Fanfic: Quase Sem Querer | Tema: Ponny

Ao perceber a ligação encerrada Poncho retirou o aparelho do ouvido e o mirou durante alguns segundos antes de fixar os olhos em Nanda que permanecia parada a sua frente. Essas investidas ridículas da morena já estavam começando a corroer toda a pouca paciência que ele tinha.

Poncho: Você nunca vai cansar de fazer essas coisas?

Nanda: Quê? Apenas te chamei pra entrar – dissimulou fingindo uma inocência que não existia naquele momento.

Poncho: Não precisa fingir. Melhor você colocar de uma vez por todas na sua cabeça que eu namoro a Anahí. Que eu a amo e que não pretendo e nem vou deixá-la.

As palavras ditas de maneira direta e sincera atingiram Nanda mais do que ela gostaria. Mesmo com o orgulho ferido não se abalou e continuou com os olhos grudados nos dele. Amava Poncho. O tempo que passaram afastados foi mais do que suficiente para convencê-la disso. A cada fora que ele dava, mais vontade de lutar por ele ela tinha.

Nanda: Continuo sem te entender. Eu não fiz nada contra vocês – esbravejou – Se você não sabe como tratá-la ou como levar isso aí que você chama de relacionamento a diante não venha por a culpa em mim, ok?

Poncho: Te conheço – rebateu – Você sabia que eu estava com ela ao telefone, sabe que ela está a quilômetros de distância daqui e mesmo assim vem e fala próximo a mim.

Nanda: E qual o problema? É proibido alguém do sexo feminino falar com você agora? – ironizou

Poncho: Sinceramente – com a paciência por um fio passou a mão freneticamente pelos cabelos e soltou um suspiro – Não sei para quê estamos discutindo isso.

Nanda: Eu menos.

Poncho: Vou embora – disse por fim.

Nanda: Mas já? – sem se conter segurou mais uma vez em seu braço.

Poncho: Sim. Vou fazer minha malas. Com licença.

Nanda: O que? – arregalou os olhos.

Ao afastar-se da morena apenas acenou para os outros amigos que permaneciam no bar e saiu. Estava preocupado com Anahí. O choro dela ao telefone era forte, doído. E ela estava tão longe e sozinha. Resignado e revoltado pegou um táxi de volta ao hotel. Faria as malas e pegaria o primeiro voo de volta pro México.

Michel: O que deu no Poncho? – perguntou confuso depois que o amigo saiu como um furacão.

Nanda: Não sei – deu com os ombros, fazendo pouco caso – deve ter brigado com aquela namoradinha sem sal dele. Já vou indo. – beijou o rosto do amigo e antes de sair também acenou para os amigos em cumprimento.

Já no México as coisas não estavam tão melhores. O choro da loira continuava e ela permanecia na cama, fazendo uma pressão com o rosto no travesseiro como se isso fosse ajudá-la a se acalmar.

Poncho e Nanda estavam juntos nesse momento. Em outro país. Sozinhos. Malditos! Como Poncho podia fazer aquilo com ela? Sentindo-se arrasada deu um soco no colchão e sentou na cama passando a mão no rosto com o intuído de secá-lo.

Amaldiçoou-se mentalmente antes de levantar da cama e ir em direção ao banheiro. Como pôde ser tão burra? Como pôde acreditar nele de novo? Mais uma vez ele a trocou por Nanda. Mais uma vez.

Estava decidida tomaria um banho para relaxar e pensar com mais clareza. Se arrumaria e sairia com Maite. Afinal, não havia mais nada a ser feito apenas deixar o tempo passar e por tudo em seu lugar outra vez. Tinha que ser forte.

Já no banheiro conseguia ouvir o celular tocar incansavelmente, mas não se deu ao trabalho de ir atender. Sabia que era Poncho e agora que já estava um pouco mais calma não queria conversar. Seria melhor assim.

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Amanhã tem mais. 💋