Fanfics Brasil - Capitulo 12 Historias de Amor e Fantasma

Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 12

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O feriadão na casa de Acácio virou uma alegre reunião de família. Cristian viera com sua linda esposa, Poncho chamara a namorada e Anahi se divertia na cozinha com a madrasta, preparando o farto almoço. O clima era de festa, como se estivessem comemorando o aniversário de alguém. Era sempre bom quando toda a clã se juntava na casa.


A única pessoa que ainda não chegara era Dulce, e Anahi a aguardava ansiosa, arriscando uma olhada pela janela de vez em quando.


--Ela vem, não se preocupe. – a madrasta afirmou tentando acalmar sua inquietude.


--Sempre tem que ser a última para causar impacto com a sua chegada.


--Acredito que não seja proposital. Ela nunca teve muita noção de tempo e se atrasa para tudo.


Anahi deu uma última olhada e retornou para seus afazeres.


Janice ficou receosa em dizer para a enteada que Dulce havia ligado para dizer que levaria companhia. Como poderia ser a mensageira de tamanha decepção, sabendo o quanto Anahi amava sua filha? Elas jamais haviam conversado sobre aquilo, mas era óbvio demais o quanto estava apaixonada. Só  Dulce teimava em não enxergar seus sentimentos, sempre ignorando as tentativas tímidas da loira de se aproximar.


Talvez o amor não fosse recíproco. Quem podia saber? Fato era que as duas dificilmente esclareceriam essas dúvidas agindo daquela forma. A filha com sua cegueira e a enteada com suas investidas por demais acanhadas.


Um barulho de carro sinalizou a chegada do elemento que faltava para o almoço. E para consternação de Anahi, Dulce desceu do carro e atenciosamente fez a volta para abrir a porta para uma mulher atraente, que sorria encantada com o gesto de delicadeza. Então as duas caminharam de mãos dadas até a entrada, sendo saudadas com euforia. Não era sempre que Dulce aparecia com uma namorada para conhecer a família.


--Quem é esta mulher, Jani? – a loira cobriu-se de rubor – Desde quando elas estão namorando?


--Ela me contou esta semana, mas parece que tem um pouco mais de tempo. Acho que ela não queria adiantar a notícia caso não desse certo entre as duas.


--Quer dizer que é sério?


--É o que ela disse, mas bem conhece o jeito da Dulce, Sério para ela é bem diferente do que é para nós.


--Mas fazia um ano que ela não trazia ninguém. Isto significa alguma coisa, não é?


Janice ficou com pena de Anahi, mas não podia esconder dela as verdades da vida.


--Querida, eventualmente todos acham alguém para viver junto. Mesmo ela. Não dá para perder tempo com inseguranças e acanhamentos na hora de conquistar quem se quer. É preciso ser destemido nos negócios do coração.


A jovem loira encarou a madrasta com surpresa. Seriam aquelas palavras dirigidas a ela?


De certo que não tomara muitas iniciativas para fazer com que Dulce a enxergasse. Mas o que fazer se temia magoar-se com sua rejeição? Todas as vezes que se encontravam, a Dulce a tratava como criança e isto deixava bem claro para ela que seus sentimentos eram unilaterais.


E agora ela trazia uma mulher linda e charmosa para juntar-se à família naquele feriado. Como competir com alguém assim?


Sentiu-se uma idiota por sequer cogitar a possibilidade de um dia Dulce a olhar com outros olhos que não os de irmã mais velha.


--Podemos servir a refeição? – indagou para a madrasta, pondo um fim a seus pensamentos sombrios.


--Claro, querida. – Janice concordou, deixando que a conversa morresse.


Na sala todos conversavam amavelmente com Angelique, intrigados com a mulher que conseguira fazer com que Dulce levantasse a hipótese de se envolver mais profundamente.


Com certeza ela era cativante com seu jeito elegante e humor afiado, fazendo com que se ambientasse em questão de minutos.


--Só mesmo uma psicóloga para conseguir entender a cabeça tonta de minha irmã. – Poncho comentou em chiste.


--Concordo plenamente. – Cristian corroborou a opinião de irmão mais novo.


--Não leve esses bobões a sério. Eles só querem se vingar pelo tanto que aprontei com eles na infância.


Cristian se adiantou.


--E por falar nisto, é bom que saiba das maldades que essa sua namorada é capaz. Precisa se prevenir. Ela fez da nossa infância uma experiência traumática.


E Angelique riu da interação dos irmãos. Formavam um grupo coeso e repartiam grande afeto entre eles.


Neste momento Anahi e Janice apareceram para chamar a todos para sentarem-se à mesa.


--Ei, Cachinhos, venha aqui conhecer a Angelique. – Dulce praticamente convocou a loira, que não teve outro jeito a não ser ir cumprimentar sua rival. Se é que podia considerar-se naquele páreo.


--Esta é minha irmãzinha mais nova, Anahi.


--É um prazer conhecê-la. – Angelique cumprimentou-a educadamente.


Janice chamou novamente, desta vez com mais energia, e o grupo obedeceu prontamente, acomodando-se em suas cadeiras.


Anahi acabou ficando do outro lado da mesa, de frente para as duas, e nem ao menos acompanhou as conversas ao redor. Havia dentro de si um sentimento tão grande de desilusão, que não pode prestar atenção a outra coisa que não fosse a dor que ia dentro de seu peito. Cada vez que Dulce sorria para Angelique e lhe fazia um agrado, seu desgosto aumentava. Mal tocou na comida em seu prato e logo que pode, inventou um afazer qualquer e fugiu para seu quarto.


Um pouco mais distante Acácio acompanhou o sofrimento da filha, cobrindo-se de tristeza. Janice o colocara a par do que acontecia, confirmando seus temores. Esforçou-se ao máximo para disfarçar sua própria melancolia, mas no fundo ressentia-se de Dulce, que era incapaz de perceber o óbvio à sua frente.


Era vital que aquela situação se resolvesse logo, mesmo que fosse para acabar de vez com as esperanças de Anahi.


*****


Já era quase noite quando Dulce se despediu da família e retornou com Angelique para seu apartamento.


--Então? Se assustou com minha família? Eles são um bocado faladores e barulhentos.


--Muito pelo contrário: fiquei encantada com todos. Seu irmão Cristian, por exemplo, puxou-me no canto para me contar todos os seus segredos mais íntimos. Parecia feliz em detonar com a sua imagem.


Dulce arregalou os olhos.


--Cristian fez isso? Mas que safadinho. Mas deixe ele comigo que vou ensiná-lo a não abrir a boca, a não ser que seja para me elogiar.


--A esposa dele parece gostar muito de você.


Dulce preferiu não comentar aquela declaração.


--Poncho disse que vocês duas namoraram há algum tempo.


--Foi mesmo. – respondeu desconcertada. Às vezes seu irmão mais novo era um língua-de-trapo.


--E como ela acabou casada com o Cristian?


Vendo que não conseguiria fugir da história, resolveu minimizar o que acontecera anos antes. E na verdade a lembrança há muito deixara de ser dolorida. Dava-se até ao direito de apreciar o relacionamento de Alice com Cristian, o modo como pareciam se amar profundamente.


--Estudávamos juntas e a levei inocentemente lá em casa, toda cheia de boas intenções. Então foi impressionante como bastou um olhar e os dois se apaixonaram. Percebi na hora e tirei meu time de campo. Eles foram feitos um para o outro e qualquer um pode perceber.


Angelique preferiu não analisar o que ouvia. Às vezes era melhor esquecer que era psicóloga e que em sua profissão a observação do comportamento humano era quase que um gesto automático. Esforçava-se para desligar-se desse vício que a acompanhava até nos momentos de relaxamento como aquele.


Mas tinha momentos em que o esforço não era suficiente para evitar a curiosidade.


--E isto me leva à sua irmã.


--O que tem ela?


--Senti que ela não gostou muito de mim. Parecia incomodada com a minha presença.


Dulce riu da impossibilidade daquilo.


--Está brincando? Ela é a garota mais cordial que conheço. Jamais iria desagradar-se de alguém sem motivo.


--E, no entanto, mostrou-se inquieta em minha presença. Parecia... – e não completou a frase.


--Parecia o quê? – Dulce indagou sem compreender o que Angelique a queria dizer com aquelas palavras.


--Deixe pra lá. Mas me diga uma coisa: ela não é sua irmã de verdade, é?


--Não. Após a morte de meu pai, minha mãe casou-se com papis e Cachinhos veio junto no pacote. Eu tinha dezessete e ela doze. Nos tornamos bem próximas desde então. Inseparáveis, para dizer a verdade.


Angelique apenas balançou a cabeça em concordância. Por algum motivo transportou-se de volta ao momento em que percebera o olhar da jovem voltado para Dulce, num certo instante do almoço. Era perdido, tristonho, desiludido.


Então desfez o pensamento que inconscientemente brotara em sua mente. Concentrou-se em aproveitar a companhia da namorada e deixar de lado suas observações indiscretas e conclusões surpreendentes.



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • annecristine Postado em 11/03/2014 - 00:22:09

    Amei o final.. Muito lindo... Entao vamos com mais uma fic.. Rs

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:37

    delmyra - Espero que goste da proxima *__*

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:13

    claricenevanna - Ufa convenceu hahaha

  • delmyra Postado em 10/03/2014 - 22:20:08

    pronta pra ler a proxima fic. As suas são de mais. Cada uma q me faz chorar. Foi otima.

  • claricenevanna Postado em 10/03/2014 - 19:56:49

    Pensei que a Dulce não ia convencer a Anahí! Hahaha. Que pena que acabou. :( E eu vou ler a outra.

  • annecristine Postado em 10/03/2014 - 17:11:18

    Aiiiin elas são lindas demais! Ansiosa para o final! Pena q já vai acabar! Dulce até q enfim né! kkkkkkk

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:45

    lunaticas - breve hahaha

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:25

    vverg - Sim muito linda essa web

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:22:56

    claricenevanna - hahahaha

  • lunaticas Postado em 08/03/2014 - 21:41:21

    Ansiosa para o final *-*


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