Fanfic: Triângulo de Estrelas | Tema: Celebridades da televisão
Passava das duas horas quando Angélica se despertou. Estava no sofá, na televisão algum documentário sobre vida animal. A sua frente uma garrafa de vinho pela metade,. Era quarta-feira, a noite do casal. Era uma dica do terapeuta de casais que visitaram em Miami um ano antes havia aconselhado. Pela segunda semana consecutiva Luciano havia perdida aquela noite que deveria ser só dos dois: nada de filhos, jantares profissionais, festas ou gravações. Apenas os dois. Na semana passada, um encontro de última hora com Aécio Neves, que havia acabado de chegar ao Rio e chamou Luciano para uma conversa importante. "Pode ir, amor. Sei o quanto é importante para nossos sonhos de ver você presidente do nosso país", disse a loira. "Você é a melhor coisa que me aconteceu, Angélica. Nunca uma mulher foi tão compreensiva. Obrigado", respondeu Luciano, com sinceridade na voz. Mas hoje era diferente. Luciano tinha alguma gravação cedo, e por mais que não fosse de dar notícias sobre sua agenda, aquela era a noite dos dois, e ele sempre cumpria com sua agenda.
Angélica não aguentava mais. Os rumores das traições do marido eram abafados pela grande imprensa, mas as provas eram mais que evidentes: um olhar atravessado para uma garçonete em um restaurante, um toque discreto mas íntimo na door de uma festa, as ligações telefônicas no meio da madrugada... Para não falar nos sumiços. Angélica acreditava que respeitar o espaço do marido era seu dever, e após anos ao seu lado ela sabia que são muitas as tentações na vida do homem mais carismático do país, empresário de sucesso e dono de um verdadeiro toque de Midas. Mas ainda assim... Não era aquela a vida que ela sonhava para si anos antes. Após as seguidas traições de Mauricio Mattar, que tanto a fizeram sofrer na juventude, ela havia se prometido que nunca mais aturaria traição. Luciano havia sido diferente... no começo. Um verdadeiro príncipe encantado, atencioso, carinhoso. O céu parecia o limite. Ele queria ser mais, e ela se sentia importante ao seu lado. As primeiras traições que ela descobriu a deixaram perturbada, a ponto de arremessar um televisor através da porta de vidro da varanda da primeira casa onde moraram. Mas Luciano havia se desculpado, a bem da verdade ele sempre fora discreto em suas escapadelas... Mas vieram o primeiro, o segundo, o terceiro filho. E o que antes era esporádico, passou a se tornar rotineiro, e a delicadeza de outrora ficou no passado.
Não que o príncipe tivesse virado um sapo, longe disso. Mas ele já não era mais aquele homem que conquistou seu coração. Era um grande homem, admirado por todos, mas não era mais apenas seu. E ela passou a se lembrar que, na verdade, ele nunca havia sido apenas seu, nem nunca a prometera isso.
Ao constatar que havia entregue seu coração em troca de estar perto de alguém que não a amava da mesma maneira, Angélica chorou. Já não havia mais raiva, apenas tristeza.
- Amor, acordada essa hora? - disse Huck com espanto, entrando na sala, iluminada apenas pela luz da televisão.
- Eu quero me separar de você, Luciano. Não aguento mais! - Angélica tentou gritar, mas a voz embargada saiu aos soluços. - Não quero saber com quem você estava, onde, fazendo o quê. Não aguento mais amar uma pessoa que não me ama da mesma forma.
Luciano se aproximou de Angélica, tentando abraçá-la. Angélica, empurrou-o. Ela pode sentir um cheiro forte de álcool e perfume de mulher.
- E esse cheiro de vagabunda? Por favor, dignidade. Me deixa no meu canto.
Luciano se afastou, deu uma volta na sala e acendeu a luz. Permaneceu de costas alguns instantes, e começou a falar com a voz baixa.
- Eu te amo, Angélica, já conversamos mil vezes sobre isso. São muitas as tentações, mas você pode confiar que meu coração é apenas seu. Eu sempre vou voltar. E nunca te enganei quanto ao que sou.
- Eu sei, mas não me basta. O programa, a fama, o país! Você quer tudo. E você consegue tudo o que quer. Você pode ter tudo o que quer. E eu me sinto apenas como mais um troféu na sua coleção.
- Não fale besteira! - Luciano se virou, seus olhos vermelhos arregalados e insanos. Estava agitado e começou a coçar o nariz, fungando repetidas vezes. - Você é minha prioridade. Tudo que sou hoje devo a você e a nossa família.
Angélica desabou ao chão em prantos.
- Não... não sinto que seja o suficiente.
- Deixe de ser egoista! - gritou Luciano, antes de baixar o tom. - Desculpa meu tom, amor. Você sabe como me descontrolo nessas noites.
Luciano se aproximou de Angélica, abraçando-a por trás. Trouxe-a ao sofá e a aninhou em seu peito, acariciando sua nuca. Começou então a beijar seu pescoço, as mãos deslizando por suas costas.
Angélica tremia enquanto chorava. Então começou a falar
- Me perdoa, amor. É que...
- Não diga mais nada. - disse Luciano.
Angélica sabia que muito estava em jogo. Era como se tivesse vendido sua alma em troca da vida dos sonhos, apenas para perceber que seus sonhos não eram tão perfeitos. Não havia para onde fugir. Não que ela soubesse.
Apressado, Luciano começou a despir Angélica, e apenas abriu suas calças o suficiente para colocar o pau pra fora.
- Agora, você sabe o que você quer, não, amor? - perguntou ele.
- Sim. Quero chupar você. - respondeu Angélica, traindo a seus próprios sentimentos. Não, ela não queria chupá-lo. Esse era um desejo de Luciano. Mas ela sabia que nada o dava mais tesão do que ser desejado. Então disse palavras vazias sobre o quanto o desejava, e logo começou a chupá-lo, o pau a meia bomba de tanta bebida ele deveria ter consumido a noite. Angélica olhava os olhos vidrados de Luciano quando ele agarrou seus cabelos e puxou sua cabeça, gozando profundamente na garganta da loira.
Autor(a): marthamarchand
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