Fanfic: Da ficção para realidade! | Tema: Rebelde/ AyA

POV Anahí

O estúdio de fotos da Televisa era extremamente grande. Tinha varias salas separadas com portas onde tinham cada uma tinha os equipamentos para as fotos. Nós estávamos na área principal, que era como essas salas, mais bem maior. Além de ter a parte das fotos, também tinha as portas para os vestiários, as cadeiras pra arrumar cabelo e fazer maquiagem. Tudo muito bem organizado.

Eu estava com os cabelos cacheados e com a franjinha caída sobre a testa. Dulce estava com o as mexas vermelhas e laranjas cacheadas, contrastado com o restante do cabelo liso. E Maitê estava com o seu cabelo liso – n-a-t-u-r-a-l. Muita inveja! J Todos nós usávamos o uniforme de Rebelde.

Enquanto nós meninas terminávamos de nos arrumar, os meninos já tiravam as fotos deles três juntos. Logo foi a nossa vez. E depois de alguns longos minutos, fomos para as fotos em grupos. Os fotógrafos falavam tudo o que tínhamos que fazer – como sorrir, quem abraçar, que pose fazer - e isso me deixava extremamente nervosa. Eu achava que foto deveria ser espontâneo e não seguindo um roteiro.

- Muito bem meninos – Damiao falou após o ultimo flash. – Agora vamos tirar as fotos individuais e dos casais. Mais para agilizar, cada um vai pra uma sala. Dul e Ucker vão pra sala A, Chris e May pra B e Poncho e Any pra a C. – Já se passavam da 10:30 e a sessão de fotos precisava acabar, pelo menos, até as 12:00 - visto que os fotógrafos paravam nesse horário. Por isso Damiao estava agitado.

Cada um foi pra sala designada. Assim que cheguei um rapaz muito simpático nos recebeu e se apresentou como Carlos. Ele era bem diferente dos outros fotógrafos, pois não era carrancudo e serio – ele era divertido. Na verdade eu até concluiria que ele era gay, se sua esposa não estivesse ao seu lado.

Carlos preferiu começar por Alfonso. Ele estava ali ora sorrindo, ora fazendo cara de sério. De lado. De frente. Pulando. De qualquer jeito, eu sempre me pegava observando cada detalhe de Poncho. Ele realmente era muito lindo. Mais eu tentava disfarçar pra não ficar parecendo uma tonta olhando fixamente pra ele. Por isso resolvi beber uma agua. Logo foi a minha vez. Muitas vezes eu sorria, outras ficava séria, ou tentava fazer cara de “patricinha feliz” como dizia Carlos. Eu tentava parecer tranquila, mais ficar fazendo poses na frente de câmeras e na frente de um monte de gente não era tão fácil assim. Mais alguns minutos e acabou a minha parte e Carlos anunciou o inicio da tortura.

- Agora as fotos do casal. – Carlos disse ajustando alguma coisa na sua câmera, enquanto Poncho vinha em minha direção. Meu coração começou a disparar e sentia que minhas mãos queriam tremer a todo custo, mais eu me esforçava pra manter o controle. – Bem Damiao me disse que os seus personagens vivem em pé de guerra..então- Ele olhava alguns papeis. Talvez fossem alguns procedimentos que ele devesse seguir, já que Damiao não poderia ficar todo o momento ali com a gente – afinal ele tinha mais quatro pessoas pra supervisionar em outras salas. – Bem vamos começar com poses sérias e sem muito romantismo. – Ele falou nos olhando. Se eu pudesse levantaria as mãos pro alto agradecendo aos céus. “Sem muito romantismo” era muito bom ouvir isso, apesar de saber que não duraria por muito tempo. – Ótimo. Vamos pra parte romântica. – Ele falou animado.

Animação não era bem o que eu estava sentindo no momento. Eu já estava desconfortável em relação às fotos, imagina ter que fazer poses românticas com o Poncho. “Se fosse com Chris tudo seria tão fácil”. Com Chris eu me sentia a vontade, ele era o meu irmão, e fazer qualquer coisa com ele seria mais fácil. “Seria mais engraçado do que romântico”  continuava pensando, enquanto Carlos ajustava outra vez algo na câmera.

Sai totalmente dos meus pensamentos quando senti o braço de Poncho envolvendo na minha cintura. Eu olhei um pouco assustada, afinal por essa eu não esperava. Ele me puxou pra perto dele, eu acabei colocando a mão em suas costas. Tomando muito cuidado pra não abraça-lo totalmente, porque assim ficaríamos muito próximos e com certeza isso me deixaria mais nervosa do que eu já estava. Sorrimos e olhamos pra câmera esperando mais um flash. Poncho inclinou um pouco a cabeça pro lado, ainda olhando pra frente, ficando próximo de mim.

- Você está desconfortável com as fotos ou o problema é comigo? – Minha vontade era dar uma risada histérica e nervosa e negar mil vezes esse pergunta dele. Tá tão na cara assim?, perguntei a mim mesma. Eu poderia dizer a verdade e responder “Os dois”, mais não faria isso. Poderia até esculachar ele dizendo “Você não me afeta em nada”, mais tive medo de dar muito na cara a minha mentira. O olhei e comecei a tentar falar algo.

- Não..é..eu..isso é por causa das fotos. Não me sinto a vontade com isso. Acho que deva ser algo espontâneo. – Droga eu gaguejei. Bela mentirosa você ein, Anahí . Ele ergueu as sobrancelhas e franziu a testa, desconfiado. – Não é nada com você, sério. Nada a ver. – Eu tentava convencer mais a mim mesma disso do que a Poncho. Ele continuou ainda com a expressão de desconfiança, o que me fez gelar mais ainda. Era tão perceptível assim que eu estava mentindo? Eu sou uma atriz deveria mentir muito bem!

- Então porque não me abraça?- Ele me olhou sorrindo de lado. Não sabia o que responder, porque afinal se “ELE” não era o problema porque não abraça-lo. Eu não conseguia encara-lo, então ele tomou a iniciativa e me puxou pra perto dele. Acabei passando meu braço por suas costas. Nossos corpos estavam um do lado do outro, colados. Ele apertava a minha cintura, como se tivesse medo que eu fugisse. Eu podia sentir o seu perfume, tão cheiroso, tão masculino e tão bom. – Não se preocupe com as fotos. Elas vão ficar boas. Eles tem foto shop. – Poncho tinha um sorriso nos lábios. Ele estava caçoando de mim nos nosso segundos de intervalo. Eu precisava revidar aaltura.

- Só se for pra corrigir a sua cara neh – Falei, me soltando dele – obedecendo aos sinais de Carlos, pra nos afastarmos. Meu tom de voz era de brincadeira, mais mesmo assim me mantive séria – só de fingimento.

- Por que você é tão má comigo? – Ele perguntou fazendo voz de vitima. Eu não o olhava, estava atenta aos movimentos de Carlos, que falava com sua esposa. “Sou má com quem merece” foi o que lhe disse. – E eu mereço? – Eu olhei pra Poncho pronta pra dizer “Merece sim” e continuar brincando com ele, mais tudo foi por agua abaixo quando o olhei. Ele fazia um olhar de cachorro pidão, totalmente irresistível! Minha vontade foi de ficar admirando ele por horas, ficar próxima dele, e..Anahí pare agora!. Respirei fundo fingindo não ter fraquejado com aquele olhar e com aquele rosto, lindos.

- Só um pouco. – eu falei, usando uma das mãos pra mostrar o “pouco” e com um sorriso. Carlos chegou perto de nós, acompanhado de Damião – que parecia mais afobado do que antes.

- Quero que fiquem um de frente pro outro, se encarando e sorrindo. E quero mais romantismo por favor. -Damiao falou sério. Assentimos e logo que eles voltaram pro seus lugares, Poncho já envolveu sua mão em minha cintura e me puxou pra ele – meio brutamente. “Ainda por cima ele tem pegada” Ouvi o comentário pervertido que veio em minha mente, e logo me repreendi. São cômicas as minhas brigas internas!

Fiquei sem reação na hora. Tentei me afastar um pouco dele, mais sua mão permaneceu firme e forte em minha cintura. “Sorrindo um pro outro agora”. Carlos falou. Eu abri um sorriso beeem forçado, já que não estava nada a vontade com a situação.

- Relaxa Any – Poncho falou baixinho pra mim. – Só sorria como se estivesse amando esta situação. – Balancei a cabeça negando. “Não consigo fazer melhor do que isto” falei antes de abrir um sorrisinho forçado. ­– Nem se eu fizer isso? – Ele perguntou e em seguida fez uma careta muito engraçada. Acabei gargalhando. E ele também, com um olhar vitorioso. Depois de algumas fotos nessa posição, Carlos pediu que trocássemos.

“Abrace ela por traz, Poncho”. Ele disse, enquanto mostrava alguns papeis pra Damião. Meu corpo paralisou quando Poncho delicadamente passou seus braços envolta de mim, me apertando um pouco. Incrível como ele estava à vontade, parecia até que aproveitava.

No momento eu estava em uma briga interna sobre colocar a minha mão sobre as suas. Eu precisava por, mais eu estava meio travada e não conseguia. “Você tem cocegas?” Poncho sussurrou no meu ouvido. Eu tremi. Já achava sua voz linda, mais ela perto do meu ouvido ficou melhor ainda. E não entendi o porquê da pergunta e antes que eu pudesse falar algo do tipo “Como?” ou “Por quê?”, senti Poncho fazer cocegas na minha barriga. Eu gargalhava e me contorcia pra tentar o fazer parar. Mais ele era esperto e forte demais. Com uma mão ele me segurava e com a outra ele fazia as cocegas. Coloquei minhas mãos sobre a dele não intuito de para-lo. Mesmo assim, alguns dos seus dedos livres se movimentavam e me soltavam largos sorrisos. E a câmera capitava tudo.

Assim que Carlos terminou, me soltei rápido de Poncho e o olhei. Ele gargalhava.

-Ta maluco? Porque fez isso? – eu perguntei rindo. “Você disse que queria algo espontâneo” ele disse erguendo as mãos em defesa. – Eu disse. Mais não era pra você ficar fazendo assim e assim..- Eu falava e comecei a relar em sua barriga, fazendo lhe cocegas também. Ele tentava segurar as minhas mãos para me parar, mais não conseguia, porque estava rindo. Eu continuava com a brincadeira, até que ele agarrou a minha mão e me puxou pra ele. Envolvendo a minha cintura com a outra mão. Eu continuava rindo.

- Para! – Ele disse pela milésima vez. Estávamos ofegantes. Vi que sua boca estava próximo da minha e isso fez o meu sorriso sumir. Cresceu em mim uma vontade enorme de beija-lo. Ele fixou seus olhos em minha boca por alguns instantes e em seguida foi para os meus olhos. Vi em seu olhar algo diferente. Pareciam desejosos. Ele queria me beijar? Esse pensamento correu pela minha mente e ficou ali.

“Ótimo, continuem assim. Essa posição está ótima.” Eu ouvi alguém dizer. Estava tão ligada no momento que nem fiz questão de discernir se era Damiao ou se era Carlos. “Agora encostem as testas”. Rapidamente Poncho fez isso, sem tirar os olhos de mim. Na verdade ele revezava entre olhar pra minha boca ou pro meus olhos. O que me deixava mais confusa.

Ainda tentávamos desacelerar a nossa respiração – que cada vez mais se normaliza. Mais estranhamente eu ainda não estava calma. Meu coração estava disparado. Minha mão esquerda estava no peitoral de Poncho e a outra estava solta, mais logo senti a mão de Poncho pegar nela e entrelaçar os nossos dedos lentamente. É tudo atuação. Tudo pelas fotos. Eu pensava. Alfonso era profissional, lógico que estava fazendo isso pra ficar romântico pelo personagem. Mais me dei conta de que as nossa mãos entrelaçadas não iriam aparecer nas fotos, por estarem do lado oposto. Não importava como essas mãos estivessem, elas não apareceriam pras câmeras.Então porque pegou a minha mão?              Eu estava sendo espontânea nos meus atos. Não era pela Mia. Era por mim. Eu queria aquilo. Mais e pra Poncho? Será que isso era real ou pura atuação?   

Hey..Demorou mais chegou..kk

Foi muita sacanagem eu terminar assim neh? Mais vamos fazer um trato? O proximo capitulo está quase proto, por isso eu consigo terminar ele amanhã. Se vcs comentarem bastante.. eu posto ele amanha mesmo. Que tal? Mais tem que comentar..Ok?

brendacocatti, rbd_annie_jb, gabriellef_, franmarmentini: Obrigada por gostarem da fic e por me darem tanto apoio..Amo seus comentarios e os seus surtos..