Fanfics Brasil - Capitulo 51 Historias de Amor e Fantasma

Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon


Capítulo: Capitulo 51

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--Por que insiste, Dulce? Já deixou bem claro que o que aconteceu entre a gente não significou nada, então para que vir me dar explicações inúteis? Me poupe de seus falsos sentimentos. Na verdade você tem razão e não me deve absolutamente nada. Eu é que vi além do que havia pra se ver. Devia ter recolhido minhas roupas, trancado o apartamento na saída e ainda me sentido privilegiada por ter compartilhado uma noite com a grande rainha das pegadora.


A revolta fez subir o sangue de Anahí ao rosto e a deixou com as bochechas avermelhadas.


Vendo que a jovem não iria ceder tão fácil, Dulce decidiu resolver as coisas ali mesmo no corredor. Tanto fazia desde que desabafasse o que a levara até ali.


--Eu te amo, Anahí. – declarou para surpresa de todos -- E isto não tem nada de fraternal. Te amo como mulher. Meu corpo arde por você, minha alma se ilumina quando você está junto de mim. Te amo, sei lá, desde sempre. Quantas vezes fugi desse sentimento... Até o ponto em que o sepultei bem fundo para não correr o risco de despertá-lo novamente. Mas é óbvio demais que você é a pessoa que eu nasci para amar. Só uma completa estúpida como eu para não enxergar essa verdade. Procurei você em tantas mulheres! Por isso nenhuma delas conseguia me interessar além de um curto espaço de tempo. Ninguém poderia substituí-la.


Anahí ficou estática, tentando absorver as palavras que Dulce lhe dizia. Estava confusa com tudo aquilo. Num momento ela a abandonava sem mais do que um bilhete lacônico, para em seguida surgir do nada e enchê-la de declarações de amor. Aquilo desafiava sua racionalidade, fugia de sua compreensão. Estava ao ponto de verter lágrimas de pura frustração.


--Por que está fazendo isto? Talvez ache tudo uma grande piada, mas para mim não é. Se quer se divertir, procure outra pessoa e pare de brincar comigo.


--Não estou fazendo graça. Juro. Se não quer ouvir minhas explicações complexas para o comportamento desprezível que tive, então me conceda um pedido. Só um.


E seu rosto expressava uma enorme angústia.


Anahi soltou pesadamente o ar dos pulmões. Estava cansada de toda aquela tortura psicológica.


--O que você quer afinal, Dulce? O que, em nome de todos os santos, você ainda pode querer de mim?


--Quero que você se case comigo.


Aquele pedido soou tão absurdo que fez aumentar um pouco mais a raiva da jovem.


--O que quer dizer com isso?


--Morar junto, dividir um espaço, dormir na mesma cama, formar uma família…


--Eu sei o que é casar! Se pensa que vou ficar aqui ouvindo suas asneiras, é bom saber que para mim você não existe mais. Estou livre dessa obsessão e não vou cair de amores com essas palavras vazias que conquistam as mulheres que têm a infelicidade de cruzar o seu caminho.


--Não são palavras vazias. O que digo vem de dentro do meu coração.


--Como se você tivesse algum coração! Se está arrependida do que aconteceu, tudo bem, não precisa ir ao limite de me pedir em casamento. É a coisa mais antiquada que já ouvi em anos.


Dulce encolheu-se um pouco, pega de surpresa pela agressividade de Anahi. Mas em seguida abriu um delicado sorriso de admiração. A garotinha revoltada do primeiro dia em que se conheceram, ressurgia na mulher linda à sua frente. A mesma mulher que estava em vias de precipitar-se em seu pescoço e torcê-lo com as próprias mãos.


Anahí interpretou aquele olhar como de cinismo e partiu para cima de Dulce


--Está rindo do que, sua...


Não pode terminar a frase. Teve suas palavras silenciadas por um beijo apaixonado.


Tanto Acácio quanto Janice e também Poncho ficaram abismados e sem ação.


A princípio Anahi tentou libertar-se dos braços de Dulce e colocar um fim àquela proximidade indesejada, mas aos poucos deixou-se envolver pela sensação de prazer que provocava-lhe tanta intimidade. Era o toque das mãos que a enlaçavam, o perfume suave que inundava suas narinas, o gosto da boca que engolia a sua com fúria insana, tudo somado em um única emoção, que a subjugava e a fazia refém do momento.


Freava como podia a reação de seu corpo, mas não conseguia forças para afastar-se.


--Por favor, Anahi, tudo o que falei foi sincero. – Dulce sussurrou no ouvido da jovem – Case comigo. Podemos muito bem pular essa história de namoro. Já nos conhecemos por uma eternidade e sabemos o quanto somos compatíveis. Em tudo. O que existe mais para testar? Vem morar comigo. Juro que vou me esforçar ao máximo para fazê-la a mulher mais feliz deste mundo. Só me dê uma chance, meu amor. Me perdoa.


--O que está fazendo? – Acácio adiantou-se, preocupado com a pressão que Anahí sofria.


--Estou pedindo sua filha em casamento. – respondeu sem desviar o olhar de Anahí -- Mas ela ainda não respondeu.


--Talvez se você se afastasse e desse espaço para ela respirar um pouco...


Dulce fez exatamente o que o padrasto sugerira e ansiosa ficou aguardando o veredito. Mas os minutos foram passando e Anahí não se pronunciava, continuando estupefata.


Estaria mesmo Dulce na porta do seu quarto dizendo que a amava e que queria casar-se com ela? Ou de tanto querer, entrara em uma espécie de delírio?


--Não sei se posso acreditar em você depois de tudo o que aconteceu.


Acácio concordou com a filha, exibindo a mesma dúvida no olhar. Também não estava tão certo das intenções da enteada, que até então havia apresentado sempre um comportamento inquieto e pouco afeto a compromissos.


--É verdade o que está dizendo? – indagou com seriedade -- Ama realmente minha filha desta forma? A ponto de renunciar à vida desregrada que sempre teve?


--Nunca falei tão sério, Acácio. – afirmou emocionada -- Nunca disse isto para mulher alguma. Você sabe bem disto, pois nunca fiz da minha vida um segredo. Mas amo Anahí com loucura.


--E sua namorada Angelique? Onde ela fica nisto tudo.


--Nós terminamos. Vimos o quanto nosso namoro era inútil. Ela ama a ex e eu amo Anahí. Não havia futuro neste relacionamento.


Só então Anahí começou a perceber o sentido daquelas palavras. Até naquele instante erguera um muro de proteção, tentando salvaguardar-se do que achava serem mentiras e enganações.


--Desculpe por tudo o que a fiz passar. – Dulce pediu quase às lágrimas – Me dá uma chance e vou passar o resto das nossas vidas tentando fazê-la esquecer do quanto fui idiota fugindo de meus sentimentos.


A loira limitou-se a balançar a cabeça em concordância.


Dulce tornou a abraçá-la, beijou o alto de sua cabeça e finalmente tomou sua boca, engolindo-a faminta.


Acácio, Janice e Poncho resolveram dar espaço para o casal, afastando-se deles, encabulados com aquela demonstração tão sexual de afeto entre as duas apaixonadas.


--Então? – Dulce indagou com mais confiança, um pequeno sorriso travesso a brincar em seus lábios – Você continua sem responder ao meu pedido. Casa comigo?


Anahi devolveu o sorriso com um malicioso. Puxou-a pela lapela da camisa até dentro do quarto. Em seguida fechou a porta com um chute e com força empurrou Dulce sobre a cama, fazendo-a despencar de costas sobre o colchão.


--Se fugir novamente de mim eu te parto a cara. – ameaçou com seriedade, prendendo-a com os joelhos, um de cada lado de seu corpo, sentando-se sobre seu quadril.


Dulce engoliu em seco e concordou com a cabeça. De alguma forma teve a certeza de que aquele casamento seria tudo menos monótono.


--Eu te amo. – confessou mais uma vez, acariciando os cabelos dourados de seu amor.


--Então me mostra. – Anahí quase que ordenou.


Dulce obedeceu de pronto, mergulhando em sua paixão. Tomou-a em seus braços e fez amor como nunca fizera antes, sem medos, preconceitos e falsos pudores. Anahí era sua mulher. E a imagem conservadora de irmã, se ainda havia alguma, desfez-se às primeiras carícias íntimas.


*****


Na sala de estar os três familiares sentaram-se cada um em uma poltrona, sem nada falarem. Pareciam ainda descrentes do que acontecera minutos antes. De um confronto que prometia ser acirrado pelos ânimos exaltados, o cenário modificou-se repentinamente, transformando-se em um tórrido encontro de amor.


Poncho não se conteve e começou a rir do drama que virara romance.


--Que barraco, meu Deus! – conseguiu exclamar entre uma risada e outra.


Janice acompanhou suas risadas, fazendo com que Acácio também não se contivesse.


--Gostei da sua atitude, Papis. – Poncho debochou – Foi coisa mesmo de macho alfa. Até eu fiquei com medo.


 --Mas também...Ela veio acuando Anahi. -- Acácio defendeu-se do escárnio do enteado – Só espero que se entendam de vez.


Janice sorriu, atentando para o silêncio.


--Prestou atenção nessa paz e sossego? – apontou para o andar de cima – Pela maneira proprietária como Anahí puxou Dulce para o quarto, aposto que vão ficar fazendo as pazes a tarde toda.


--Por favor, Jani. – Acácio protestou -- Tem coisas que um pai não precisa e nem deve saber.



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • annecristine Postado em 11/03/2014 - 00:22:09

    Amei o final.. Muito lindo... Entao vamos com mais uma fic.. Rs

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:37

    delmyra - Espero que goste da proxima *__*

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 23:22:13

    claricenevanna - Ufa convenceu hahaha

  • delmyra Postado em 10/03/2014 - 22:20:08

    pronta pra ler a proxima fic. As suas são de mais. Cada uma q me faz chorar. Foi otima.

  • claricenevanna Postado em 10/03/2014 - 19:56:49

    Pensei que a Dulce não ia convencer a Anahí! Hahaha. Que pena que acabou. :( E eu vou ler a outra.

  • annecristine Postado em 10/03/2014 - 17:11:18

    Aiiiin elas são lindas demais! Ansiosa para o final! Pena q já vai acabar! Dulce até q enfim né! kkkkkkk

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:45

    lunaticas - breve hahaha

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:23:25

    vverg - Sim muito linda essa web

  • angelr Postado em 10/03/2014 - 00:22:56

    claricenevanna - hahahaha

  • lunaticas Postado em 08/03/2014 - 21:41:21

    Ansiosa para o final *-*


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