Fanfics Brasil - Capitulo 25 Historias de Amor e Fantasma

Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 25

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Letícia deteve o passo e encarou a amiga.


--Sabe de uma coisa, Li? De repente me senti uma tremenda prostituta nessa coisa toda. Ir pra cama com alguém em troca de grana ou para tirar uma onda com a galera é o mesmo que vender o corpo, sacou? Me senti mal em tentar seduzir uma mulher apenas para usá-la em meu proveito.


Liandra deu uma sonora gargalhada.


--Que papo é esse, Letícia? Foi você que começou com essa história de aposta. Queria provar o quanto era irresistível. Agora banca a santinha a troco do quê? Está a fim da Maite de verdade? Gamou na profe? Ia ser muito hilário se o feitiço virasse contra o feiticeiro.


Letícia ficou emburrada.


--O problema é meu, tá bem? Não tem mais aposta e acabou.


--Ledo engano, minha filha. A aposta continua com ou sem sua participação. O lance era se você conseguiria conquistar a Maite e pelo que vejo, agora mais do que nunca, o negócio vai pegar fogo. Se descambou para a paixão, tá na cara que você vai pra cima dela e eu vou ficar de olho. Estou apostando na sua capacidade de sedução: não me desaponte.


--Vocês são um bando de idiotas mesmo.


--E você muito mais que nós. Então não sabe que ela nunca vai te dar bola de verdade? Se ela transar com você vai ser só uma aventurazinha de noitada, sua burrinha.


Letícia baixou os olhos, pensativa. No fundo desconfiava a mesma coisa e isto a entristeceu.


--Minha vida não interessa a ninguém.


--Só estou te avisando como amiga. Pare de alimentar esses sonhos românticos de adolescente carente. A mulher é profissional e vai te fazer em pedaços logo no primeiro round. Fica na sua e cai fora antes que seja tarde.


--Vai te catar, Liandra! Volta lá e diz praqueles babacas que a aposta morreu e me deixa em paz.


--E eu repito que não morreu porra nenhuma. Está fora do seu controle ou do meu. A coisa se espalhou pelo campus e não dá mais pra segurar. Se for atrás dela, vai estar fazendo o jogo deles.


--Então tenho que desistir dela de vez para que parem de me importunar. É isso?


--É.


--Então enfiem essa aposta no rabo!


Saiu furiosa sem saber se àquelas alturas era melhor mesmo desistir daquela loucura, ou continuar em frente e dar pilha para os apostadores. O que seria mais sensato? E o menos doloroso?


As palavras de Liandra expressavam a mais pura verdade: nunca teria chances com Maite. Primeiro porque ela não abandonaria seus princípios para dar-lhe uma chance; em segundo porque ela não confiava em sua sinceridade. O que era totalmente compreensível. Tentara descaradamente levar a professora para a cama, totalmente alheia a seus sentimentos.


E como terceiro, mas não menos importante impedimento, a maldita aposta.


“Bem que minha avó disse um dia: não cuspa para cima que cai na cara. Pensei ser imune ao amor e ele agora me atropela da forma mais inesperada possível. Primeiro amor, primeira dor-de-cabeça. Que saco!”


*****


Anahi olhava para o nada, totalmente perdida em pensamentos soturnos. Estava deprimida e não sabia como sair do buraco onde se afundara.


Tinha terminado com Carla e a cena não tinha sido bonita. A garota só faltara chorar para implorar-lhe que reconsiderasse. Ela a amava com loucura e não conseguia entender os motivos que faziam a namorada por um fim ao namoro. Queria entender o que estava ocorrendo, por que Anahi não lhe dava uma chance para que provasse que podiam ser felizes juntas.


No final, após muitos apelos, ela fora embora cabisbaixa, arrasada com o fim de seus sonhos. O amor de sua vida não a queria e nem ao menos apresentava uma justificativa razoável. Apenas dissera que não estava dando certo e que era melhor cada uma seguir seu rumo.


É lógico que ela sabia que Anahí não lhe tinha o mesmo amor, mas estavam se dando bem e parecia que algum afeto ela começara a desenvolver. Teria sido sua imaginação?


Anahí suspirou tristemente. Não gostava de fazer os outros sofrerem e era um peso que detestava carregar.


--Quer me contar o que aconteceu?


Ela olhou para o lado e seu pai tinha se sentado no balanço sem que ela percebesse, tamanha sua distração.


--Terminei com Carla.


Acácio balançou a cabeça em entendimento.


--E ficou triste com isto?


--Não com o fim do namoro, mas com a consciência de que não consigo esquecer a Dulce, por mais que tente.


O pai a abraçou ternamente. Era bom sentir-se protegida em seus braços.


--Filha, não acha que está na hora de tomar uma atitude? Fica aqui sentada passivamente, sem fazer nada, enquanto a mulher que diz amar está cada vez mais se envolvendo com Angelique. Daqui a pouco pode ser tarde demais.


--O quer que eu faça? Me jogue a seus pés e grite que a amo?


--Já seria um bom começo.


--E se ela não se interessar? Afinal, ela não me ama deste jeito. Para ela sou sua irmãzinha querida.


--Desperdiça sua vida com dúvidas que jamais vão ser sanadas caso continue deste jeito, desistindo antes da competição.


--Não existe competição, pai. Ela está com Angelique e pronto. As duas se entendem e são felizes juntas.


--Porque você não entrou no jogo, minha filha. Está assistindo a partida da arquibancada e não se esforça um milímetro para lutar pelo que quer. E se já desistiu, então é melhor largar de vez dessa sua obsessão e partir para outra. Talvez a Carla não fosse a pessoa certa, mas com certeza tem outras pessoas aí fora para que se apaixone.


--Não é uma obsessão o que sinto pela Dulce, é amor.


--Pois então entre na briga.


--De que forma se ela não me vê como uma mulher?


--Então faça com que isto mude. Use seus atributos, atente ela, insinue-se. Faça com que ela acorde para a realidade de que você não é a irmã dela e que agora é uma pessoa adulta, cheia de encantos e pronta a utilizá-los. Não precisa ser algo explícito. Vá mexendo aos poucos com o imaginário dela até que a tonta desperte de seu mundinho de faz-de-conta.


--Acha que pode funcionar?


--Se ela não for uma completa imbecil. Mas tenho para mim que qualquer coisa é melhor do que ficar apática vendo seu amor encontrar outra e partir para um relacionamento mais sério. Daqui a pouco ela se casa com Angelique e aí sim estará tudo perdido.


Anahí abandonou o abraço e encarou Acácio.


--Pai, está dizendo para eu seduzir a Dulce?


Acácio riu da cara de espanto da filha.


--Não quer ser tratada como mulher? Pois então aja como uma. Exerça seu fascínio feminino para conquistar quem você quer. Se não conseguir, pelo menos tentou. E isto é bem melhor do que saber que perdeu tudo por medo e covardia.


Anahí teve que concordar com o pai: estava tomada pela apatia. Por medo de causar um grande transtorno à dinâmica familiar, desistira de tentar, esperando que por um milagre Dulce percebesse seu amor.


Mas era preciso ajudar um pouco o destino, não depositando suas chances de felicidade nas mãos do acaso.


Haveria de lutar por Dulce com todas as suas forças.



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • annecristine Postado em 11/03/2014 - 00:22:09

    Amei o final.. Muito lindo... Entao vamos com mais uma fic.. Rs

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:37

    delmyra - Espero que goste da proxima *__*

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:13

    claricenevanna - Ufa convenceu hahaha

  • delmyra Postado em 10/03/2014 - 22:20:08

    pronta pra ler a proxima fic. As suas são de mais. Cada uma q me faz chorar. Foi otima.

  • claricenevanna Postado em 10/03/2014 - 19:56:49

    Pensei que a Dulce não ia convencer a Anahí! Hahaha. Que pena que acabou. :( E eu vou ler a outra.

  • annecristine Postado em 10/03/2014 - 17:11:18

    Aiiiin elas são lindas demais! Ansiosa para o final! Pena q já vai acabar! Dulce até q enfim né! kkkkkkk

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:45

    lunaticas - breve hahaha

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:25

    vverg - Sim muito linda essa web

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:22:56

    claricenevanna - hahahaha

  • lunaticas Postado em 08/03/2014 - 21:41:21

    Ansiosa para o final *-*


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