Fanfics Brasil - Capitulo 36 Historias de Amor e Fantasma

Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 36

876 visualizações Denunciar


--Venho tentando todo tipo de oração, mantra, conjuração, e ela só dá risada. Diz que não está morta e, portanto, não pode ser despachada dessa forma.


Carla coçou a cabeça sem saber o que fazer.


--Acho que está numa tremenda enrascada. Posso tentar alguma orientação com um conhecido, mas pode demorar não o vejo muito.


--Faça isso, por favor. Estou desesperada.


--Fique calma e vá levando a garota no bico. Finja que está aceitando tudo numa boa. Precisamos de tempo para armar um esquema de exorcismo.


--Obrigada, Carla. Não sei como agradecer.


--Não se preocupe. Tudo vai acabar bem.


--Tentarei preservar minha sanidade até lá.


Carla voltou para perto da esposa com um ar intrigado.


--Pode me contar sobre o que conversaram ou é confidencial? – Marcela indagou sem querer ser intrusiva.


--Algo aconteceu e a Maite está tendo problemas espirituais.


Marcela arregalou os olhos surpresa.


--E o que Maite espera de você, amor? Desde quando tornou-se algum tipo de orientadora espiritual?


--Acho que neste ambiente de racionalidade que impera na universidade, sou a única com alguma experiência que possa ser considerada sobrenatural.


--Fala da deusa Maru?


--Isso mesmo.


--Mas Maite foi a primeira a quase rolar no chão de tanto rir quando nós conversamos sobre isto. Angelique chegou a repreendê-la pelo desrespeito.


--Outra novidade: ela e Angelique se separaram.


--Nossa, eu não fazia idéia.


E Marcela realmente sentia-se triste pelo casal, apesar de não ser uma notícia assim tão inesperada. Fazia tempo que as duas não se entendiam e viviam às turras. Houve um rumor de que Maite tinha traído Angelique, mas não chegara a saber os detalhes do que ocorrera. Apesar de se conhecerem como colegas, não costumavam freqüentar lugares em comum, nunca trocaram confidências e isto era o que mais estranhara naquele desespero com que Maite buscara a ajuda de Carla. Devia ser algo realmente sério o que a estava incomodando.


--Podemos ir? – Carla indagou, pronta a chamar o filho Eduardo que estava distraído com algo na floreira do jardim.


--Preciso entregar esses papéis para a coordenadora do curso, mas é coisa rápida. Me espera um minutinho?


--Espero a vida toda, amor.


Marcela sorriu encantada com o modo como Carla sempre a deixava sem palavras. Após quatro anos juntas, aprendera a não se sentir insegura com o fato de que sua esposa era por demais atraente, e que por sua profissão de fotógrafa, vivia cercada de mulheres absolutamente estonteantes todos os dias.


--Tente não partir o coração de uma dessas meninas. – brincou dando-lhe um beijo rápido na boca.


Carla olhou em volta e realmente estava cercada por adolescentes que circulavam pelo pátio de entrada do prédio, indo e vindo de suas aulas.


--Vou tentar. – ela respondeu com um sorriso safado – Mas sabe o quanto sou irresistível. Não tenho culpa.


--Sei. São os tais genes de família, não é mesmo?


--Exatamente.


Marcela balançou a cabeça, já acostumada com a cara-de-pau da esposa, e foi em direção à sala de coordenadoria.


Enquanto isto Eduardo, conversava com uma moça bonita sentada junto a ele, na mesma floreira em que um gato escolhera para descansar.


--Quer dizer que ninguém pode te ver? – indagou à garota.


--É isso aí. Fora a professora Maite, ninguém mais.


--Mas eu te vejo.


--Porque você tem sensibilidade espiritual.


--O que é isso?                         


--Que você é uma pessoa especial, com capacidade de enxergar coisas que os outros não.


--Sério?


--Sério.


--Nem a Carla nem a mamãe podem te ver também?


--Não, elas não podem. Aliás, só por curiosidade me responda: se foi a Carla quem o adotou, por que chama Marcela de mãe e não ela?


--Porque uns tempos atrás elas estavam tentando ter um bebê e o médico disse que Marcela não podia ter. Ela ficou muito triste e vivia chorando quando achava que eu não estava prestando atenção. Então eu pensei muito e resolvi pedir para chamá-la de mãe e assim eu poderia ser o filho dela. Primeiro achei que tinha feito algo errado porque ela começou a chorar mais ainda. Mas aí ela me abraçou forte e disse que me amava muito e que adoraria ser minha mãe. Desde então é assim: ela é minha mãe e todo mundo está feliz.


--E a Carla é o que então?


--A Carla é a Carla. Não tem um nome para nós. Eu sou dela e ela é minha.


--Eu entendo. Nem tudo no universo tem um nome. E nem precisa ter, pra falar a verdade.


--Por que ainda está aqui? Não devia ter ido embora? Minha professora de português um dia morreu e foi para um outro lugar.


--É que ainda não morri. Tenho uma tarefa a cumprir antes de me mandar.


--Que tarefa?


--Juntar duas cabeças-duras para que eu possa nascer de novo. Está determinado que eu voltarei como um dos filhos da Angelique Por isso elas têm que fazer as pazes. A Angelique e a Maite se amam, mas precisam aprender um bocado de coisas sobre relacionamentos. Vai dar um trabalhão!


--E por que você tem que ser filha da Maite também?


--Por que eu sou da Maite e ela é minha. – repetiu as palavras utilizadas por Eduardo -- No princípio não entendi o que eu sentia e pensei que fosse alguma coisa romântica, mas depois compreendi que nós estamos ligadas em outro plano. Existe um elo igual ao seu com a Carla. Simplesmente é assim e pronto.


Eduardo concordou com o que a garota dissera. Algumas pessoas simplesmente se pertencem e é assim que tem que ser. Letícia também compreendera, depois de um tempo, que nem todas as almas gêmeas necessariamente se relacionam sexualmente. Às vezes é algo muito mais profundo e acima do mundo físico.


--Eduardo, vamos indo? – Marcela chamou o garoto e de imediato ele se levantou para se unir à mãe. Porém, antes de se afastar, deu um último sorriso para Letícia.


--Boa sorte. – acenou se despedindo.


Marcela achou que ele se despedia do gato, mas Carla, ao contrário, franziu os olhos com desconfiança. Virou-se para todos os lados, tentando enxergar a fantasminha que assombrava Maite. Mas nada encontrando, soltou um suspiro profundo de alívio.


--O que foi? – Marcela indagou confusa.


--Estava só me precavendo.


--Ficou impressionada com o que a Maite falou, né?


--Fiquei. Acho que vou precisar dormir com você hoje à noite para não ter pesadelos.


Marcela riu.


--Você já dorme comigo todas as noites, sua boba.


--Então preciso distrair minha cabeça com algo bem prazeroso.


--Tem alguma idéia do que?


--Até lá acho que posso pensar em uma ou duas coisas. – deu um tapinha no traseiro de Marcela.


--Cheia de más intenções, né?


--As piores possíveis.


Eduardo fez um beicinho.


--O que foi, amigão? – Carla ficou preocupada.


--Hoje você vai brincar com a mamãe e eu vou ter que jogar videogame sozinho.


--Não seja rabugento. Se dependesse de você eu não brincava nunca.


--Carla! Não é assim que se fala com uma criança.


--Eu já não sou mais criança, mãe. Tenho até namorada.


--É mesmo?


--Hum hum. Estou até tentando brincar com ela, mas ela não deixou ainda.


Carla arregalou os olhos e Eduardo deu uma risada gostosa.


--Estou tirando sarro de vocês.


--Ufa! Você quase me enfartou, seu pestinha. Vai ficar de castigo assistindo reprise dos filmes da Xuxa.


Marcela fez cara de comiseração.


--Não exagere no castigo, amor.


E os três foram rindo para o estacionamento.


Um pensamento surgiu na cabeça de Carla: quisera que Angelique e Maite encontrassem a mesma felicidade que ela tinha com sua família. Mas talvez aquele tipo de alegria e harmonia não fosse para todos.


       


Proximos capitulos com Dulce e Any de um jeito nunca visto hahahaha



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): angelr

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Era tradição da Savinon Engenharia adiantar as comemorações do Natal com uma grande festa para os funcionários e seus familiares. Era uma maneira de reafirmar para os trabalhadores que havia um vínculo humano entre todos e não apenas profissional. Formavam uma grande equipe, apesar do atentado contra a vida de Dulce meses ante ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • annecristine Postado em 11/03/2014 - 00:22:09

    Amei o final.. Muito lindo... Entao vamos com mais uma fic.. Rs

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:37

    delmyra - Espero que goste da proxima *__*

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:13

    claricenevanna - Ufa convenceu hahaha

  • delmyra Postado em 10/03/2014 - 22:20:08

    pronta pra ler a proxima fic. As suas são de mais. Cada uma q me faz chorar. Foi otima.

  • claricenevanna Postado em 10/03/2014 - 19:56:49

    Pensei que a Dulce não ia convencer a Anahí! Hahaha. Que pena que acabou. :( E eu vou ler a outra.

  • annecristine Postado em 10/03/2014 - 17:11:18

    Aiiiin elas são lindas demais! Ansiosa para o final! Pena q já vai acabar! Dulce até q enfim né! kkkkkkk

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:45

    lunaticas - breve hahaha

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:25

    vverg - Sim muito linda essa web

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:22:56

    claricenevanna - hahahaha

  • lunaticas Postado em 08/03/2014 - 21:41:21

    Ansiosa para o final *-*


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais