Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon

Ninguém se arriscou a ir contra ela e com cuidado depositaram Dulce no banco do carona, passando o cinto de segurança por seu corpo.

--Tem certeza que não vai precisar de ajuda na chegada? – Acácio preocupou-se.

--Não estou tão mal assim, gente. – Dulce defendeu-se. Mas sua voz mole não convenceu ninguém.

--Pode deixar, pai. Cuido de tudo. E se precisar de ajuda chamo o porteiro.

Parecia uma decisão razoável e a proposta foi aceita por unanimidade. A festa continuaria por mais algum tempo e como Cristian não estava também muito sóbrio, era importante que a família cuidasse das coisas por eles.

*****

Dulce tentou abrir a fechadura, mas suas mãos não estavam firmes o suficiente. Ou talvez fosse sua visão que estivesse embaçada.

--Acho que bebi além da conta.

--Conte uma novidade. – Anahí soltou uma risadinha irônica -- Quer ajuda?

--Está brincando? Posso abrir isso aqui com os olhos vendados.

E tentou fazer isto, sem que conseguisse obter êxito, quase despencando ao chão.

Anahi tomou-lhe a chave das mãos e virou o trinco, abrindo a porta. Dulce cambaleou e a loira a envolveu pela cintura, mantendo-a reta.

--Vamos, está na hora de ir para a cama.

--Então vamos em frente.

Foi avançando comicamente pela sala, tentando evitar a colisão contra os móveis no caminho ou tropeçar no tapete.

Já no quarto Anahí moveu-se para ajudar Dulce a se deitar na cama, contudo seu salto resvalou no assoalho, fazendo-a perder o equilíbrio. As duas então acabaram se embolando uma na outra, ambas despencando sobre o colchão, dando risadas do ridículo da cena por longos instantes. Até que seus olhos se encontraram de frente e o riso morreu de imediato, ambas engolindo em seco. Jamais haviam estado numa situação de tamanha intimidade, os corpos perigosamente próximos, as bocas apenas a centímetros uma da outra.

--Acho que o pessoal tem razão e estou pior do que imaginava. – Dulce tentou clarear as idéias.

Anahí ficou intrigada com aquele comportamento totalmente singular. Nunca a vira tão indefesa e triste como estava naquele instante.

--Por que bebeu tanto? – expressou suavemente sua curiosidade, mas sem afastar-se dos braços de Dulce. Estava confortável demais naquela posição e não queria arriscar-se a se mover e quebrar o encanto.

--Lembrei do meu pai... – Dulce começou a falar, mas desistiu -- Não importa. Já passou. Foi um momento de nostalgia.

Mais uma vez houve uma troca intensa de olhar. Anahí estava deitada sobre ela e Dulce sentiu uma súbita onda de excitação percorrer seu corpo. As pupilas se dilataram, a respiração se acelerou incontrolavelmente.

--Quer que eu fique com você? – Anahí ofereceu-se num sussurro quase inaudível, também presa naquele instante de incerteza.

Não obtendo resposta, fez menção de levantar-se, mas Dulce a impediu, segurando-a pela cintura, queimando-a com o fogo de seu olhar, que agora exprimia uma indisfarçada tensão sexual.

A loira engoliu em seco, pois jamais havia sido alvo de tamanho querer. Arrepios cruzaram toda a extensão de sua espinha. As mãos de Dulce começaram a criar vida própria, movendo-se por seus contornos, tateando lentamente seu corpo, erguendo o seu vestido até estacionar em suas nádegas, que apertou possessivamente.

--Sabe o que está fazendo? -- Anahí indagou com a voz trêmula. Temia que a bebida estivesse lhe turvando o discernimento.

Dulce permaneceu em silêncio, encarando-a como se examinasse pela primeira vez uma obra de arte, atentando para seus detalhes, sua cor, seu cheiro, todos os sentimentos confusos que suscitavam.

Lentamente levou as mãos ao rosto de Anahí e o acariciou ternamente, numa cautelosa exploração de um território desconhecido. Suavemente puxou a cabeça da loira até que seus lábios se colassem, num beijo tímido, inseguro, como se pedisse permissão para avançar.

A jovem reagiu entregando-se às carícias ministradas em seu corpo, aprofundando o beijo, que se tornou vulcão. Fantasiara aquele momento por tanto tempo que a realidade parecia-lhe um sonho. Esfregava-se na morena, devorava sua boca, presa em um frenesi louco de emoções. Sentou-se no quadril de Dulce e tirou o vestido, ficando nua da cintura para cima. Não era o momento de recuar e sim ir em frente, romper de vez o tabu, expor seus sentimentos com clareza.

Dulce aceitou o convite daqueles seios de mamilos rosados e tomou-os em suas mãos com firmeza, estimulando-os até que se eriçassem, arrepiados de excitação. Queria desesperadamente sugá-los para dentro de sua boca, envolvê-los com sua língua úmida. Trocou de posição, ficando por cima, imediatamente satisfazendo sua ânsia.

Anahi prendeu o ar ao sentir o seio envolvido pelo calor da boca de Dulce sendo lambido por sua língua ágil, sorvidos por seus lábios macios. Seu corpo derretia-se sob o peso de Dulce. Sua mente flutuava em delírio. Arfava loucamente.

Mais do que carícias desatinadas, ela exigia a proximidade de seus corpos, puxava Dulce para junto de si, mergulhava as mãos em seus cabelos, beijava seu pescoço, seu queixo, para então retornar à boca com furor.

O corpo de Dulce também ardia, chegando perto do ponto em que não poderia mais segurar seu próprio orgasmo. Beijava avidamente os lábios vermelhos de Anahi trançando suas línguas com energia, nem percebendo as gotas de suor que escorriam por suas costas enfebradas.

Normalmente teria prolongado aquela excitação, provocado os sentidos de sua parceira, buscado envolve-la em seu jogo de sedução. Mas naquele momento não foi capaz de segurar sua empolgação. Viu-se envolvida em um torvelinho que a fazia girar como um pião, sem destino, sem controle.

Então Anahi estremeceu em seus braços, o quadril erguendo-se da cama com um espasmo delicioso. E logo em seguida foi a vez de Dulce tremer, ao mesmo tempo em que soltava um gemido rouco, que revelava, sem deixar dúvidas, todo o seu prazer.

Exausta, com a respiração entrecortada, admirou mais uma vez a beleza de Anahi agora ainda mais encantadora após o êxtase vivido por ambas. Os lábios estavam cheios e rubros, as bochechas afogueadas e os olhos brilhando com algo que para Dulce era inexprimível.

Beijou-a novamente, desta vez com ternura, sem arroubos ou furor sexual. Retirou cuidadosamente seus dedos da concha quente e úmida em que se haviam abrigado, mas não pode afastar-se do calor que emanava daquele corpo que tão bem se encaixava ao seu.

O impensável acontecera e, se para Anahi era um sonho realizado após anos de sofrimento, para Dulce a situação ainda lhe fugia à consciência. Sabia o que fazia e sentia todas as emoções vividas, mas não raciocinava claramente por quem queimava tamanho desejo. Era como se vivesse uma fantasia proibida da qual despertaria envergonhada, mas sem maiores conseqüências, por tratar-se de mero devaneio de sua mente entorpecida pela bebida.

Ao sentir que a pele da jovem se arrepiava com a brisa suave que entrava pela janela semiaberta, puxou as cobertas sobre as duas e acomodou Anahí junto a seu peito, protetoramente.

Nas altas horas de uma noite excepcionalmente fresca em pleno verão, dormiu sem se dar conta da veracidade do que ocorrera e do que fatalmente aquele encontro de paixão acarretaria em suas vidas.

 E ai gente oque acharam? E oque sera que vai acontecer apartir de agora? hahahaha acho que vai ocorrer algo surpreendente só acho kkkkkkk