Fanfic: Meu chefe e Eu | Tema: Romance, drama, comédia, Adulto.

Bass

Os dias passaram rapidamente quando eu estava com ela, podia dizer que estava feliz, mas na verdade nenhuma felicidade era comparada com a que eu estava sentindo, depois de tantas confusões e brigas eu e Becca estávamos muito bem, só faltava mesmo o nosso casamento para completar o pacote.

 

Como tudo com a Becca é diferente ela estava irredutível na questão do casamento, no começo eu queria fazer de tudo para ela aceitar o meu pedido, mas com o tempo eu fui aceitando mais seus argumentos.

 

Tinha passado o sábado inteiro no escritório trabalhando, Becca tinha saído com uma amiga eu fiquei um pouco desconfortável por tê-la tão longe de mim e tentei entender que às vezes ela faria isso, sairia com seus amigos sem mim. Claro que eu sempre soube de coisas que ela fez antes de eu pedi-la em namoro, soube que ela tinha bebido numa boate e beijado um cara, soube também que ela estava completamente bêbada, eu não a culpei por isso, pois eu era um babaca em estar com Barbara e deixá-la fazer aquelas coisas por minha causa.

 

Barbara sempre se metendo onde não é chamada, já não basta tê-la no meu pé por anos ela não me deixa viver, sempre vinha atrás de mim e agora tinha me ligado chorando falando que Becca bateu nela, era domingo de manha e eu tive que vir para meu escritório trabalhar por algumas horas quando o telefone toca e eu atendo escutando em um desesperado choro.

 

Claro que eu fiquei nervoso, a Becca tinha colocado a vida do nosso filho em perigo, ela tinha agido sem pensar e coisas horríveis poderia ter acontecido a ela.

 

– Eu quero que você nos deixe em paz Barbara, já não basta o que já aconteceu daquela vez – Esbravejo no telefone a raiva tomava conta de mim.

 

– Mas Michael não foi minha culpa, essa garota que não entende o que tivemos... – Começa ela o mesmo falatório.

 

– O que a gente teve foi passado, eu não quero mais falar sobre disso. Não quero que você me ligue e se me vê em qualquer lugar não me dirija à palavra. – Falo voltando a minha calma.

 

– Michael – Ela diz chorosa, não me lembrava dela assim, sempre fora tão fria e seca – Eu quero a sua amizade, eu sei que acabou e estou tentando aceitar a situação... Por favor, não me deixa.

– Não podemos ser amigos... Não podemos ser nada. – Falo ríspido acabando de vez com aquela lorota – Eu sempre vou escolher Becca acima de qualquer amizade, se ela me pedisse para escolher eu não pensaria duas vezes em tê-la... Ela não gosta de você e eu também acho melhor assim.

 

– Tudo bem, eu vou deixá-los em paz mesmo sofrendo... Eu só preciso... Preciso recomeçar e eu preciso de sua ajuda, e eu deixo vocês em paz.

 

Suspiro pesadamente pensando no tipo de ajuda que ela queria – Dinheiro – Ela era interesseira, por isso tinha uma amizade com minha ex-madrasta, só pensavam no status e o que eu podia oferecê-las, concordo em dar o dinheiro a ela e ela diz que nunca mais aparecia na minha frente. Depois de encerrada a ligação percebi que tinha um assunto pendente para ser resolvido, peguei o telefone e disquei aquele numero que estava anotado com um endereço. Depois de alguns toques aquela voz que eu não esperava me abalar tanto responde com um “oi”, demoro um pouco á ter coragem de responder, mas no fim eu consigo dizer com palavras contidas que ela viesse até a minha casa, estava disposto a escutá-la, queria da um fim naquela culpa que eu carreguei por muitos anos da minha vida.

 

Estava tão distraído que só me dei conta que Becca estava sentada no meu colo beijando meu pescoço, a prendo mais e beijo seus lábios demoradamente.

 

– Bom dia – Digo baixinho.

 

– Bom dia... – Diz manhosa – Você acordou muito cedo – Reclama e eu sorrio.

 

– Alguém precisa sustentar nosso filho – Falo brincando.

 

– Como se o que você tem não fosse o bastante – Fala ela se aninhando em meus braços.

 

– Sim eu tenho tudo inclusive você – Falo.

 

– Então você é o cara mais sortudo – Ela fala e eu rio de sua resposta. – Estou com fome, muita fome alias... Preciso comer – Ela se levanta do meu colo me dando um selinho e me deixa ali sozinho. Levanto-me da cadeira indo atrás dela, juntos preparamos nosso café da manhã, ela me olhava com desejo e eu correspondia, o que eu mais queria era tê-la ali mesmo.

 

– Barbara me ligou – Falo assim que sentamos á mesa para tomarmos nosso café.

 

– O que? – Ela me olha assustada e nervosa. – O que aquela vaca queria?

 

– Becca! – A repreendo – Ela só ligou para dizer que vai nos deixar em paz. – Falo ocultando quase toda a conversa que tive com ela.

 

– Mais que falsa, eu odeio essa mulher. – Diz indiferente passando geléia na torrada.

 

– Ela disse também sobre a briga – Falo e ele ainda continua indiferente.

 

– Eu devia ter batido mais nela...

 

– Becca! – A repreendo novamente.

 

– O que foi vai proteger ela agora? – Sua voz se alterou e eu sabia que era os hormônios.

 

– Não é isso é que você correu perigo... Você poderia ter se machucado.

 

– Mais não me machuquei e a Daise estava comigo e eu sei me defender.

 

– Você foi irresponsável Becca... Não posso nem imaginar se tivesse acontecido alguma coisa.

 

– E você está protegendo ela é isso? – Diz com a voz embargada me assustando – Porque não volta pra ela hein?

 

– Eu estou protegendo você meu amor... – Falo cansado daquele assunto, não queria brigar com ela por causa da Barbara.

 

– Você a ama? – Pergunta baixinho me assustando.

 

– Claro que não da onde tirou isso?

 

– É que você está com ela a tanto tempo que eu pensei...

 

– Pensou errado – Interrompo-a com a verdade – Eu amo você, será que não percebeu isso ainda?

 

– Tenho duvidas você ainda não me deu o que eu quero – Fala com um pouco mais de animação.

 

– Acho melhor esperarmos o bebê nascer – Falo seriamente.

 

– O que? Nove meses? – Diz espantada – Você acha que eu agüento esperar por tanto tempo?

 

– Claro que sim.

 

– Claro que não, se já não estou agüentando agora – Eu sorrio com sua resposta, eu também não estava agüentando ficar sem ela – Eu li que os hormônios de uma grávida é o dobro então eu preciso de sexo.

 

– Becca! – outra vez repreendo-a – Desde quando você fala essas coisas.

 

– Desde que você me ignora completemente.

 

Solto um suspiro pesado e volto a falar. – Eu mais do que você quero muito... Mas posso te machucar.

 

Ela se levanta bruscamente da mesa e parecia nervosa. – Não vai me machucar e eu te provo – Se levanta e pega seu celular discando um numero, depois de alguns minutos falando com alguém ela me estende o aparelho.

 

– Atenda e confirma- Diz me deixando confusa – É minha medica, ela vai te provar – Eu pego o aparelho e ouço uma risada do outro lado da linha.

                                                **

– E então? – Ela me pergunta depois que eu encerro a ligação.

 

– Você tem razão, mas ela disse que eu tenho que ir com calma.

 

– Então... Pergunta num fio de voz.

 

– Você tem seu primeiro ultassom marcado para semana que vem – Respondo e ela revira os olhos.

 

– Vou tomar um banho – Se levando e vai para nosso quarto, solto um sorriso vitorioso. Deixaria o doce para mais tarde.

 

**

Depois da manhã agitada que tive com Becca. Agitada digo com sua alteração de humor volto para meu escritório, odiava ficar ali depois que Becca passou a ficar na minha casa, eu sabia também que ela odiava quando eu vinha para cá, alguns costumes não acabavam nunca.

 

Minha mãe tinha chego à minha casa antes do almoço, quando abri a porta e eu a vi senti meu coração palpitar forte eu sentia tudo, ódio, amor, vontade de chorar ou de sorrir quando vi seu sorriso, era do qual eu me lembrava quando era pequeno. Já estávamos sentados no sofá da sala e ela tratou logo de falar.

 

– Filho... Eu queria tanto poder voltar atrás e fazer o certo.

 

– Acho que isso era para acontecer...

 

– Eu sei e me odeio por isso, por causa do meu irmão eu perdi a vida.

– O que tem feito desde então?

 

– Eu... Eu tenho uma grande amiga que conheci no presídio e ela me ajudou muito, se não fosse ela ali comigo acho que nem estaria mais viva.

 

Fico em silencio dissolvendo suas palavras na minha mente, tudo dava voltas e eu não conseguia chegar a lugar nenhum.

 

– E sei que você guarda magoa de mim Michael e sei também que é impossível esquecer tudo o que aconteceu... Mas... Eu só quero seu perdão meu filho, quero poder saber que meu filho ainda me ama e que me perdoa. – Ela já estava chorando e eu sempre desviava meu olhar do dela, me segurando para não chorar junto.

 

– Eu... Eu não sei se consigo. – Minha voz estava embargada.

 

– Me da uma chance eu te peço, eu não quero viver longe de você.

 

– Eu... Ainda estou confuso e com raiva, muita raiva.

 

– Eu entendo só me deixa tentar filho... – Implora ela e eu cedo.

 

– Acho que podemos recomeçar mãe. – Falo e olho em seus olhos, seu rosto se ilumina com minha resposta e La se levanta me dando um inesperado abraço.

 

Senti-me reconfortado em seus braços, e aquela criança volta em mim, sorrio me lembrando de como eu gostava do abraço dela.

 

– Me desculpe – Ela se afasta rapidamente com seu rosto vermelho. – Acho que exagerei... Eu estou tão feliz.

 

Eu ainda estava serio e ainda usava minha mascara, ela não sabia o que eu estava sentindo naquele momento, mas era amor muito amor, eu só não queria dá a ela agora, já irira responde-la, mas escuta Becca me chamando do começo das escadas.

 

– Bass? – Ela ainda não tinha visto minha mãe ali – Eu estou com fome – reclama passando a Mao na barriga – De novo e a culpa a sua – Me acusa e eu sorrio apaixonado e minha mãe percebe minha mudança de atitude, com Becca era tudo diferente. Ela desce as escadas e então percebe a presença da minha mãe.

 

– Dora? – Exclama com um sorriso – Que bom te ver – Ela vai ao encontro dela dando-lhe um abraço, não sabia que era tão intimas.

 

– Eu também, estava com saudade de você – Minha mãe reponde olhando para ela com carinho.

 

– Vocês estão bem e conversaram? – Pergunta Becca apontando para nos dois.

 

– Sim – Respondemos em uníssono. – Ele me ouviu e me deu uma chance de aproximação. – Minha mãe fala.

 

– Fico feliz – Ela olha para mim orgulhosa e depois volta à atenção para minha mãe – Quando eu te vi pela primeira vez eu vi que seus olhos são iguais ao do seu filho e senti uma semelhança. – Becca fala inocentemente.

 

Elas então entra em um assunto animado, Becca me senta no sofá novamente e se senta ao meu lado.

 

– Passei mais de um ano procurando ele, depois que vi a casa vazia eu me senti assim também, tinha voltado a estaca zero... Depois de voltar para casa a minha amiga estava desesperada e tivemos que viajar as pressas para são Paulo, pois sua mãe estava mal, infelizmente não sobreviveu e eu fiquei muitos meses lá até que eu vi a foto do Michael em um jornal não pensei duas vezes.

 

– E como conseguiu o trabalho – A curiosa da Becca pergunta.

 

– Na verdade foi uma coincidência, tinha ido até a sua sempre – Ela me olha – iria falar com você, mas eu fui maltratada, me mandaram ir embora dizendo que você nunca falaria comigo – Quando eu estava saindo de lá eu te vi, tentei falar com você, mas você estava distraído – apressado – só consegui escutar você falando no telefone para alguém contratar uma empregada... É isso e o resto vocês já sabe.

 

– Fico feliz que você não desistiu do seu filho – Becca se pronuncia depois de alguns segundos em silencio, meu corpo se retrai com sua fala.

 

– Nunca desistira. – Responde minha mãe. Depois de mais alguns minutos de conversa Becca fala.

 

– Michael... Estou com fome – Fala manhosa e eu sorrio pegando meu telefone e mandando uma mensagem para Benson trazer nosso almoço.

 

– Almoço já saindo – Falo e as duas sorrirem – Você fica para almoçar com a gente? – Pergunto educadamente e também querendo que ela fique mais.

 

– Eu adoraria. – Responde. – Eu posso fazer nosso almoço se vocês não se incomodarem.

 

– Eu me incomodo hoje você é nossa visita nada de cozinha para você Dora. - Fala alegre. – Vem vamos lá arrumar a mesa – Ela se afasta com minha mãe e eu vou ao meu escritório.

 

Fico lá pesando nessa manhã e um misto de sentimentos vêem, precisava conversar com meu pai agora.

 

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Me descupe pela demora mas vamos lá, infelizmente está chegando ao fim... Agradeço a quem sempre comenta e fez com que eu terminasse a fic, bjo a todos.