhor coisa que me aconteceu, você não sabe o que está dizendo filha.

- Eu estou tão confusa, não sei o que fazer...

- Você está grávida, agora tudo o que você fizer vai ser para o seu filho – Meus olhos se arregalam com suas palavras – Ele vai estar em primeiro lugar na sua vida, você vai saber disso quando o senti-lo na sua barriga – Fala e eu olho para minha barriga passando minha mão rapidamente.

- Não sei se consigo mãe...

- Claro que consegue, toda mulher se desespera quando recebe a noticia e é normal minha filha, não fique preocupada senão prejudica o bebê.

- Mãe... – Começo a chorar desesperada e ir para o colo dela. –Eu não sei o que fazer, por que ele fez isso comigo... Eu não estou preparada mãe.

- Você está sim e eu vou cuidar de você, o Michael também vai...

- Eu não quero vê-lo – Falo ainda com raiva dele.

- Por quê?

Então falo para ela que Michael sabia da minha gravidez, que ele não usava camisinha há um mês.

- Ele fez isso porque eu não aceitei seu pedido de casamento – Falo limpando minhas lagrimas que não cessava – Ele ma magoou mãe, ele mentiu para mim.

- Minha filha se ele fez isso é porque te ama, foi errado, mas tente entender ele – Fala ela mais eu nego com a cabeça e assim ficamos até eu dormir novamente.

**

Já se fazia três semanas em que eu não via o Michael, eu também não voltei mais a trabalhar, não queria vê-lo estava muito magoada e nada que minha mãe me dissesse me fazia voltar atrás.

 Ele ligava todos os dias perguntando por mim, quando nos falávamos era por alguns segundos já que eu não conseguia dizer nada então ele falava mais com a minha mãe. No final de semana ele viajaria novamente por alguns dias para finalizar o contrato com uma empresa internacional, senti que meu coração tinha parado quando minha mãe me disse isso, estava morrendo de saudades dele e não queria que ele viajasse e ficasse longe de mim.

Na sexta-feira minha mãe tinha marcado minha primeira consulta com a medica e começaria meu pré-natal, tudo era novo para mim e eu não conseguia me animar com nada daquilo, eu nunca poderia me imaginar fazendo isso e tudo era novo pra mim, era desconhecido e eu estava insegura e com medo.

Chegamos ao consultório medico e eu fiquei impressionada com a beleza do lugar, sabia que tinha um plano de saúde, mas aquele lugar não parecia ter nada haver com planos e quem entrava ali era só quem tinha grana, tive uma leve impressão de ter mãos do Michael ali, não falei nada, mas olhei para a minha mãe avisando-a que sabia que ela sabia daquilo.

A medica foi bem simpática ao me receber, conversou comigo e me deu receitas para eu tomar vitaminas e me pediu para vestir uma roupa para o ultrassom.

Troquei-me com um porco de receio e achei aquela roupo muito estranha, quando sai do banheiro minha mãe estava sorrindo largamente o que me deixou mais preocupada.

- O que você vai fazer comigo? – Perguntei com receio.

- Pode ficar tranqüila é só um gel que vou passar na sua barriga não vai doer nada eu juro – Falou sorrindo e eu fiquei parada no mesmo lugar – Pode se deitar aqui Becca – Me aponta uma cadeira que eu me deito.

Sorrindo ela coloca luvas e passa um gel por toda a minha barriga, depois liga um aparelho apontando-o para mim. – Preparada? – Pergunta e eu só confirmo com a cabeça, então ela passa o aparelho na minha barriga e me aponta para o monitor, eu vejo um tela preta e nada a mais.

- O seu bebê está aí, mas ele é muito pequeno ainda para que você o veja... - Fala carinhosamente e eu faço uma careta – Mas você consegue escutar o coraçãozinho dele batendo - Fala mexendo no aparelho, então um alto som se instala no ambiente me dando um susto, era algo que eu nunca havia escutado em toda a minha vida, não conseguia acreditar que aquele barulho saíra de dentro de mim.

- Oi mamãe eu tenho quase dois meses e uma saúde de ferro... – A medica imitava a voz de um bebe e eu só chorava, minha garganta estava seca e não sabia o que dizer, não tinha palavras para aquilo – Esse bebê tem um coração e tanto – Fala a medica sorrindo para mim, olho para a minha mãe que também estava chorando feito uma criança.

À volta para casa foi em total silencio, eu não conseguia dizer nada eu só conseguia ouvir aqueles batimentos em meu ouvido, tudo era tão não, tão incrível, a medica disse que meu bebê era saudável e que ainda não tinha como saber o sexo e remarcou outra consulta, eu estava muda desde o ultrassonografia e quando chego à minha casa vou direto para meu quarto abrir o envelope e olhar meu filho naquelas imagens, mais lagrimas caiam de meus olhos sem que eu percebesse e um sorriso brotou de meus lábios, era incrível aquela sensação. Estava tão distraída que nem percebi que minha mãe sentou-se ao meu lado na cama e me abraçou forte.   

- Ele vai estar em primeiro lugar na sua vida, você vai saber disso quando o senti-lo na sua barriga – Minha mãe repete as palavras que ela me disse semanas atrás, eu a abraço mais forte chorando, mas aquelas lagrimas eram diferentes, era de felicidade.

**

Três dias havia se passado desde a minha ultima ultrassonografia e três dias que Michael viajou, ele não tinha me ligado em nenhum momento desde que ele viajou, estava enlouquecendo sem noticias dele e estava sentindo a falta dele, fui uma boba em ter afastado ele de mim desta forma, eu não conseguia mais viver sem ele, mesmo ele me engravidando.

Eu estava vomitando muito e dormia o tempo todo, minha mãe estava preocupada comigo e queria me levar ao medico e eu negava sempre em que ela começava a falar sobre isso e Julinha estava um grude em mim, estava todos preocupada comigo.

Estava dormindo na minha cama no final da tarde quando sinto mãos passando por todo o meu rosto e depois na minha barriga, era um carinho bom e eu sentia meu coração bater tão acelerado quanto senti seu perfume, abro meus olhos lentamente e fito-o com um pequeno sorriso nos lábios, ele estava tão lindo e seus olhos estavam cheio de lagrimas.

- Não me deixe ficar longe de você – Ele fala com a voz embargada e eu pulo em seu colo o abraçando forte, minhas lagrimas começa a molhar sua roupa e ele me olha sério limpando-as com seu polegar, não dissemos nada, pois não era necessário nenhuma palavra para dizer o quanto um sentiu a falta do outro – Como estava com saudades – Fala ele e eu me aconchego em seu colo agarrando sua cintura. – Como você está?

- Mal... – Falo falando sobre eu estar vomitando sem para e estava sem ele.

- O que está acontecendo Becca? – Pergunta-me preocupado me fitando.

- Eu não gosto de ficar longe de você... – Falo dengosa abraçando-o mais forte, eu poderia ficar ali por horas.

- Então venha comigo para casa, eu não gosto de ficar lá sem você.

- Eu não gosto de ficar sem você em qualquer lugar – Falo o olhando e me aproximando de seus lábios.

- Então eu estou perdoado? – Pergunta sorrindo.

- Não você não está perdoado, estou grávida por sua culpa. – Fala fazendo beicinho.

- E eu estou sem se ver por mais de três semanas por sua culpa - Ele passa os dedos pelo meu rosto carinhosamente - Pensei que você me expulsaria e que eu seria pai solteiro.

- Você acha que eu vou deixar você livre assim? Você é meu mesmo eu estando com raiva de você – Nós rimos juntos com minha declaração.

- Então você já aceitou que está grávida e não está brava por ter um filho? – Me pergunta e eu me senta na cama me separando dele.

- Eu... Eu tinha pirado quando descobri e fiquei ainda mais nervosa quando você me disse que não tinha usado camisinha, mas depois que eu o vi dentro de mim e escutei seu coração todo medo, toda raiva acabou e só existiu ele – Falo com meus olhos enchendo de lagrimas e o olhando.

- Eu te amo e não me arrependo de nada, eu quero ter uma família com você, quero que você seja minha mulher.

- Eu... Eu aceito – Falo por fim, não importava mais nada, eu faria tudo pelo meu filho e por este homem na minha frente, tudo é insignificante diante deles, não troco nada por isso que eu tenho agora com Michael.

- Você está falando serio? – Seus olhos brilharam.

- Sim, depois que o bebê nascer nós nos casamos – Falo mas ele para de sorrir.

- Mas são daqui a nove meses Becca – Falo bravo.

- Quem mandou você me engravidar senhor Bass? – Falo e pulo em seus braços beijando seu pescoço e mordiscando de leve e ele geme em resposta.

- Vamos nos casar no mês que vem! – Fala ele num sussurro já que eu estava lambendo seu pescoço e desabotoando sua camiseta.

- Não quero nada corrido e nem me casar com uma barriga grande – Falo chupando seu pescoço forte, ele da um gemido alto e me vira me deitando na cama.

- O que eu não faço por você hein? – Morde meu queixo e me dá um selinho demorado, quando agarro seu pescoço para aprofunda o beijo ele se levanta – Nada de sexo até o casamento – Olho para ele assustada e ele solta uma de suas raras gargalhadas.

- Ta maluco? São nove meses...! – Exclamo tentando apagar o fogo que estava em mim – Eu não vou agüentar Michael, por favor? – Peço chorosa, mas ele nega com a cabeça.

- Nada de sexo senhorita fogosa, agora vamos descer para você comer – Me pega no colo e me carrega ao andar de baixo até me sentar-se à mesa, minha mãe me olha sorrindo vendo que eu e Michael estávamos bem de novo.

Depois de jantarmos, na verdade eu comi quase toda a comida da minha mãe, mostrei Michael meu primeiro ultrassom, ele pegou a papel curioso e ficou observando aquilo por minutos até me entregar a folha sorrindo.

- Eu não entendo nada disso – Solta um sorriso debochado que me faz revirar os olhos e empurrá-lo com o ombro.

- Nem eu, mas a medica falou que daqui a duas semanas podemos vê-lo melhor e saber o sexo.

- Eu quero uma menininha igual a você – Fala bobo e eu beijo sua bochecha.

- Bom... Há duas semanas eu não queria um bebê então eu não me importo com o sexo – Falo sorridente.

- Não você não importa com sexo? – Pergunta ele dando outro sentido á frase.

- Sendo com você eu me importo muito – Falo sedutora subindo em seu colo no sofá.

- Você anda muito safada Becca – Fala no meu ouvido fazendo-me arrepiar.

- Eu quero você Bass... – Começo a mordiscar sua orelha.

- Só depois do casamento Becca – Fala tentando se afastar de mim mais eu lhe agarro o pescoço.

- Sua família Becca – Me repreende, mas eu estava com tantas saudades que nem me importava onde estava. – Sua irmã daqui a pouco desce e te ver no meu colo – Fala e eu desço de seu colo fazendo beicinho.

- Você anda muito dengosa – Fala ele carinhosamente me olhando. – Vamos para minha casa pra eu poder ter mimar – Fala e meus olhos brilham de esperança, eu o queria mais que tudo, ainda mais nu e dentro de mim.

- Então vamos – Levanto-me do sofá às pressas puxando sua mão.

Despedimos-nos da minha mãe e da minha irmã e fomos para a sua casa, nos beijamos o caminho inteiro e eu já estava em cima dele com ele sem camisa, estava quase tirando minhas roupas quando o carro para em frente ao seu prédio, faço um beicinho e descemos do carro com olhares cúmplices, sabíamos que esta noite seria longa.