Fanfic: Meu querido diário [...] | Tema: Romance, Adolescencia

Eu chego a pensar tanto que as vezes é como se meu pensamento fosse um diário, onde eu conto e guardo tudo o que eu sinto. Pensar... é exatamente o que eu estou fazendo agora enquanto aguardo dar o horário para entrar no avião e finalmente ir para o Rio de Janeiro, dessa vez, para morar.

Acabei de me formar no 9º ano, e esse ano começo uma etapa nova na vida. Queria ir para algum colégio no qual eu pudesse ficar em casa todos os dias, sem ter que morar no colégio durante a semana, mas parece que não é isso o que papai quer, ele é um homem muito ocupado com seu trabalho, que eu admiro muito já que é na aréa da moda... o que eu mais gosto na vida, moda e música... mas queria que ele tivesse mais tempo para mim, e não precisasse me mandar para um quase internato. Não sei como vai ser daqui para frente. É estranho pensar que daqui uma semana eu vou estar morando em um colégio, cheio de pessoas novas e da minha idade, que tem os pais que pensam do mesmo jeito.

xx: Ultima chamada para o vôo 9041 com destino ao Rio de Janeiro.

Franco: Filha, vamos? - ele falou, tirando meu fone que ouvido para que eu o ouvisse.

Alice: Vamos né. - falei sem querer ir.

Franco: Vai ser bom para você filha, vai poder se dedicar mais aos estudos.

Alice: Mas e se não for isso que eu quero? E se eu quiser ser igual a mamãe, cantora? - Fiz birra.

Franco: Alice, não começa, você sabe que não gosto que fale dela. - Ele já estava bravo.

Alice: Ta, ta, tanto faz. - Falei enquanto ia caminhando até uma rampa que nos levaria direto ao avião.

Meu pai nunca quís falar muito sobre minha mãe, acho que no fundo ele deve me culpar por ela ter morrido quando eu nasci, no parto. Não gosto muito de pensar nisso, mas as vezes eu sinto falta de ter uma mãe, vendo todas minhas amigas que eu deixei para trás falando sobre a mãe delas. E também queria ouvir meu pai falar um pouco sobre ela, saber como ela era, mas parece que isso é impossivel para ele.

Entrei no avião e então seguimos para o Rio de Janeiro.

O celular do meu pai tocou, e então tentei ouvir a conversa, já que não tinha nada mais interessante para fazer.

Franco: Oi, pode falar.

xx:.....

Franco: Não, não posso fazer isso por você, já disse que você vai acabar perdendo o rumo da vida se continuar desse jeito, confia em mim e para com isso.

xx:...

Franco: Augusto, me ouve, não da para continuar desse jeito, para com isso. Não posso te ajudar com isso, só se você parar com os jogos, enquanto isso, tchau, até mais.

Logo depois ele desligou o celular e ficou com cara de tenso, nervoso.

Alice: Pai? o que aconteceu? - Falei tensa com o que eu ouvi.

Franco: Nada filha, só um sócio meu fazendo coisas que não deve, não se preocupe com isso, não é problema seu. - Ele tinha mudado sua expressão.

Alice: ok, você que sabe.

Não era de costume meu pai ficar daquele jeito, tinha alguma coisa errada com ele, mas eu tentei deixar de lado.

Já que ainda tinha 40 minutos até chegar no Rio, aproveitei para descansar um pouco. E acabei dormindo.

Acordei com meu pai me chamando:

Franco: Filha, acorda, chegamos.

Agora era só sair do avião, entrar no carro do motorista do meu pai que já estava a nossa espera, e ir para minha nova casa, onde meu pai viveu com minha mãe, antes de eu nascer.

Oficial, eu estava no Rio de Janeiro.