Fanfic: Historias de Amor e Fantasma | Tema: Portiñon

Maite estava em sua sala revisando as últimas pesquisas que fizera em campo para compor o material a ser publicado. Fecharia mais um livro e então se dedicaria totalmente a Angelique e quem mais viesse. Nada valia o sacrifício de sua vida pessoal.

--Tudo resolvido com a namorada?

Pega de surpresa Maite ergueu a cabeça assustada, espalhando os papéis sobre a mesa.

--Que droga, Letícia! Faz essas aparições bruscas só para tirar sarro de mim, não é?

A jovem riu, pois era verdade: adorava ver a professora pular assustada, derrubando o que estivesse em suas mãos.

--Não se preocupe que esta é a última vez que vai me ver.

Maite franziu os olhos, agora mais assustada que nunca.

--Como assim? Para onde vai? O que vai fazer? Não pode ir.

Estava tão acostumada com a garota no seu pé o tempo todo, que a noção de jamais vê-la outra vez a deixou aturdida.

--Tenho que ir. Minha missão está cumprida.

--Cumprida coisa nenhuma! Não pode me abandonar agora.

--Não estou te abandonando, profe, apenas estou seguindo meu caminho. É assim que as coisas são. E não brigue comigo porque não fui eu quem inventou as regras.

Maite estava à beira do pânico. Era doloroso demais nunca mais falar com Letícia. Ela tinha sido sua melhor amiga por todas aquelas semanas de vazio e dor. Se não fosse por ela, jamais teria ido atrás de Angelique e a reconquistado. Devia sua felicidade à garota.

--Um dia a gente se vê. – Letícia tentou consolá-la. Mas no fundo também estava com um nó em sua garganta por ter que dizer adeus, mesmo sabendo o que aconteceria futuramente.

--Um dia é muito vago. – Maite insistiu – Fica comigo.

--Não posso. A decisão não é minha, entende? A Letícia que você conhece está pela boa lá no hospital e preciso me mandar. Só vim me despedir e dizer que enquanto eu estiver lá no andar de cima, estarei de olho em você. Portanto, veja se não faz mais asneiras. Estou te avisando.

Maite deu um sorriso triste.

--Não sei por que, mas acredito no que está dizendo. Mas fique sabendo que, morta ou não, ainda está proibida de me seguir até o banheiro. Aliás, nem entre no meu quarto.

--Continua uma estraga prazeres.

Ficaram em silêncio por um tempo.

--Vou sentir sua falta, garota. Nem sabe o quanto.

--E eu vou sentir a sua. Mas como eu disse, a gente ainda vai se ver. Mesmo que não acredite neste momento.

Maite pensou em esclarecer melhor o que Letícia falara, mas a garota colocou o dedo indicador sobre os próprios lábios, dando por finalizada a sessão de perguntas.

--Até mais. – Letícia despediu-se após um momento de pesado silêncio.

Foi desaparecendo no ar lentamente, até sumir por completo, deixando Maite com lágrimas nos olhos. Quem poderia imaginar que fosse se apegar tanto a uma desvairada que vivia provocando sua paciência? E como era difícil perde-la!

Neste instante a porta se abriu e Eduardo, o filho de sua colega Marcela, entrou na sala com Carla em seu encalço.

--Desculpe pela intromissão, mas ele veio correndo até aqui e não pude impedi-lo. Quer falar com você.

Maite abaixou-se para dar atenção ao garoto.

--O que foi, garotão? O que quer falar com a tia Mai?

--Não fique triste que ela foi embora.

--Ela quem?

--Letícia.

--Você a via também?

--Hum hum. Ela disse que sou sensitivo.

Carla ficou sem entender nada daquela conversa.

--Quem é essa Letícia? – perguntou para se situar.

--A fantasminha que me assombrava. – Maite respondeu objetivamente.

--Ah. – Carla limitou-se a dizer, lembrando-se do desespero de Maite para se livrar da garota.

Eduardo se aproximou e colocou a mão no ombro da professora, como se a quisesse consolar.

--Ela me disse que vai voltar e vai ser igual como eu e a Carla.

--Como assim?

--As pessoas voltam, não sabia?

--Não acredito nessas coisas.

--Mas voltam.

--E como vou reconhecê-la? Como vou saber quem ela é?

--Da mesma forma que Carla me encontrou. Simplesmente vai saber.

Carla começou a se interessar pela conversa.

--Como assim eu te encontrei? Quem então é você?

--Não sei direito. Mas sou alguém que você amava e que perdeu.

--Tá de gozação!

--Tô não.

A imagem do irmão gêmeo que perdera quando criança lhe veio à mente.

--Olha, se esse negócio é verdade ou não, sinceramente não sei. – Carla falou com simplicidade -- Mas seria bem legal se fosse, não acha? É uma teoria como qualquer outra. Quem sabe vocês realmente vão se reencontrar de alguma forma?

Maite olhou para ela atônita. De modo algum compartilhava da reação despreocupada da amiga. Agora tinha a enorme responsabilidade de encontrar Letícia e não sabia como dar conta da tarefa.

--Relaxe, Maite. – Carla tranquilizou-a – Não tive que fazer absolutamente nada para achar Eduardo. Ele é que caiu de pára-quedas na minha vida. Só tive que amá-lo. Mas foi tão fácil! Esqueça o que foi dito e viva sua vida normalmente. E por favor, não conte nada para Angel. Ela iria achar que você pirou de vez. Sabe como são os psicólogos: para eles todo mundo tem um problema e precisa de tratamento. E são bem eficientes em convencer os outros de sua insanidade. Por isso ganham rios de dinheiro.

--Nem é tanto assim.

Carla ficou quieta para não causar polêmica, mas estava convicta de que era assim mesmo.

Maite ergueu-se e passou a mão na cabeça de Eduardo, revirando seus cabelos.

--Obrigada pela dica.

--Não há de que.

Carla riu da maneira educada do filho. Eduardo era mais do que especial.

--Vamos achar a mamãe e ir embora para casa?

--Ok.

Maite se despediu dos dois e voltou a sentar-se à mesa, arrumando os papéis que haviam se espalhado com o susto da aparição súbita de Letícia.

A lembrança a fez sorrir tolamente.

–Até breve, sua maluquinha.

                                         FIM

Bom minhas queridas leitoras acabou mais uma web espero que tenham gostado, ja começei adaptar outra e vou por o link aqui espero que gostem e leiam achei bem interessante essa proxima web é mais quente acho que muitas de voces vão adorar pois adoram uma safadeza hahaha e olha falo por experiencia propria pois eu adoro kkkkk  

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