Fanfic: Quase Sem Querer | Tema: Ponny

Cinco dias depois...

Eram onze e meia da noite quando Anahí ouviu seu celular tocar insistentemente. Virou para o lado e estava decidida a não atende-lo. Pena que a pessoa do outro lado da linha era tão decidida quanto ela e não desistiu até a loira pegar o celular e atender irritada.

Anahí: Alô? – irritada, segurou o celular com força contra o ouvido e permaneceu de olhos fechados.

Poncho: Any? – perguntou confuso.

Anahí: Eu não acredito Poncho. – resmungou – Para o seu bem é bom que você tenha algo muito sério e importante pra me falar.

A voz dela estava arrastada e grossa, mostrando claramente que havia acabado de acordar.

Poncho: Vejo que acordei você. – disse sem graça.

Anahí: Claro. É muito tarde aqui.

Poncho: Então volte a dormir, amanhã eu ligo.

Anahí: Não, deixa. Pode falar. – deu o braço a torcer.

Na verdade, ela só tinha falado isso porque havia notado um barulho ao telefone, e de quebra uma musica de fundo. Aquilo, definitivamente, não era comum.

Poncho: Não era nada importante, só queria falar com você. Estou com saudades. – completou.

Anahí: Também estou. – Disse com um aperto no peito. – Hum... E onde você está? Estou ouvindo um barulho.

Poncho: Na casa do Michel, um amigo da filial de Nova York. – respondeu e olhou para dentro do apartamento do amigo, onde estavam os outros companheiros do curso, que inclusive, na maioria eram funcionários das várias filiais da empresa de seu pai.

Anahí: E quem está aí?

Poncho: O pessoal do curso e uns colegas da empresa.

Anahí: Certo, certo – disse engolindo a pergunta que tinha em mente. – então continue curtindo sua noite que eu vou voltar a dormir.

Poncho: Any, eu não... – Foi interrompido.

Anahí: Tá tudo bem, Poncho. Boa noite. – cortou o assunto – amo você.

Poncho: Eu também amo você, pequena.

A loira sorriu sozinha, antes de desligar o telefone e soltar um suspiro cansado.

Michel: E aí? – perguntou ao ver Alfonso parado na sacada da varanda do apartamento. – Falou com a famosa Anahí?

Poncho: Falei. – desviou a atenção da rua e mirou o amigo.

Michel: ih, mas pelo visto brigaram, né? – Falou ao notar a cara de frustação do amigo.

Poncho: Não. Tá tudo bem. Eu acho.  – disse com um meio sorriso.

Ao longe Nanda, que acabara de chegar a pequena reunião acompanhada de duas amigas, observava atentamente todos os movimentos e feições do ex-namorado. Ele parecia triste e preocupado. Ela conseguia sentir isso. E bom, de certa forma aquilo a agradava muito. Sabia que Poncho precisaria que alguém o acalmasse. E ela, como uma excelente pessoa, o ajudaria naquilo.

Nanda: Oi gente!

Simpática se aproximou de Poncho e Michel, que ainda estavam parados na varanda. Ao vê-la próxima, Poncho bufou baixinho e tomou mais um gole de sua bebida.

Michel: Oi Nanda! – sorrindo, cumprimentou a amiga. – Bom revê-la.

Nanda: Oi Mick! – retribuiu o sorriso e o abraçou apertado. – É muito bom revê-lo também. – Em seguida virou-se para Poncho. – Oi Poncho!

Poncho: Como vai Nanda?

Nanda: Bem. E vocês? O que estão fazendo aqui longe de todos?

Michel: Só estávamos respirando um pouco. – tomou partido e respondeu a morena, quando viu que Poncho não fez menção alguma de falar algo.

Nanda: Vamos lá pra dentro! Venham!

Decidida a tentar se reaproximar de Poncho, segurou em seu braço e tentou fazê-lo andar.

Poncho: Vou ficar mais um tempo aqui, Nanda. – tentando não ser muito indelicado, tirou a mão dela de seu braço.

Nanda: Não seja ranzinza, Poncho! Michel – virou-se para ele – convence esse teu amigo aqui!

Michel desistiu de falar algo ao ver a cara fechada do amigo. Riu e deu com os ombros antes de sair dali, deixando os dois sozinhos. Poncho chegou a achar que Nanda desistiria e iria embora, pena que ela era mais insistente do que ele lembrava.

Nanda: Você vai mesmo passar a noite inteira sozinho nessa varanda?

Poncho: Não – respondeu simplesmente – já vou embora. Vou voltar pro hotel.

Nanda: Ah, não mesmo! – protestou – poxa Poncho! Estamos aqui reunidos... A maioria dessas pessoas são funcionários da nossa empresa. Você não pode ir embora agora. O que seu pai diria?

Diante do argumento dela Poncho não teve o que responder.

Poncho: Tudo bem, você venceu.

Sorrindo alegre, Nanda entrelaçou o braço no de Poncho e seguiu com ele até o interior do apartamento, onde estavam todos reunidos.

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