Fanfic: Elemental - Diários de Melisandra | Tema: mistério, magia, romance.
- Peeny, suas amigas chegaram. (a tia chama a garota que está no andar de cima).
- Boa noite senhora Mille. (as meninas cumprimentam a senhora. Ela estava lavando as louças do jantar quando a campainha tocou).
- Meninas, vocês podem subir. Penny está lá no quarto. (a senhora desamarra o avental).
Três adolescentes sobem as escadarias da pequena residência em direção ao andar superior. Elas trazem nas mãos colchões, bolsas e o pijama junto aos cobertores.
- Noite das meninassssssss... - Todas gritam juntas ao entrarem no quarto de Penny.
As paredes do quarto são personalizadas por papéis de parede com estampas de borboletas que contrastam entre o rosa e o branco, A janela é grande e de madeira com vidros, sua vista dá para os fundos da residência. O quarto possui uma cama de solteiro, guarda-roupas pequeno, um mural onde encontramos colagens de gatos e cachorros e sobre a escrivaninha vasinhos de orquídea roxa e alguns livros escolares.
- Meninas (a senhora Mille abre a porta do quarto e vê todas as garotas vestidas com pijamas). Vou dormir. Se vocês quiserem comer algo, deixei bolo de laranja e biscoitos na mesa da cozinha e tem limonada na geladeira. Ah, se agasalhem porque a noite está com um ventinho frio. Boa noite e não faça muito barulho.
- Boa noite senhora Mille – As garotas se despedem.
- Boa noite tia, tenha ótimos sonhos. Penny fala enquanto ajeita o óculos no rosto.
Todas observam sorridentes enquanto a senhora Mille se retira do quarto. Correm e colocam o ouvido sobre a porta para escutar os passos, agora entrando no quarto no fim do corredor, a porta fechando e finalmente o barulho da chave dando a volta na fechadura.
- Prontinho garotas... A noite é nossa. – Penny diz para as colegas e todas começam a retirar os pijamas coloridos e colocar roupas mais quentes e escuras.
- Penny... Tem certeza que sua tia não vai perceber nossa ausência? – Uma das garotas pergunta receosa.
- Relaxa... minha tia tem um sono de pedra, Ela não vai perceber nada. Agora vamos, peguem as lanternas, temos que passar na casa da Mel. – Penny responde enquanto coloca almofadas por debaixo dos edredons espalhados pelo chão.
- Vamos logo meninas. – Ela abre a janela, apóia os pés em uma grade presa a parede exterior e seguida das outras inicia a decida cautelosamente. Nesta grade algum tipo de planta de flor amarela fazia o enlace dos seus galhos subindo do jardim para o teto da residência.
***
O vento soprava na rua e a sombra da árvore dançava dentro do quarto quando Melisandra entrou e acendeu a luz. A garota estava apertada, então do jeito que chegou, jogou a bolsa sobre a cama e correu para o banheiro.
Paff... Paff... O barulho de janelas batendo assuntou a garota que após aliviar-se abriu a porta do banheiro e foi recepcionada pela gata roçando suas pernas e pelo vento invadindo o quarto e balançando as cortinas de linho fino.
Paff... Paff... Melisandra aproximou-se e fechou a janela, vestiu roupas mais quentes e desceu para a cozinha a fim de comer algo. Ela colocou ração na latinha e enquanto ouvia a gata comendo colocou o jantar para esquentar no forno microondas.
Feito isso subiu novamente ao quarto, abriu a mochila e retirou alguns cupons da mercearia onde passara a pouco e também alguns livros. O vento continuava mediano lá fora, ela colocou os livros sobre a escrivaninha, foi quando gelou dos pés a cabeça seguida de um arrepio que subiu-lhe pela espinha.
Entre os livros que trouxera estava ele, o livro que ela tinha guardado no local mais inacessível, na estante menos procurada. Elemental, o livro que derrubara as nuvens no início da semana. Estava ali, junto com os outros, em cima da escrivaninha.
“Pi,Pi,Pi... Pi,Pi, Pi” – o microondas começa a apitar na cozinha, o jantar estava pronto.
Melisandra pegou o livro e desceu as escadas, tentava entender como a obra foi parar na mochila. Vampy ainda comia a ração. Ela pegou seu jantar, ligou a televisão no canal Fox e sentou-se à mesa colocando o livro junto ao prato. Comia e folheava-o.
As páginas permaneciam enigmáticas, os símbolos estranhos. Não pareciam com nada que ela já tinha visto na vida. Olhou para a televisão atenta a uma cena do filme que passava, um filme muito antigo por sinal, da época dos “defeitos” especiais.
A cena do filme mudou, ela super cansada, apoiou a testa em uma das mãos e ficou a encarar a página aberta, onde se lia: Stantem in terra ad opus, Lorem ipsum dolor alis volare.
O cansaço e o barulho do vento, fez com que a garota ficasse sonolenta. As palavras do livro destacavam-se em sua mente e as coisas pareciam rodopiar e se embaralhar. Livro, prato, garfo, os olhinhos verdes da gata, ração. A garota tentava conter a sonolência, mas era mais forte que ela, sonâmbula sussurrou as palavras que não saiam de sua cabeça: Stantem in terra ad opus, Lorem ipsum dolor alis volare.
[Ding, Dong, Donn]...
O barulho estridente da campainha desperta Melisandra que adormecera sobre o livro. Ela espantada acaba derrubando o copo que estava sobre a mesa fazendo um grande barulho na cozinha e espantando Vampy, que sai correndo, sobe as escadas e fica lá em cima observando o movimento com os olhos arregalados.
[Ding... Dong... Donn]... 23:00hs. Era o que marcava o relógio da cozinha. Foi então que se lembrou do “passeio” misterioso que faria com Penny e suas amigas.
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Ruuhhh... Ruuhhhh... O vento balançava a copa das árvores e as cinco, trajando roupas quentes, descíamos a avenida sem fazer barulho. Um cachorro faminto derrubou uma lata de lixo e causou um barulhão, corremos e nos escondemos em um beco escuro. - Ai, ai, ai... – Digo meio impaciente com a demora para chegar ao local misterioso. - Calma q ...
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