Fanfic: Da ficção para realidade! | Tema: Rebelde/ AyA

POV Anahí

Eu andava de um lado pro outro repetindo diversas vezes “não, não, não”. Lugares fechados me dão calafrios. Me falta o ar, as paredes parecem se fechar e o lugar fica cada vez mais pequeno. Eu sabia que era coisa da minha cabeça, mais parecia tão real. Eu não parava de falar e de andar de um lado pro outro. Ouvia a voz do Poncho bem distante dizendo “calma Any”, mais eu estava com tanto medo que nem prestava atenção. Só quando senti ele me puxar com força e me prender, envolvendo um braço em minha cintura, enquanto minhas mãos estavam em seu peito e meus olhos o olhavam assustados com a ação repentina.

- Anahí! Fica calma, tá legal! – Ele disse sério e me olhando profundamente. Em outras circunstancias talvez eu ficasse tremula por estar tão perto de Poncho, por sentir o seu perfume e olhar fundo em seus olhos oliva. Mais naquele momento o fato de estarmos presos em um cubículo não me permitia sentir nada além de medo. – Pare de andar de um lado pro outro e ficar falando sem parar. Já está me deixando louco!

- Ai Alfonso só que não dá. Não dá. Estamos presos aqui. Vai saber lá até quando. São noves metros de altura. E se esse negocio despenca? As paredes estão ficando pequenas e.. - Não pude falar mais nada porque Poncho me interrompeu com um beijo. Ele uniu os nossos lábios de maneira rápida, porem, ao mesmo tempo delicada. No susto bati minha mão tentando impedi-lo, mais ele só apertou mais a minha cintura. Ele pediu passagem para sua língua e eu cedi. Cedi, aproveitando o beijo. Deslizei uma de minhas mãos pelo seu pescoço e a outro e coloquei em seu rosto. Isso o fez sorrir durante o beijo.

Eu estava aproveitando uma das melhores sensações da minha vida. O meu melhor beijo. O beijo que eu queria tanto, a tanto tempo. Era um beijo calmo e carinhoso. Poncho segurava a minha cintura e eu acariciava seu rosto lisinho e perfeito, seu cabelo, sua nuca.  Sua língua confrontava com a minha e descobria cada parte da minha boca e eu fazia o mesmo. Não pensava em mais nada – só na estranha alegria que eu estava sentindo por estar beijando Alfonso Herrera. Não tinha amigos, não tinha Poncho pegador, não tinha banda, não tinha elevador quebrado. Só existia eu e Poncho. Sem consequências, sem banda, sem ensaio..

Ensaio. Essa palavra me fez acordar desse momento magico. Lembrar da minha relação com Poncho, da minha resistência a meu sentimento por ele. Eu tinha que parar aquele beijo e foi o que eu fiz. Empurrei Poncho e me soltei dos seus braços. Nossa bocas estavam inchadas devido ao beijo e nos encarávamos.

- Por que fez isso? – Perguntei ainda respirando ofegante. Nem tinha me dado conta que precisava de ar. Ele engoliu seco e manteve a postura calma.

- Foi o único jeito de calar você. – Ele disse dando de ombros. Tive impressão que ele estava fingindo indiferença, mais foi só impressão. – E pelo visto funcionou, neh? – Ele disse com um sorriso malicioso que me fez ferver de raiva.

- Também, com a sua língua enfiada em minha boca, como queria que eu falasse? – Falei um pouco alterada, mais Poncho permanecia com o sorriso malicioso.

- Nem vem que você gostou que eu sei. – Ele disse convencido. Não podia acreditar que eu tinha gostado de beijar um cara tão convencido assim. Por mais que ele tivesse razão – eu tinha gostado – ele não precisava e nem podia saber.

- Nada a ver. Quem me beijou foi o senhor. Podia só ter gritado um “CALA BOCA”, ou ter tapado minha boca com a mão. Mais nãooo tinha que me beijar, não é? – Eu disse falando e gesticulando. Eu estava estressada, mais Poncho continuava com o sorriso malicioso e mais aberto ainda.

- Sabe como é neh. Temos que unir o útil ao agradável. – Ele disse. Talvez eu devesse ter ficado feliz, afinal ele confessou que queria me beijar. Mais o tom que ele usou foi de um cara pegador que beijou mais uma e isso me deixou profundamente nervosa.

- Você se aproveitou do meu momento de fragilidade. – Eu disse incrédula. Ele sorria amando a situação e minha reação negativa em torno disso. – Quer saber. Eu não sou obrigada a ficar aqui conversando com o senhor. 

Fui em direção a minha bolsa que estava no chão, em um dos cantos e já estava a pegando quando me lembrei de que estávamos presos. Olhei pra Poncho e seu sorriso malicioso havia sumido, dando ugar a um sorriso tímido de lado. Foi então que entendi a jogada de Poncho. Ele queria me distrair com a discussão pra que eu não ficasse com medo. E realmente havia funcionado. Pena que agora eu me lembrava de tudo e o medo já estava voltando.

Hey voltei...Gostaram??

Acho que ainda nessa semana eu apareço. :) Beijus Lindezas

franmarmentini: Seu desejo foi realizado! *-* kkkk

rbd_annie_jb: E vc voltou!! Eu entendo. As provas são complicadas mesmo. Espero que esteja indo bem em todas! Não só o sorriso, as intenções tbm sao maliciosas kkkk Postado! bjus!

hannaponny: Postado linda! Até que veio os beijos kkkk