Fanfics Brasil - Capitulo 16 Historias de Amor e Fantasma

Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 16

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Angelique acordou cedo como de costume e aprontou-se para o trabalho. Tinha na agenda diversos pacientes para atender na parte da manhã, e precisava ser pontual se não quisesse estender-se pelo horário de almoço.


Deixou o café pronto sobre a mesa e deu mais uma olhada em Dulce, que àquelas horas dormia esparramada pela cama. Era a coisa mais encantadora vê-la embolada nas cobertas, abraçada ao travesseiro como se este fosse um ursinho de pelúcia.


Deu-lhe um beijo rápido e saiu.


Quando Dulce finalmente acordou de seu sono pesado e olhou o relógio, deu um pulo e começou a se vestir apressadamente. Sabia que Angelique tinha que trabalhar cedo e deveria estar atrasada esperando pela Bela Adormecida despertar.


Carregou os sapatos para a sala e chamou pela namorada, não recebendo qualquer resposta.


Então terminou de se calçar e deu uma busca por todo o apartamento sem encontrar sinal de Angelique, o que era bem estranho. Onde ela teria ido? Como agora poderia trancar o apartamento se não tinha as chaves?  E aberto é que não poderia ficar.


Como única alternativa, ligou para ela e foi atendida pela secretária.


--Ela está atendendo no momento. – a moça de voz modulada informou-a.


--E quando termina?


--Mais uns dez minutos. Quer deixar recado?


--Diga para ela ligar para a Dulce, por favor? É urgente.


--Está bem, vou passar o recado.


--Obrigada.


Sem ter o que fazer a não ser esperar pelo telefonema, Dulce sentou-se à mesa para tomar café. Dali iria direto para a empreiteira e era bom que se alimentasse antes disso. O dia seria duro.


Depois de encher sua xícara de café e passar geléia no pão, percebeu um envelope com seu nome, recostado no açucareiro.


Abriu-o e dentro havia uma chave.


Dulce, levando-se em conta nossas divergências de horário, achei por bem fazer outra chave do apartamento para que você entre e saia quando quiser”.


Ligue para combinarmos alguma coisa para de noite, está bem? E bom trabalho.


Beijos


Angelique.


Dulce sorriu e neste momento seu celular tocou. Era Angelique


--Aconteceu alguma coisa?


--Não. É que só agora descobri seu envelope e já estava um pouco em pânico porque preciso sair e seu apartamento ficaria aberto.


--Ah... E o que achou do presente?


--Promissor. Agora posso fazer visitas noturnas de surpresa, o que acha? Vou ser a insaciável “tarada da madrugada”.


Angelique deu uma gargalhada.


--Se eu soubesse desse seu outro lado, teria deixado a porta aberta todas as noites para facilitar a sua visita.


--Mas nós, as taradas românticas, somos que nem vampiros e só podemos entrar mediante convite.


--Pois considere-se convidada sempre.


--Tem certeza?


E dessa vez a pergunta era séria. Não queria invadir a privacidade de Angelique.


--Tenho mais que certeza. Mas não se preocupe, de vez em quando podemos alternar entre nossas casas. Ou outros lugares.


--Fiquei curiosa com esses “outros lugares” a que se referiu. Alguma chance de que seja em seu divã?


--Quem sabe. Mas por ora preciso retornar aos meus pacientes. Termine seu café e te vejo mais tarde. Beijos.


Dulce desligou o aparelho, colocou-o sobre a mesa, e continuou devorando o desjejum. Não era tão mal assim aquela história de namorar. Desde que Angelique não se transformasse numa controladora como Kátia, sua psicótica ex.


Contudo, o perfil de Angelique era outro e não parecia transitar pelos mesmos subúrbios da obsessão.


Jogou tudo o que podia dentro do estômago e foi para o trabalho. Tinha algumas vistorias a fazer e definitivamente estava atrasadíssima. Iria ouvir horrores da secretária, que organizava detalhadamente sua agenda de compromissos e ficava extremamente aborrecida quando Dulce não a seguia. Com sorte conseguiria agilizar as visitas para não ficar totalmente fora do horário determinado.


Logo na primeira obra, de cara atentou para o fato de alguns peões não usavam capacete e um outro tanto estava de chinelo. O mestre de obras parecia totalmente alheio ao perigo ao seu redor.


Seu sangue realmente ferveu, pois se algo acontecesse, era o seu couro que seria negociado.


--O que diabos está acontecendo aqui? Gastamos uma nota em equipamentos de segurança e você deixa todo mundo andar por aí como se estivesse na praia?


O mestre de obras colocou as mãos na cintura em desafio.


--Eu mando colocarem e eles tiram. O que quer que eu faça, afinal? Pegue um chicote para obrigá-los?


--Se for preciso, sim. Mas comece demitindo quem não seguir as regras.


O sorriso foi de deboche.


--Aí que essa obra não vai pra frente, porque eles vão se escafeder se eu pressionar.


--E eu com isso! Demita e acabou. Não vou me arriscar a um deles se machucar e me processar. Pior ainda se acabar em morte. Ou anda na linha ou cai fora. Pode reunir o povo e passar minhas instruções. Parece que os cursos de segurança no trabalho que eles tiveram não serviram para nada.


--Sim senhora, mas ninguém vai gostar.


--Eles não têm a menor idéia do quanto a vida deles está em risco. Meu pai morreu assim e não quero um peso igual nas minhas costas. Pode fazer voar na rua o metido a besta que não te obedecer, tá ouvindo?


O homem sorriu pela primeira vez com satisfação. Nunca suportava gente fraca e insegura. Mas o que via em Dulce era uma grande capacidade de impor sua vontade com firmeza, o que era digno de admiração, ainda mais vindo de uma mulher.


--A senhora é linha dura mesmo, né?


--E não tolero desobediência. Neste negócio, teimosia leva ao desastre e é o que mais quero evitar. Então por mim os peões podem armar o maior beicinho que não vão me comover nem um pouco.


Entrou no carro, desanimada: era sempre a mesma história em cada canteiro de obra.


O dia ia ser longo, quente e irritante, mas Dulce recusou-se a deixar que o trabalho se transformasse numa fonte estresse. A agenda já estava toda ferrada mesmo! Pois que se atrasasse um pouco mais para refrescar a cabeça. Engatou a marcha e foi atrás de uma sorveteria.



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • annecristine Postado em 11/03/2014 - 00:22:09

    Amei o final.. Muito lindo... Entao vamos com mais uma fic.. Rs

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:37

    delmyra - Espero que goste da proxima *__*

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:13

    claricenevanna - Ufa convenceu hahaha

  • delmyra Postado em 10/03/2014 - 22:20:08

    pronta pra ler a proxima fic. As suas são de mais. Cada uma q me faz chorar. Foi otima.

  • claricenevanna Postado em 10/03/2014 - 19:56:49

    Pensei que a Dulce não ia convencer a Anahí! Hahaha. Que pena que acabou. :( E eu vou ler a outra.

  • annecristine Postado em 10/03/2014 - 17:11:18

    Aiiiin elas são lindas demais! Ansiosa para o final! Pena q já vai acabar! Dulce até q enfim né! kkkkkkk

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:45

    lunaticas - breve hahaha

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:25

    vverg - Sim muito linda essa web

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:22:56

    claricenevanna - hahahaha

  • lunaticas Postado em 08/03/2014 - 21:41:21

    Ansiosa para o final *-*


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