Fanfic: Quase Sem Querer | Tema: Ponny

Um dia depois...

Assim que os irmãos Uckermann Portilla chegaram ao México foram direto pra casa, deixariam suas coisas e seguiriam pro hospital, porém antes que isso fosse possível...

Anahí estava sozinha no quarto, sentada de frente ao espelho. Soltava os longos fios dourados quando ouviu batidas na porta.

Anahí: Pode entrar! – Disse virando-se.

Poncho abriu vagarosamente a porta, estava sério, havia algo diferente em seu rosto.

Anahí: Amor?! – Exclamou – Você não ia nos encontrar hospital? – Perguntou ainda sem perceber a sua expressão preocupada.

Poncho: É, eu ia. – Respondeu simples, a voz um tanto fraca e foi aí que Anahí percebeu que alguma coisa não estava normal.

Anahí: Poncho, aconteceu alguma coisa? – Levantou-se prontamente da cama.

Poncho: Anahí, bem... – Respirou fundo tomando coragem – Você sabe que poderá sempre contar comigo...

Anahí: O que... O que aconteceu? - Poncho tomou-lhe as mãos, olhando-a fixamente nos olhos

Poncho:  Any, você vai precisar ser forte...

Aquelas palavras entraram pelo ouvido dela como uma lâmina, começara a entender o que estava acontecendo. Imediatamente sentiu o pânico apoderar-se de seu corpo.

Anahí: Ser forte? Por que eu preciso ser forte, Poncho? – Ela tinha os olhos marejados - O meu pai... O meu pai está bem, não está? - Perguntou sem conseguir formar a frase direito.

Poncho: Ele não resistiu, Any. – Disse compassivo.

Naquele momento o chão sumiu debaixo dos pés de Anahí. Ela sentiu como se tivessem arrancado o seu coração. Os olhos caridosos de Poncho a fitavam, contudo Any não fez nada, não disse nada, estava em choque, não moveu um único músculo.

Poncho: Eu sinto muito. – Disse confortando-a, afagando as suas mãos.

Ela olhava para o nada, digerindo a notícia, estava perdida. 

Anahí: Ele... – Olhou Poncho tentando pronunciar algo, mas não conseguiu. A tristeza que sentia já não cabia dentro de si, explodiu em lágrimas. Levou as mãos ao rosto, tentando conter as inúmeras gotas que escorriam por sua face – NÃO! – Gritou – O meu pai não! Não! Não! – Repetia atordoada.

Vê-la daquele jeito cortava o coração de Poncho, se pudesse arrancaria dela todo aquele sofrimento. Ele a puxou para si e a acolheu em um forte abraço. Any afundou o rosto no peito de Poncho, deixando o sofrimento vir à tona, sentia-se desprotegida, a lembrança do rosto de sua pai vinha-lhe a mente ferindo a sua alma, matando-a de saudade. Não era possível que aquilo estivesse acontecendo.

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