Fanfic: Quase Sem Querer | Tema: Ponny

Após sair da faculdade, Poncho vai para o trabalho. Essa é sua rotina diária. Estudos pela manhã e trabalho à tarde. Diversão? Quase nunca.

Sempre foi muito dedicado e isso vinha lhe garantindo ótimos resultado profissionais. Ainda nem havia se formado e já possui um cargo de bastante destaque na maior empresa de publicidade da cidade. Apesar de seu pai, Ricardo Herrera,  ser um dos sócios do empreendimento, diga-se de passagem, o majoritário, Poncho sempre deixou claro que queria começar de baixo e chegar ao topo através dos próprios esforços. E em pouco tempo estaria lá. Isso era visível. Era indiscutível.

Na terça feira, assim que chegou ao escritório, ele foi informado pela secretaria de seu pai que este o aguardava. 

Alfonso: Com licença, pai. – Pediu entrando na sala.

Ricardo: Claro, filho.

Alfonso: Você mandou me chamar?  – Foi direto ao ponto

Ricardo: Mandei. – Apontou-lhe a cadeira em frente à mesa – Sente-se. – Pediu – Como estão as coisas? Feliz pela formatura?

Alfonso: Na verdade tô mais ansioso do que feliz. – confessou.

Ricardo: E quando vai ser? – Perguntou enquanto revisava uns papéis.

Alfonso: Daqui a um mês. – sorriu. – Parece um eternidade.

Ricardo: E Fernanda? – Mudou completamente de assunto e o sorriso no rosto de Poncho cessou – Como vocês estão?

Alfonso: Normal. – deu ombros sem entender. – Por que?

Ricardo: já estão juntos há um bom tempo, né?

Alfonso: Uns nove, dez meses. Não sei. – Respondeu já desconfiado – Por que isso agora? 

Ricardo: Não, é que... – Fez uma pausa deixando os papéis de lado - Você não acha que já está na hora de vocês darem um passo mais adiante nessa ralação?

Alfonso: Que? – Levantou-se num pulo – Como assim um passo a adiante?

Ricardo: Bom, vocês já estão juntos a um bom tempo. Você está terminando a faculdade, já tem um ótimo emprego aqui na empresa e... – Enumerava as razões enquanto, Poncho o observava atento. - Bem, você sabe que o pai dela e eu estamos pra fechar um negocio milionário, não sabe?

Alfonso: Ah, então é isso? – Ele arqueou uma sobrancelha, com um sorriso irônico no canto dos lábios. – Quer que eu me case com a Nanda pra dar uma forcinha nos seus negócios?

Ricardo: Não fale assim! – repreendeu-o ficando de pé – Quem ouve até pensa que eu sou algum ganancioso sem escrúpulos. – Falou ofendido.

Alfonso: Me desculpa, mas você está agindo como um. – retrucou firme. – E eu não vou fazer isso.

Ricardo: Poncho, filho. Presta atenção – falou calmo.

Alfonso: Presta atenção VOCÊ. – apontou-lhe o dedo – Eu não vou me casar com ninguém pra beneficiar negócio nenhum.

Ricardo: Poncho, por favor... – chamou-o ao vê-lo dar as costas – Me ouve, filho.

Alfonso: EU JÁ TE OUVI, DROGA! – Gritou numa explosão. Havia raiva nos olhos dele – Por ter te ouvido eu não estou com a Anahí. Por sua causa, pai. - acusou.

Ricardo: Ainda isso? – Rolou os olhos, rindo em seguida. – Esquece isso, Poncho.

Alfonso: Não esqueço! – a voz embargada – Sabe por que? Por que eu gosto dela, pai. Mesmo você achando que ela não serve pra mim. Mesmo todo mundo achando isso. Aqui dentro – levou a mão no peito – Só tem lugar pra ela.

Ricardo: Por Deus! Ela é só uma menina... Ela... Ela tem a idade da sua irmã. Da Dulce, Poncho. Nós já conversamos sobre isso... - Falou compassivo. - Você sabe que se insistir nisso só vai conseguir se machucar e machucar essa menina.

Poncho abaixou os olhos, as palavras de pai ecoavam em sua mente, torturando-o, ferindo-o.

Ricardo: Por favor, Poncho. – Repousou a mão sobre o ombro dele – Esqueça essa historia de uma vez por todas, meu filho.

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