Fanfic: Malicia | Tema: Amor

Fechei meus olhos desejando que aquilo acabasse logo, desejando que aquela dor passasse, nem um segundo  depois Ezra caiu por sobre mim, eu apenas olhava a lua estática, sentindo que minha vida não seria mais a mesma. Eu tentava imaginar o que eu fizera até aquele momento, o que eu fiz pra merecer isso, logo eu que o amei, sim eu o amava, um amor platonico, idealizado, de uma jovem de dezoito anos. Eu jamais me insinuei, ou me ofereci. Mais de alguma forma eu o havia atraido até aquela situação? Não isso não foi culpa minha! A culpa é dele! Só dele, Ele é o culpa, ele acabou com minha vida, por que ele não me matava logo? Não posso viver com essa dor.

O banco voltou a seu lugar e o motor do volvo começou a fazer barulho. De repente estava na minha esquina, parado, eu ainda olhava estática a lua.

- Não quero que ninguém fique sabendo disso  Aria, não irão acreditar em você, lembre-se disso. -Ele me disse pela 15ª vez, fitando minha imagem, não sei o que ele viu em meus olhos, será  que virá a minha dor? Ele arrumou uma mecha do meu cabelo que teimava em ficar fora do lugar, minha blusa faltava um botão, mais ele deu um jeito para que não fosse percebido. Ele enxugou as lagrimas dos meu olhos, e me fez oha pro espelho, parecia que eu era outra, sim ainda era eu , meus traços no reflexo, mais os olhos eles estavam vermelhos, o rosto levemente enchado, no pescoço havia algumas marca roxas, iguais as que estavam no meu braço, e mais minhas pernas. Meu corpo estava dolorido. A imagem parecia meio bagunçada, levemente bagunçada nada fora do comum pra mim.

Ele me deixou na porta de casa. Me olhou mais um vez e beijou o topo da minha cabeça, eu recuei em nojo. 

-Querida não foi tão ruim assim foi?- Ele me disse sorrindo. 

- Te vejo segunda.  Ele disse se despedindo. 

Como foi possivel. Eu entrei em casa, fui direto ao meu quarto. Felizmente meu pai estava ocupado demais para notar minha presença. 

Ao entrar no meu quarto, cai em lagrimas novamente. Corri ao banheiro, queria tirar o cheiro dele de mim, do meu corpo, da minha alma. Tirei a roupa, vi que havia um pouco de sangue do rompimento do meu hímen. Novas lagrimas brotaram dos meus olhos.

Liguei o chuveiro e deixei a água correr levando o cheiro dele, a sensação do toque dele, eu fechava meus olhos e via tudo nitido na minha mente, como se estivesse vivendo ainda. Coloquei a mão na boca pra abafar um grito.

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Nas semanas seguintes tudo corria normal, tão normal quanto é possivel, Ezra parecia evitar olhar me nos olhos. Bem na verdade eu o evitava, ele chegava perto e eu me afastava, sempre inventava alguma desculpa pra não assistir suas aulas. Ele não apereceu notar, me afastei de meus amigos, minha dor era grande demais para que eles pudessem compreender. Tudo parecia está voltando ao normal, a rotina. 

Bem nem tudo, eu me sentia não muito bem esses ultimos dias. Me sentia tonta, engoada... Pela manhã sempre passava mal, mal comia.

Um dia na aula de educação física eu havia desmaiado, a enfermeira me disse que deveria ser amenia, retirou um pouco de sangue para mandar a  um laboratorio. 

Naquele dia eu estava saindo do ginasio, quando me senti tonta. Minha cabeça parecia dar mil voltas, e senti um embrulho no estomago, De imediato procurei apoio na parece, mais antes que eu pudesse me sustentar a força em minhas pernas parecia ter sumido, me senti fraca, e vi tudo escurecer. Senti que meu corpo chocava-se com algo. Ao acorda estava na enfermaria da escola. Olhei pro lado e vi o professor Ezra conversando com a enfermeira. 

O que ele faz aqui? O que aconteceu comigo? Como vim parar aqui?

De repente a Srta. Fernandez me olha. Ezra segue seu movimento. Ela se vira e ele vem na minha direção.

Oh céus! O que mais esse homem fara a mim? Ele se aproximou e então eu vi raiva em seus olhos. Parecia um misto de dor, raiva.

- Quando você ia me contar? - Ele me disse baixo o suficiente para que só eu o ouvisse. 

- Do que você tá falando?- Eu perguntei confusa, o que mais ele quer de mim? Ele já não tomou tudo que eu tinha, minha vida estava arruinada por culpa dele, eu o odiava.

- Não se faça de desintendida![..] È meu?- Ele perguntou depois de alguns instantes. - Você esteve com mais alguém depois daquela noite? -Meu corpo estremeceu, frente a lembrança daquele dia.

- Eu não sei do que você está falando! Eu disse em um tom alterado. -Ezra me olhou nos olhos me repreendendo como o olhar. - Fala baixo! - Ele disparou.  Eu só quero saber se existe alguma possibilidade de esse filho ser meu?- Ele continua a falar mais eu já estava em estado de choque. Filho! Filho ele disse, Que filho? Oh! como um  insinght. Meu ciclo estava atrasado, mais eu não tinha percebido por que estava muito ocupada, pensando nos enjoôs e tonturas. A falta de apetite. OH MEU DEUS ESTAVA GRÀVIDA! 

- OH! - Eu levei uma mão a boca.  Ezra apareceu perceber o que tinha acontecido. 

- Você não sabia? Como você não percebeu?- Ele soou perplexo. 

- Eu... Eu ... - Lagrimas rolaram dos meu olhos.. -Você... Eu ... Como ...- Eu mal conseguia verbalizar aquilo, aprecia loucura, bem não era tão loucura, eu não conseguia me lembrar do som de pastico sendo rasgado. E como nunca tomei anticoncepcional... Era mais do que logico. Um mês desde o acontecido. Um mês de dor que culminaria nisso? Um filho dele... Mais   Também um filho meu.