Fanfic: Da ficção para realidade! | Tema: Rebelde/ AyA

POV Anahí

As musicas fizeram sucesso. A musica de Ucker era animada e na saia da cabeça. A minha também não ficou atrás, logico que como foi de ultima hora precisava de alguns ajustes.

- Linda essa canção Any. Tão romântica! – Dulce disse, cantarolando a ultima frase, o que nos fez rir.

- Com certeza. Damião vai amar quando ouvir essas musicas. – Chris disse todo animado. Isso me deixou meio tensa. Aquela musica mexia tanto comigo, não imaginava ela sendo cantada pras pessoas. O pessoal foi saindo aos poucos da sala de ensaios, eu ia junto com May, mais Poncho discretamente segurou meu braço pedindo pra que eu ficasse pra traz com ele.

- Any desculpa. Olha eu sei que essa musica tem um significado pra você, e se não fosse por mim você não teria que mostra-la pro pessoal aqui. Entao se você não quiser mostrar tudo bem. Eu mesmo explico o motivo. – Poncho falou. Percebi que ele estava preocupado com isso. Fiquei alguns segundos olhando pra ele e refletindo naquilo.

Quando eu estava me tratando da anorexia, minha avó (mãe do meu pai) me dizia sempre a mesma frase: “Nunca desista, nem negue as coisas por conta do que você está passando. Porque isso é ter medo de viver, de continuar apesar de tudo.” Foi aquilo que pensei quando tomei minha decisão.

- Não precisa se desculpa Poncho, nem falar com ninguém. Eu quero mostrar essa musica. Não posso mais ter medo disso que ocorreu a tanto tempo. – Eu falei enquanto via um sorriso se abrir no rosto de Poncho. Um sorriso, que se eu não estivesse enganada, era de orgulho. Foi isso que ele me confirmou assim que passou o braço pelo meu pescoço e fomos saindo da sala de ensaio.

(...)

Os meses estavam voando. Fazia uma semana que o CD havia sido lançado nas lojas, e as vendas estavam bobando. Agora toda sexta após as gravações e os sábados de manha, tínhamos ensaio. As coreografias já estavam criando forma, a nossa primeira apresentação oficial como banda, estava chegando. Tambem estava chegando o aniversario de Ramon.

Ele fazia o Tomás na novela, e o seu aniversario iria ser o fim de semana inteiro. A festa seria na chácara dos tios dele. Começaria no sábado a tarde com um churrasco que se estenderia até o domingo. Iria ser animado, todo mundo iria dormir lá.

May passou as 15h pra me buscar pra irmos. A chácara ficava na entrada da cidade e era enorme. Tinha um big piscina. Que não demorou muito, todo mundo se jogou nela. Eu e Chris ficamos na beirada olhando um casalzinho que estava na mesa.

- Aqueles dois ein. Não sei não! – eu falei pra Chris que começou a rir e concordar comigo. A gente tava se referindo a Dulce e Ucker, que estava numa mesa, e não paravam de conversar, com troca de olhares, risinhos.

- Ela é linda. Duvido que ele não esteja investindo. – Chris falou. Foi quando eu o questionei se Ucker nunca havia comentado de Dul pra ele. – Não, nunca. Acho que ele é bem reservado quanto a isso. Ou ainda não adquiriu aquela confiança sabe. Afinal a gente conhece a Dul a muito mais tempo. – Concordei com Chris, e nós continuamos fitando os movimentos do casal, que não saiam da mesa.

O dia continuou tranquilo até eu perceber uma coisa. Poncho havia sumido e Belinda também. Não que eu o tivesse vigiando, mais era estranho eles sumirem, ainda mais juntos. Eu tinha visto o Poncho algumas vezes na festa, ele preferiu ficar jogando cartas, que ficava longe da piscina, mesmo assim dava pra ve-lo. Mais já fazia um tempo que eu não o via mais. Nem a Belinda. Isso me incomodava tanto. Me chateava tanto.

Resolvi sair da piscina, tanto pelo meu desanimo quanto pelo fato de já estar tarde. May e eu fomos aos vestiários e depois fomos ao nosso quartos, pra nos arrumarmos depois do banho. Voltamos depois de alguns minutos, extremamente cansadas. Quase todo mundo já tinha saído da piscina e Poncho não tinha aparecido. Nem Belinda.

May me chamou pra ficar na mesa com ela e as meninas, mais soltei um migue e fui sentar sozinha. Com o dia escurecendo, as musicas começaram a ficar mais altas e uma pequena baladinha começou a nascer. Os meninos começaram a dançar e a chamar as meninas. Era incrível como eles estavam no pique. Devia ser os energéticos que estavam rolando soltos pela festa.

Chris me chamou pra dançar uma musica, tipo um forró. Apesar de amar aquilo, eu não sabia dançar direito, e também não estava a fim de dançar.

- O que foi Any? Você ama dançar. E eu sei que você aprende fácil. Vamos? – Ele insistiu, mais eu voltei a recusar. Não queria sair dali. Ele soltou um suspiro. – Olha eu vou deixar você ter o seu momento, mais depois a senhorita vai me contar o que está acontecendo. Combinado? – Eu assenti concordando. Depois teria que inventar alguma desculpa, porque apesar de confiar em Chris, eu não queria contar que o verdadeiro motivo era Poncho.

Fiquei ali só vendo o pessoal dançar e se divertir. Até que sinto que alguém está sentando do meu lado. A surpresa: era Poncho. Estava louquinha pra perguntar onde ele estava, mais preferi ficar na minha. Afinal ele não me devia satisfações.

- Bora dançar? – ele pergunta esticando a mão pra mim. Eu disse não pra ele também. Mais mesmo assim ele levantou e me puxou. Segurou firme na minha cintura, pra que eu não saísse.

- Poncho me solta. Eu não sei dançar isso. – Eu disse tentando me soltar. Mais ele me apertou mais e disse que iria me ensinar. Acabei cedendo.

- É fácil. Só dois pra lá, dois pra cá. Pronto. Agora a gente se afasta e se aproxima. E pra terminar o giro. – Ele foi fazendo tudo isso enquanto fala. Depois que ele me rodou, ele me puxou de volta e eu fiquei bem próxima de sua boca. Foi ai que pude sentir o cheiro forte de álcool em seu hálito. Alfonso tinha idade pra beber, mesmo assim pelo cheiro, parecia que ele tinha tomado todas.

- Poncho, quanto que você bebeu hoje? – Perguntei a ele. Estava preocupada, ele poderia passar mal. Mais ele não se preocupou com isso. Fechou a cara, suspirou e saiu. Acabei indo atrás dele.

Não sabia muito bem que rumo Poncho havia seguido, então fui procura-lo nos lugares mais óbvios e o encontrei em seu dormitório. Ele estava sentado na cama, ao lado de uma garrafa de vodka que estava vazia. Aquilo respondeu minha pergunta.

- Desculpa. Acabei exagerando na dose sim. Eu briguei com o meu irmão antes de vir pra cá e agora pouco ele me ligou falando mais merda pra mim. – Ele disse, enquanto eu me sentava ao seu lado. – E todo mundo fica me perguntando isso, de quanto eu bebi. Já cansou já. Mais eu não devia ter feito aquilo. Me desculpa mesmo.

- Não. Tudo bem Poncho. Eu fiquei preocupada. Mais o que aconteceu entre você e seu irmão? Quer conversar sobre isso? – Eu perguntei a ele, que finalmente desvio o olhar do chão e me olhou.

- Meu irmão acha que eu tenho que ser como ele sabe. Mais enfim não quero falar sobre isso. Deixa quieto. Valeu. – Poncho falou desanimado. O olhar dele estava tao triste que me cortava o coração só de ver.

- Poncho não fica assim. Olha eu também brigo muito com a minha irma. Mais tenho certeza que seu irmão só quer o seu bem, e que ele te ama como você. – Eu falei tentando consola-lo. Ele acaba me abraçando e sussurra um “obrigado” no meu ouvido. Ao nos separarmos estávamos tao próximos que Poncho fez menção pra me beijar, porem eu recuei. – É..É..porque você não continua a me ensinar a dança? – Falei me levantando.

Eu queria beija-lo, mais sabia que era errado. Por isso recuei. Por isso me levantei e fui mudando de assunto. O que fez Poncho sorrir e suspirar. Se levantou e nós voltamos a dançar ali mesmo no quarto.

- Não deveriamo voltar pra festa? – Perguntei, mesmo querendo ficar ali com ele. Só eu e ele. Ele simplesmente negou com a cabeça e ficou me encarando. E não desvie, mantive aquele contato. Até que Poncho se aproximou.

- Não. Aqui está muito mais interessante. – Ele disse pegando o meu rosto e me beijando. Um beijo desejoso, carinhoso que eu não demorei nem um pouco a retribuir. 

Hey Floress..o que acharam? Comentem!! Até mais, beijuss *--*

tcfreitas: Sao lindos mesmo *-*