Fanfic: Da ficção para realidade! | Tema: Rebelde/ AyA

POV Anahí

Aquele fim de semana depois da festa passou muito lentamente. Na segunda eu levantei cedo e fui pra emissora. O meu plano era me desculpar com Poncho logo pela manhã. Fui em direção ao seu camarim. Bati na porta umas duas vezes, e mesmo sem nenhum convite, eu entrei. O camarim de Poncho era igual ao meu, o que mudava era que era cheio de CDs de rock e pop. Havia um violão e algumas partituras no canto. Minha curiosidade me levou a pega-las. Eu não sabia que Poncho compunha, ele tinha talento a melodia era muito bonita.

- Posso saber o que você tá fazendo aqui? – A voz de Poncho me assustou, fazendo derrubar todas as folhas no chão. Ele estava parado no batente da porta me olhando com a expressão seria.

- É..é..desculpa Poncho. Eu não queria ficar fuçando, é que..- Eu comecei a falar enquanto eu catava todas as folhas.

- Ah é. Mais não é o que ta parecendo. O quer aqui em? – Ele disse entrando e fechando a porta, enquanto eu ajeitava as folhas sobre a mesinha. Respirei fundo. Eu havia treinado o fim de semana inteiro pra aquilo, mais eu já tinha esquecido tudo.

- Bem é que..Poncho eu vim me desculpar. – Eu falei e Poncho arregalou os olhos e depois cruzou os braços esperando por mais. – Eu fui muito grossa com você na festa. E você só queria me ajudar. E mesmo assim, você ainda me salvou de uma boa, Chris me contou. Obrigada.

Poncho balançou a cabeça olhando pro nada. Eu não estava entendendo sua reação. Ele me olhou.

- Não foi nada. Mais sabe, eu queria entender uma coisa. Porque vc sempre me julga? Sempre fica brava comigo e me coloca como um canalha? – Ele perguntou seriamente. Aquilo me pegou de surpresa. Tentei deconversar, dizer que foi por eu estar brava. – Ae? Entao me diz, porque você ficou brava comigo? Ein?

- É que..já disse que não foi nada. Me desculpe Poncho. Por favor. – Eu disse. Não podia dizer nada mais, porque implicaria contar os meus sentimentos. Poncho suspirou e abriu um pequeno sorriso.

- Tudo bem. Eu também não fui a melhor pessoa. Me desculpe. – Ele disse sorrindo. Nós apertamos as mãos e ele me puxou pra um abraço. O cheiro dele era contagiante. – Tudo certo, nervosinha?

Eu ri com o apelido. Nós saímos do camarim conversando, ele me perguntou o que tinha acontecido com o Felipe. E nós dois rimos quando eu disse que ele fugiu do Chris. Não que Felipe fosse fracote, mais Chris tinha um super músculos e era alto. Isso já foi o suficiente pra Felipe pensar duas vezes antes começar uma briga. Seguimos ate o estúdio de gravação e ficamos por lá ate o fim da tarde.

(..)

O dia passou tranquilo. Mais eu não conseguia tirar a musica do Poncho da cabeça. As notas se uniam na minha cabeça formando um ritmo que me lembrava muito a uma composição minha. Fui ate a sala de ensaios.

Cheguei lá e comecei a cantarolar as notas que eu lembrava da pauta de Poncho, colocando a minha letra na melodia.

- “Salvame del olvido, salvame de la soledad, salvame del hastío. No me dejes caer jamás.”- Ouvi palmas que vinham da porta. Olhei em direção a ela e lá estava Poncho, me olhando com uma expressão indecifrável.

- Acho que conheço essa musica. – Poncho caminhou até mim e se sentou em minha frente.

- Ai Poncho, me desculpa. É que eu não consegui tirar ela da cabeça. É muito bonita. – Falei assim sem pensar, o que fez Poncho sorrir.

- Não. Tudo bem. È que eu fiquei surpreso em ouvir. Ainda mais com uma letra acompanhando. Compôs agora? – Ele perguntou sorrindo.

- Não. Ela é antiga, mais acabei a encaixando com sua melodia. Foi só essa parte, nada de mais. – Falei dando de ombros. Mais Poncho não se convenceu e continuou me encarando. – Não tem importância. É que eu lembrei, só isso.

- Então me mostra. Quero ver. Afinal sou o dono da melodia, tenho esse direito. – Neguei um monte, mais Poncho insistiu tanto que acabei cedendo. Ele pegou o violão e começou a tocar a melodia. E eu fui cantando a musica. Incrível como se encaixaram perfeitamente.

Poncho não parou de me olhar em nenhum momento, e eu também não perdi esse contato visual. No fim ele sorriu pra mim, me deixando um pouco sem graça.

- Uau! Muito linda essa musica. Você realmente sabe compor.- Poncho disse colocando o violão em cima da mesa. Sorri e agradeci envergonhada.

- Você também tem ótimas composições. Por que nunca mostrou pro grupo? – Perguntei me recostando no sofá. Poncho sorriu e soltou um suspiro.

­- Ah nem são tao boas assim. Precisam de letra. E isso eu não sei fazer. Não tenho algo que me inspire a isso, sabe. – Ele disse desanimado. E o olhei confusa. E disse que também não tinha nada que me inspirasse a escrever, simplesmente ia lá e escrevia. – Não. Você tem sim. Você escreve de acordo com os seu sentimentos, é isso que te inspira.

- Como chegou a essa conclusão? – disse surpresa. Realmente eu descrevia os meus sentimentos nas musicas, mais nunca esperei que alguém entendesse isso. Poncho sorriu.

- Porque eu sei. A musica que você acabou de cantar, por exemplo, pede pra alguém te salvar. Você deveria estar muito triste ou passando por algo muito serio. – Fique boquiaberta com o que acabara de ouvir. Não gostava de contar isso a ninguém, mais acabei não resistindo.

- Nossa você é bom hein. Sim estava triste e com problemas. Eu escrevi essa musica assim que descobri que tinha anorexia nervosa. – Falei, me controlando pra não encher os olhos de lagrimas. Poncho maneou a cabeça entendendo e pediu desculpas – sabia que aquilo não era fácil pra mim. ­– Tudo bem. Mais e o que te inspira a compor as melodias?

- Hum não sei. Em geral eu toco assim quando quero um tempo pra relaxar. Vou tocando, tocando e quando vejo já estou anotando as notas na pauta. – Ele disse rindo. – Ainda não encontrei algo que me prendesse tanto a ponto de me fazer escrever. Deixo isso pra você nervosinha. – Eu ri com seu comentário e concordei. Disse que ele precisava me mostrar mais melodias pra que eu pudesse compor as letras, mais ele disse que queria ver as minhas letras, primeiro. Ficamos nessa pequena discussão ate q Chris chegou.

- Ensaio? E nem me chamam neh seu mancadas! – Eledisse fingindo estar ofendido. Dul, Mai e Ucker chegaram logo atrás concordando com o comentário.

- Não me culpem. A Any que começou a cantarolar aqui e eu ouvi. – Poncho disse se defendendo. Todos riram e começaram a se sentar nos sofás.

- Entao mostra ai a musica Any. Quem sabe não vira sucesso igual ao Solo Quedate em Silencio. – Dulce disse animada. Olhei pra Poncho envergonhada, não queria mostrar aquela musica pra todo mundo. Poncho me olhou com cumplicidade, balbuciou um “Não se preocupe” que não sei porque me deu coragem.

- Ucker bobo, porque a gente não mostra aquela musica que voce fez. Ai depois a Any canta a dela, pode ser? – Poncho disse, piscando pra mim. Eu sorri pra ele. Simplesmente era impossível não me encantar cada vez mais com o jeito fofo com que ele me tratava.

Hey galeraa..mais um ai pra vcs! Bjus ate o proximo!

mirella_ponny: Oi Mi..seja bem vinda! Pode deixar, logo logo teremos mais beijos u.u *-*

franmarmentini: Uau..3 vezes! Q legal! Valeu por gostar tanto da fic Fran *-* logo temos mais!

beca: Postado linda! Continue comentando *-*

francielle_oliveira: Sempre brigando neh kkk Poncho ficou preocupado e com ciumes tbm haha *-*

tcfreitas: Dois teimosos neh. Momentos fofos saindo logo logo *-*

cassia: Oi..seja bem vinda! Postado flor *-*