Fanfics Brasil - Capitulo 35 Historias de Amor e Fantasma

Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 35

34 visualizações Denunciar


Maite abriu os olhos lentamente e olhou em volta cuidadosamente: nenhum sinal de almas do outro mundo.


Aliviada jogou as cobertas para o lado e levantou-se, crédula de que a terrível experiência pela qual passara tratara-se apenas de um delírio de sua imaginação.


Onde já se viu ter um espírito seguindo-a por todas as partes!


Era ridículo e chegou a envergonhar-se por ter chegado a acreditar que fosse real aquela perseguição do fantasma de Letícia. A menina nem ao menos morrera e podia muito bem se recuperar, por que sairia do próprio corpo para atormentá-la?


Mesmo assim tomou o café em estado de alerta, de vez em quando passeando com o olhar pela cozinha, embaixo da mesa, dentro dos armários... Estava totalmente paranoica.


Desceu até a garagem subterrânea e acomodou-se tranquilamente ao volante. Estava quinze minutos adiantada em relação ao horário em que sempre saia e isto permitiria que dirigisse mais devagar, aproveitando o ar deliciosamente fresco da manhã.


--Por que acordou tão cedo? – a voz jocosa de Letícia veio do banco do carona.


Maite se desesperou. Lá estava novamente sua alucinação, sentada confortavelmente a seu lado, bocejando como se tivesse acabado de acordar.


--Sai do meu carro, por favor. – Maite pediu educadamente, porém com firmeza.


--Qualé, teacher! Vai continuar com esse papo de “estou ficando louca”?


--Como quer que eu aceite o fato de que tem um fantasma dentro do meu carro falando comigo? É demais para qualquer um.


Um senhor entrou no carro ao lado e a olhou espantado. Com quem aquela mulher estava falando?


Maite percebeu seu ar de confusão e sorriu sem graça, tentando disfarçar o próprio desconforto.


--Viu só? Assim ainda vou conseguir ser internada num hospício.


Letícia deu uma gostosa gargalhada.


--A cara do homem! Arrancou a mil quando te viu falando sozinha.


--Letícia, larga do meu pé. Tenho um monte de aulas para dar e não posso perder tempo com você. Vai assombrar outra pessoa.


--Tá bom, tá bom. Vou dar um tempo longe. Preciso mesmo dar uma assistência para o meu corpo, senão ele pifa antes da hora.


--Ótimo. E se não quiser voltar, tudo bem, ok? Não vou chorar por isso.


--Não pense que vai se livrar de mim assim. Ainda tenho que terminar de te ensinar as lições.


E antes que Maite pudesse perguntar que diabos eram aquelas lições e por que cargas d’água tinha que aprendê-las, Letícia já havia evaporado no ar.


--O silêncio também é uma palavra! – Maite exclamou contente por conseguir ficar sozinha com seus pensamentos.


*****


Quando chegou à universidade, a primeira pessoa que buscou foi sua colega Marcela, que era catedrática da pasta de biologia. A esposa dela certa vez tinha contado uma estranha experiência que tivera numa ilha da Polinésia. E se no momento da narrativa achara tudo extremamente absurdo, agora que tinha uma semi-fantasma na sua cola, começava a mudar seus conceitos.


A professora era uma mulher gentil, sempre simpática e apaziguadora, pronta a intermediar conflitos, contribuindo para a boa relação entre todos os membros do corpo docente. Usava os cabelos loiros sempre presos num rabo-de-cavalo, e para completar seu estereótipo de intelectual, tinha sempre no rosto um par de óculos tamanho gigante, que ajeitava timidamente quando tinha que falar com alguém.


Era uma excelente professora e seus alunos a adoravam por sua capacidade de transformar os temas mais intragáveis em assuntos interessantes. Coisa que somente os verdadeiros mestres são capazes.


--Marcela! – Maite chamou-a para deter seus passos.


--Mai, que bom te ver.


Cumprimentaram-se com beijinhos no rosto. Era até engraçado como davam aulas no mesmo campus, mas raramente se viam.


--A Carla vem te buscar?


--Já deveria estar aqui. – olhou no relógio de pulso -- No mínimo parou para fotografar alguma coisa pelo caminho. Ela está preparando outra mostra de fotos e anda um pouco tensa.


--Como se tivesse algum motivo. Ela é uma fotógrafa sensacional e todos amam seu trabalho.


--Digo a mesma coisa, mas ela sempre fica insegura antes de abrir uma exposição.


Neste instante Carla surgiu no corredor, acompanhada de um garoto de oito anos, que correu para Marcela chamando-a de mãe.


--Tudo bem, Mai?


Carla era uma mulher alta, esguia e indubitavelmente atraente. Seus olhos verdes eram intensos, felinos, e onde aparecia, uma leva de mulheres a seguia de longe.


E ali na universidade não era diferente. Dava para perceber os olhares nada discretos dos alunos que passavam pelo corredor. Seu fã-clube só fazia aumentar em cada visita que fazia ao campus. Mas Carla simplesmente ignorava os olhares de sedução que recebia, concentrada que sempre estava na própria esposa. Via-se que amava muito Marcela e isto a fazia cega às outras mulheres que transitavam ao seu redor.


As duas formavam um casal bem incomum: de um lado a professora tímida, de modos discretos e pouca vaidade; do outro, uma requisitada fotógrafa de presença marcante, acostumada a circular com desenvoltura pelo mundo da moda. Eram duas mulheres aparentemente opostas, mas que pelas mãos do destino, acabaram formando uma forte e indissolúvel união de amor.


--Marcela, será que posso roubar sua esposa por alguns minutos? Tenho um assunto importante para conversarmos.


--Claro Mai.


Carla deu um beijo rápido em Marcela e acompanhou Maite até sua sala.


Sentaram-se no sofá e Maite ficou inquieta, sem saber como começar o que queria falar.


--Você está meio nervosa.—Carla percebeu de imediato --  Aconteceu alguma coisa com a Angelique?


--Fora nos separarmos...


--Nossa, não sabia. Sinto muito.


--Tudo bem. Quer dizer, tudo mal. Mas está tudo bem porque não tem nada que você possa fazer para me ajudar nesse quesito.


--E o que você quer de mim?


--Lembra daquela vez que nós conversamos sobre sua visita à Ilha?


--Lembro.


--E você contou que teve uma experiência estranha. Algo com uma deusa que surgiu para você do nada e te entregou uma flor?


--Como esquecer esse dia se você se engasgou de tanto rir e tivemos que bater nas suas costas até recuperar a respiração?


--Você está me vendo rindo agora?


--Na verdade, não.


--E sabe por quê?


--Não faço idéia.


--Eu estou tendo uma experiência um pouco semelhante à sua.


--Sério? Está vendo uma deusa também?


--Não, algo bem pior. Estou vendo uma adolescente de calças justas e um top decotado e curto que deixa à mostra o umbiguinho. E ela fica dando em cima de mim o tempo todo.


Carla balançou a cabeça em entendimento, mas na verdade não estava compreendendo patavinas do que Maite lhe dizia.


--Ela é um fantasma, entende? Uma aluna minha sofreu um acidente e está em coma no hospital. Então quando ela se cansa de ficar rondando o próprio corpo, vem aqui me atentar.


--Veja bem,Maite. Você me disse que se separou da Angelique.


--E o que tem uma coisa a ver com a outra?


--Deve estar em choque e se sentindo sozinha. Quem sabe criou essa garota para suprir sua necessidade de companhia.


--Essa garota é um pé no saco e eu jamais criaria uma criatura assim para me azucrinar. Seria muita autoflagelação.


--E ela fala alguma coisa?


--Só que eu deveria aprender a lidar com as mulheres para então reconquistar Angelique. Ela quer me ensinar a ser mais sensível.


--Viu? Você a criou por sentir-se culpada pela separação. Inconscientemente quer Angelique de volta e luta para ser uma pessoa melhor.


--Você não entende. Essa garota está me deixando louca se intrometendo na minha vida o dia inteiro. Preciso me livrar dela. Tem que me ajudar.


--Como eu posso fazer isto? Só porque tive uma visão religiosa não me transforma em uma expert em almas do outro mundo. Aliás, ela está aqui agora?


E virou-se para todos os lados tentando enxergar a tal garota fantasma.


--Não. Ela disse que ia dar um tempo para o corpo dela antes que acabasse desencarnando de vez.


--E se você fosse num centro espírita?



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): angelr

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

--Venho tentando todo tipo de oração, mantra, conjuração, e ela só dá risada. Diz que não está morta e, portanto, não pode ser despachada dessa forma. Carla coçou a cabeça sem saber o que fazer. --Acho que está numa tremenda enrascada. Posso tentar alguma orientação com um con ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • annecristine Postado em 11/03/2014 - 00:22:09

    Amei o final.. Muito lindo... Entao vamos com mais uma fic.. Rs

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:37

    delmyra - Espero que goste da proxima *__*

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:13

    claricenevanna - Ufa convenceu hahaha

  • delmyra Postado em 10/03/2014 - 22:20:08

    pronta pra ler a proxima fic. As suas são de mais. Cada uma q me faz chorar. Foi otima.

  • claricenevanna Postado em 10/03/2014 - 19:56:49

    Pensei que a Dulce não ia convencer a Anahí! Hahaha. Que pena que acabou. :( E eu vou ler a outra.

  • annecristine Postado em 10/03/2014 - 17:11:18

    Aiiiin elas são lindas demais! Ansiosa para o final! Pena q já vai acabar! Dulce até q enfim né! kkkkkkk

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:45

    lunaticas - breve hahaha

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:25

    vverg - Sim muito linda essa web

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:22:56

    claricenevanna - hahahaha

  • lunaticas Postado em 08/03/2014 - 21:41:21

    Ansiosa para o final *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais