Fanfic: Marido e Inimigo | Tema: Vondy

Ela o fitou, preocupada. O que havia de errado, afinal? Ele parecia distante, perdido em seus pensamentos...

Christopher nunca falava sobre o trabalho; escrevia suas reportagens dava por encerrado o assunto.

Fora exatamente por causa dos seus relatos objetivos, que obtivera ótima reputação nos meios jornalísticos. Era famoso por seu estilo conciso, livre de adjetivos e parágrafos longos.

— O jornal sabe que você voltou?                                              

— Claro! — Eles estavam me esperando, hoje.

— Bem, pelo menos alguém sabia.

— Está zangada por que eu a surpreendi?

— Não era para menos!

— Você quase morreu de susto?

— O que é que você acha? — Ela perguntou furiosa ao se lembrar do terror que sentira quando o encontrara em sua cama. — Eu não fazia idéia de que era você. — Há semanas que não vejo ninguém da reportagem.

— Não se arrependeu?

— Não. — Não tenho saudades de lá. — As coisas são mais fáceis na seção feminina.

— Deve ser muito chato.

Christopher deu mais uns goles no café. Ele estava super bronzeado, como sempre, e seus olhos azuis pareciam ter luz própria, de tão claros.

— Vamos acabar com essa conversa bem comportada? — Interveio Dulce. — Ainda não falamos sobre o principal. — Foi muita petulância de sua parte ter entrado no meu apartamento e deitado na minha cama, sem me consultar.

— Mas você não estava aqui. — O apartamento estava vazio.

— Por que não me telefonou?

— Cheguei às nove horas da noite — respondeu ele, sarcástico. — Escute, se eu tivesse pedido sua permissão, o que é que você me diria?

— Que não dava, de maneira nenhuma! — A admitiu, encarando-o.

— Está vendo? — Foi exatamente isso que eu pensei. — Bom, se a discussão acabou...

Christopher levantou-se da poltrona; por um instante, o robe de cetim abriu-se, mostrando a coxa musculosa. Dulce baixou os olhos depressa.

— Ainda não acabei. — Você parece que não quer entender. — Não devia ter vindo para cá.

— Agora esta é a minha casa. — Faça o favor de pegar suas coisas e ir embora.

Christopher bateu com força a caneca sobre a mesinha, assustando-a.

— Escute aqui: eu vou voltar para a cama. — Podemos discutir sobre isso amanhã. — Vou dormir e ponto final. — E nada de me acordar cedo. — Levantarei quando quiser.

Dulce seguiu-o, trêmula de raiva. Agarrou-o pelo braço, cravando as unhas no cetim macio.

Sempre se achara uma pessoa suave, pacata. Mas Christopher Uckermann entrara em sua vida para lhe provar o contrário, deixá-la a ponto de perder a cabeça e querer agredir todo mundo.

— Você está se esquecendo de uma coisa! — Gritou possessa.

Será que ele também iria ignorar o fato de estarem se divorciando?

Christopher mordeu os lábios com ironia.

— É verdade — disse ele. E puxou-a com força para si.

— Você não ousaria! — Disse Dulce.

Mas os lábios tentadores já tocavam os dela, beijando-a com muita sensualidade.

Dulce tentou empurrá-lo, mas alguma coisa fez com que hesitasse. Sentiu um calor gostoso, excitante, correndo por suas veias.

Christopher aproveitou a hesitação para apertá-la ainda mais contra si, de modo que ela sentisse completamente a força de seu desejo. Tremendo, Dulce conseguiu se safar, passando a mão sobre os lábios.