Fanfic: Quase Sem Querer | Tema: Ponny

Um mês e meio longe de Poncho. Era muito tempo! O que Anahí faria nesse período? Retomar a antiga amizade-grude com Maite e Dulce? Isso não seria má ideia, porém elas também tinham suas vidas e assim, não aguentariam uma amiga carente todos os dias, por várias horas.

Ela sabia que sentir-se assim não era bom, por duas razões. A primeira, óbvia demais, porque ninguém gosta de estar com saudade e entediado o tempo inteiro; e a segunda porque se uma pequena viagem a deixava assim, imagina se por ventura o relacionamento terminasse? – coisa da qual nenhum casal está livre, mesmo os mais apaixonados.

Anahí precisava se distrair. Deixar sua vida interessante mesmo sem Alfonso nela. Mas, isso seria possível?

Em 20 de novembro, exatos cinco dias após a partida do namorado, ela escreveu sua primeira carta, conforme havia combinado com ele.

“Oi Amor,

Estou morrendo de saudades... A vida sem você é uma tentativa inútil de ser feliz, o que é óbvio, pois o único que me faz feliz é você. E com você ai, é difícil sorrir, mas eu estou tentando. A única coisa que me motiva é pensar que você esta feliz em fazer seu curso. Você vai achar engraçado, mas eu estou contando os dias pra você voltar, sei que ainda falta muito, mas não me importa. Eu tenho paciência. Aqui estão todos ótimos, só um pouco preocupados com a minha tristeza, mas eles entendem que é por estar longe de você. O colégio está normal, tirando a parte de que algumas de minhas amigas dizem que sentem muito por você estar ai, as outras, dizem que isso será ótimo pra sua vida e quando você voltar, tudo será ainda melhor. Prefiro acreditar na segunda opção, mas a primeira insiste em ficar na minha cabeça. Desculpa falar isso, é que, sinceramente, eu preferia que você estivesse aqui. Mas não perca sua motivação com o curso, quero que você seja o melhor publicitário que existe por aqui, quero me orgulhar ainda mais de você.

Olha, infelizmente ou felizmente, cheguei na parte mais difícil dessa carta, mas também a que eu mais queria escrever. Sinto muito por não ter dito todos os dias que te amava, por não ter me declarado em tantas oportunidades. Eu tinha medo de me entregar e sofrer... Mas percebi que, me entregando ou não, não há como não sofrer... A partir de agora não vou ter medo de viver, vou fazer tudo que me der vontade, porque é melhor me arrepender por coisas que eu fiz do que pelas que eu deixei de fazer. Eu te amo muito, eu te amo desde a primeira vez em que conversamos. Quando você me sorriu, eu te amei, quando você me beijou, eu te amei. Eu sempre te amei, até em nossas brigamos. Aliás, me desculpe pelas brigas, ás vezes eu me comporto como uma idiota, uma criança. Não é?

Saiba que amo você mais do que qualquer coisa nessa droga de vida. Nunca, nunca, nunca se esqueça.

Com amor, Anahí

Alfonso não estava em melhor situação. Ou melhor, até estava. Estar viajando pra um país incrível como o Canada, o colocava em melhor posição. Mas ele não se sentia com tanta vantagem assim. Curtiria sim a viagem, afinal, sempre quis conhecer o Canadá; faria compras, conheceria pontos turísticos e depois... depois nada. Não tinha mais tanto o que fazer. Sem o que fazer, passaria a ficar no hotel. E ficando no hotel, só pensaria na namorada.

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