Fanfic: Quase Sem Querer | Tema: Ponny

Anahí viu o dia amanhecer praticamente sem percebê-lo de verdade. Depois, quando seus olhos estavam se fechando sozinhos, de exaustão, o despertador tocou.

No colégio, uma hora depois, não conseguia prestar atenção em nada. Sua cabeça dava mil voltas e pra piorar o caos, ainda tinha Dulce e sua mais nova aliada, Maite. Ambas estavam 100% empenhadas na campanha “Perdoa ele, Anahí”.

No fim, lá estava ela, parada do lado de fora do quarto de Poncho, encarando a porta fechada.

Dulce: Entra logo, Any. – disse impaciente.

Maite: É, amiga.

Anahí: Vocês acham mesmo que...? – Perguntou insegura.

Dulce: É obvio! - Revirou os olhos sem paciência.

Anahí voltou a olhar pra porta, mordendo o lábio inferior. Porém antes que pudesse tocar na maçaneta a porta se abriu.

Poncho: Any?! – sorriu supreso.

Anahí: Oi, E-eu ahm... – sentiu-se nervosa. Como ele podia deixá-la tão nervosa? Como era possível que ele despertasse essa sensação tão controversa nela? A de querer fugir e a de querer ficar. - Preciso falar com você. - disse, finalmente.

Os dois se encararam por largos segundos.

Poncho: Claro. – Se afastou dando-lhe passagem – Entre!

Dulce: Boa sorte – sussurrou para o irmão, antes dele fechar a porta.

Dentro do quarto, Anahí caminhou em silencio até a cama, onde se sentou. Ela já não se lembrava do que dizer. Estava tão nervosa que podia ouvir as batidas frenéticas de seu coração.

Poncho: Bem... – começou - O que queria me falar? - Sentou-se na cama ao lado dela.

Anahí: E-eu... Bom... – Olhou pras mãos, que começavam a suar e estavam tremulas.

Poncho: Fica calma, tá?! - Colocou a mão sobre a dela, apertando-a levemente. Anahí ergueu os olhos encarando-o e assentiu em resposta. – O que quer me dizer?

Anahí respirou fundo, retomando o controle, lembrou que precisavam conversar. Embora o medo tomasse conta dela não podia fraquejar.

Anahí: Eu estou te perdoando – revelou e Poncho ficou sem reação – Bem...pelo menos estou tentando te perdoar. – abaixou o olhar - Era isso que eu queria que você soubesse. Eu vou me esforçar para fazer isso acontecer... Não vou mais te ignorar nem brigar com você. Mas você precisa ser paciente comigo, porque não esta sendo fácil.

Poncho: Eu entendo, Any... Eu te entendo – Apertou mais a mão dela. – Eu serei paciente, eu prometo.

Anahí: Seria melhor se não prometesse, apenas fizesse... – o olhou. A mágoa agora falava mais alto do que o nervosismo de estar ao lado dele. – já houve promessas demais.

Poncho: Certo. Desculpa – retirou a mão das delas. – Eu farei. Eu serei paciente – fez uma pausa, olhando para baixo. – Mas... queria saber... o que isso diz de nós?

Anahí: Bem... Primeiro... – Pensou. – Cenas como a de sábado não podem se repetir. – Ele assentiu - Segundo... Vou tentar terminar com o Léo, ou ao menos, explicar o que está acontecendo. -  Poncho a olhava muito espantado.

Silêncio.

Anahí: O que foi? – perguntou, achando que tinha falado alguma besteira. – Não era isso que você queria?

Poncho: Era, mas você vai mesmo fazer? Vai terminar com ele? Vai voltar para mim? Mesmo? – ele ficava mais empolgado à medida que falava. – Eu não estou acreditando.

Anahí: Calma! – dessa foi ela que colocou a mão sobre a dele. – É mais ou menos por aí, mas preciso te explicar... O Léo está viajando pro interior, ele foi buscar os pais pra formatura e... – pausa - Teremos que esperar até ele voltar e eu poder falar com ele pessoalmente, e com calma. Até lá... Podemos fazer de tudo, menos nos beijar ou nos agarrar – molhou os lábios. – E nesse meio tempo, você me mostra se merece mesmo a minha confiança.

Poncho: E se tudo der certo...? – ele a olhava com os olhos arregalados.

Anahí: Se tudo der certo, nós recomeçamos do zero.

Poncho: Eu vou recuperar sua confiança, pode ter certeza que vou. Faço qualquer coisa. Tudo – ele estava quase ofegante de empolgação. – Any, nem acredito... Nem acredito que está tão perto – segurou o rosto dela e puxou em direção ao dele, porém lembrou-se da regra que ela estabelecera . – Droga, queria tanto te beijar...

Anahí: É... eu sei – sorriu de levemente e fez carinho na mão dele que estava no seu rosto. – Um abraço não ajudaria? Abraços são permitidos.

Poncho: Ajudaria... Pouco mais ajudaria. Bom que você lembrou, posso pelo menos te tocar – a puxou e abraçou-a bem forte. – Isso é muito bom.

Anahí: Eu sei que é – Anahí sorriu, abraçada à ele, fazendo carinho em suas costas. Seu coração batia acelerado, e ela podia sentir que o dele também.

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