Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon
Cristian chegou em casa exausto, drenado com mais um dia infernal.
Dulce aprontara das suas e simplesmente fugira, deixando para trás os problemas, tanto os relativos ao trabalho quanto os sentimentais, cabendo a ele a tarefa de lidar com as conseqüências de sua irresponsabilidade.
Anahi fingia não se abalar, mas em seu íntimo, Cristian tinha certeza de que estava profundamente ferida após ser abandonada daquela forma. Por fora ela parecia forte e decidida a abdicar de vez daquele amor, mas ele sabia bem que aquilo não seria totalmente possível. Pelo menos não assim tão rapidamente. Só o tempo a livraria de seu pesar.
E por fim viera Angelique, ligando para saber onde a namorada se metera, já que tentara ligar para ela e não conseguira contato.
O que poderia dizer àquelas alturas? Resolvera mentir descaradamente, inventando uma viagem de última hora que Dulce tivera que fazer para apresentar um projeto em outra cidade. Até para ele a desculpa soara fraca e sem sustentação. Mas também, mentir não era exatamente seu departamento.
Agora estava com um copo de uísque nas mãos e os pensamentos girando sem parar. Deveria contar o que ocorrera para a mãe? Talvez ela soubesse melhor o que fazer. Mas e se Acácio acabasse descobrindo o que acontecera com a garotinha dele? De repente toda a integridade da família parecia em risco. Anos de harmonia e felicidade estavam indo para o ralo por culpa das indefinições sentimentais de Dulce. E isto era o pior de tudo. Nunca vira a irmã tão insegura e vulnerável como agora se mostrara. O que ela e Anahi viveram tinha abalado suas convicções e isto a fizera perder o chão.
Então pensou na única outra pessoa em quem confiava para desabafar seu tormento. Ligou para o irmão Poncho.
--Alô.
--Precisamos conversar. – Cristian foi logo dizendo.
--O que foi, sem educação? – Poncho respondeu com a familiaridade que sempre teve com o irmão.
--Pode vir até aqui em casa?
--Agora?!
--Neste instante.
--Tudo bem, mas o que tá pegando? Algum problema?
--Te falo quando você chegar. E não conte nada para os velhos, tá legal?
--Espera aí que já estou indo, Sr. Desesperado.
Em meia hora Poncho já estava batendo na porta do apartamento de Cristian.
Foi saudado de pronto com um copo de uísque com gelo, entregue em suas mãos antes de qualquer saudação.
--Beba. – Cristian o intimou.
Poncho olhou para o irmão sem entender tamanho nervosismo.
--Vira logo, cara! – Cristian insistiu.
Poncho obedeceu e sentou-se numa das poltronas.
--Tenho algo muito ruim para contar. – Cristian prosseguiu – Estamos numa tremenda enrascada.
--O que aconteceu? Está me deixando nervoso.
--Por isso disse para você beber.
--Sabe que isso não faz o menor sentido, né? Fala logo ou vou ligar para a Alice.
--Ela está a meio caminho de Nova Iorque, seu bobão.
--Então ligo para a mamãe.
Aquilo fez Cristian respirar fundo e se acalmar.
--Ok. Na noite da festa você lembra que a Dulce estava bem tchuque, não lembra?
--Mais que tchuque. – Poncho riu -- A Anahi teve que levá-la embora.
--E esse foi o problema.
O rapaz ficou quieto, mas estava perdendo a paciência. Deu seu mais ameaçador olhar fulminante, exigindo que o irmão parasse de se enrolar e abrisse o jogo de uma vez.
Cristian não suportou mais a pressão e soltou tudo de uma só vez.
--Ela dormiu com a Anahí.
Sua voz saiu um tanto quanto confusa em meio a outro gole generoso de uísque.
--E daí? – Poncho não entendeu o que tinha de mais. Era comum que Anahí dormisse no apartamento da Dulce.
Cristian ficou mais nervoso.
--Será que você é tão idiota que não entendeu o que eu disse? Tenho que soletrar?
Poncho continuou confuso, pensando no que poderia significar tudo aquilo.
--A Dulce comeu a Cachinhos! Entendeu agora?
--Você tá de sacanagem, né? – O rapaz finalmente compreendeu o que acontecera e ficou em choque.
Era visível a revolta nos seus olhos. Não conseguia conceber a idéia de que Dulce tivesse feito algo tão terrível como aquilo. Só podia ser uma piada idiota. Ela jamais faltaria com o respeito à própria família daquele jeito. Aproveitar-se de uma menina que crescera junto com eles era demais para ser perdoado.
--Você sabe que Anahí gosta dela.
--Eu sei, mas é coisa de garota ingênua, inventando uma figura imaginária para amar. Algo que nunca vai corresponder à realidade.
--Receio que não seja bem assim.Anahí é uma mulher e está verdadeiramente apaixonada por Dulce. O problema é que Dulce não aceita este sentimento e agora que passaram a noite juntas, ficou apavorada e fugiu para um destino ignorado.
--A safada se mandou? Mas que miserável!
--Não fale assim dela. Você não sabe pelo que ela está passando.
--Sei sim. Seduziu a pobrezinha, se aproveitou desse amor fantasioso que ela pensa sentir e agora simplesmente desaparece para não ter que encarar as conseqüências. Meu Deus, se o papis fica sabendo...
E dessa vez acompanhou o irmão Cristian, virando na boca o restante do conteúdo do copo que tinha nas mãos, para em seguida servir-se de outro drink.
Ficaram calados por um bom tempo, sem saber exatamente o que dizer.
--Como ela está? – Poncho finalmente se pronunciou.
--Dulce?
--Quero mais que a Dulce se foda! Estou falando da Anahí.
--Está arrasada.
--Como não percebi?
--Não sei. Acho que ela decidiu mudar de atitude e encarar o fato de que Dulce jamais ficará com ela. Talvez faça parte dessa decisão não tocar no assunto. Como vou saber? Sei que estou enrolando a Angelique como posso, mas não tenho mais desculpas.
--Pois deixe que ela descubra a filha da mãe que é a namorada dela.
--Poncho, não me faça me arrepender de ter contado para você.
--Está bem, está bem. Mas precisamos de alguma forma apoiar a Anahí nesse momento. Ela não precisa atravessar tudo isto sozinha.
--Eu sei.
--Isso aí.
--Tem alguma idéia de como ajudar?
--Nenhuma.
Cristian suspirou desanimado e Poncho o acompanhou.
--Cara, vai ser o pior Natal das nossas vidas. Não vai demorar para o papis descobrir e a confusão vai estar armada. A coisa vai feder.
Cristian sacodiu a cabeça concordando. Dessa vez não tinha como tomar partido de Dulce. Era Anahí quem precisava de todo suporte que pudesse obter da família.
Parece que dias ruins estao por vir na familia delas hein e ai oque estao achando?
Autor(a): angelr
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Angelique tentou pelo que parecia a centésima vez contatar Dulce sem conseguir. O celular estava sempre desligado e na empresa ninguém sabia dela, apenas que viajara repentinamente. O irmão Cristian estava igualmente inacessível, ou se recusava a atendê-la por algum motivo. Sentou-se em sua confortável poltrona no consultório ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 98
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annecristine Postado em 11/03/2014 - 00:22:09
Amei o final.. Muito lindo... Entao vamos com mais uma fic.. Rs
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angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:37
delmyra - Espero que goste da proxima *__*
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angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:13
claricenevanna - Ufa convenceu hahaha
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delmyra Postado em 10/03/2014 - 22:20:08
pronta pra ler a proxima fic. As suas são de mais. Cada uma q me faz chorar. Foi otima.
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claricenevanna Postado em 10/03/2014 - 19:56:49
Pensei que a Dulce não ia convencer a Anahí! Hahaha. Que pena que acabou. :( E eu vou ler a outra.
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annecristine Postado em 10/03/2014 - 17:11:18
Aiiiin elas são lindas demais! Ansiosa para o final! Pena q já vai acabar! Dulce até q enfim né! kkkkkkk
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angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:45
lunaticas - breve hahaha
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angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:25
vverg - Sim muito linda essa web
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angelr Postado em 10/03/2014 - 00:22:56
claricenevanna - hahahaha
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lunaticas Postado em 08/03/2014 - 21:41:21
Ansiosa para o final *-*