Fanfics Brasil - O Soldado Dude Nascida à Meia-Noite [FINALIZADA]

Fanfic: Nascida à Meia-Noite [FINALIZADA] | Tema: Anahí, AyA, Alfonso, Dulce, Ucker, Christian, Maite,


Capítulo: O Soldado Dude

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Nesse momento o pai, de mala em punho, atravessou a sala. Anahí correu atrás dele até a porta que se abria para a tarde sufocante de Houston.


— Me leve com você — pediu, sem esconder as lágrimas. As lágrimas talvez ajudassem. Antes, quando chorava, conseguia o que queria dele. — Eu não como muito — fungou, tentando fazer graça.


Ele balançou a cabeça, mas ao contrário da mãe, pelo menos tinha alguma emoção nos olhos:


— Você não compreende.


Você não compreende.


— Por que vocês estão sempre dizendo isso? Já tenho 16 anos. Se não compreendo, então me expliquem, ou me contem o grande segredo e pronto.


Ele olhou para os pés como se aquilo fosse um teste e as respostas estivessem na ponta dos sapatos. Depois, suspirando, ergueu os olhos:


— Sua mãe... Precisa de você.


— Precisa de mim? Está brincando? Ela nem me quer aqui!


Nem você me quer.


Essa constatação fez com que o ar se imobilizasse em seus pulmões. Ele na verdade não a amava. Enxugou uma lágrima na bochecha e olhou de novo para ele. Só que agora, em vez do pai, Anahí via o soldado Dude, que vivia atrás dela. Ali na rua, trajava o mesmo uniforme militar de antes. Parecia ter acabado de sair de um daqueles filmes sobre a Guerra do Golfo de que sua mãe tanto gostava. Só que, em vez de disparar para todos os lados ou voar pelos ares, ele permanecia imóvel, olhando para ela com um ar triste, mas muito assustado.


Ela o surpreendeu espreitando-a a algumas semanas. Nunca falaram um com o outro. Mas, no dia em que ela o apontou para a mãe e a mãe não o viu... Bem, o mundo de Anahí saiu dos eixos. A mãe chegou à conclusão de que ela tentava chamar a atenção ou coisa pior. E quando dizia “coisa pior” ela se referia ao risco de Anahí estar perdendo contato com a realidade. Sem dúvida, os terrores noturnos que a atormentavam quando era criança tinham voltado mais assustadores ainda. A mãe disse que um analista poderia ajudá-la a superá-los — mas como, se Anahí nem sequer se lembrava deles? Só sabia que eram ruins. Ruins o bastante para fazê-la acordar gritando.


Anahí queria gritar agora. Para que o pai se voltasse e visse o soldado Dude(gíria, termo genérico usado informalmente com referência a uma pessoa qualquer; cara, sujeito.) provando assim que ela não estava maluca. Talvez, se ele realmente visse o homem que a perseguia, ela não precisasse mais ir à analista. Aquilo não era justo.


A vida, porém, não é justa, conforme sempre lembrava sua mãe. Mas, quando Anahí olhou de novo, ele já tinha ido embora. Não o soldado Dude, mas seu pai. Ela caminhou até a porta da garagem e o viu colocando a mala no banco de trás do Mustang vermelho conversível. Ao contrário do pai, a mãe nunca gostou daquele carro.


Anahí correu até ele.


— Vou pedir pra vovó falar com a mamãe. Ela vai conseguir...


Mal essas palavras escaparam dos lábios de Anahí ela se lembrou do outro grande acontecimento trágico de sua vida. Não podia mais pedir que a avó resolvesse seus problemas. A avó estava morta. A imagem dela deitada, fria, no caixão dominou a mente de Anahí e outro soluço brotou em sua garganta. O olhar do pai demonstrava agora preocupação. O mesmo olhar que levara Anahí para o consultório da terapeuta três semanas antes.


— Estou bem. Só esqueci — porque a lembrança machucava muito. Sentiu uma lágrima solitária escorrendo pelo rosto.


O pai se aproximou e a abraçou. Esse abraço durou mais do que qualquer outro, mas terminou cedo demais. Como ela podia deixá-lo ir? E ele, como poderia abandoná-la?


Os braços do pai se soltaram e ele a afastou.


— E só me telefonar, meu bem.


Contendo as lágrimas, odiando a própria fraqueza, Anahí acompanhou o conversível vermelho do pai ficando cada vez menor à medida que descia a rua. Precisando muito ficar sozinha em seu quarto, correu para dentro de casa. Mas então, lembrando-se, olhou para o outro lado da rua. Será que o soldado Dude já tinha desaparecido num passe de mágica, como costumava fazer?


Não. Continuava lá, observando, espionando. Deixando-a morta de medo e, ao mesmo tempo, muito irritada. Era por causa dele que Anahí tinha que ir à analista. Então a Sra. Baker, sua vizinha idosa, saiu para apanhar a correspondência. Sorriu para Anahí, mas nem sequer uma vez a velha bibliotecária reparou no soldado Dude bem ali, de pé em seu jardim, a menos de um metro de distância. Muito estranho. Tão estranho que um calafrio desceu por sua espinha, o mesmo calafrio que sentiu durante o funeral da avó.


O que estaria acontecendo?



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Autor(a): Alien AyA

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Uma hora depois, Anahí desceu as escadas com a mochila nas costas e a bolsa no ombro. A mãe a deteve na porta. — Você está bem? Como eu poderia estar bem? — Vou sair — foi a única resposta de Anahí. Mais do que tinha conseguido dizer sobre a avó. Na ocasião, ela tinha notado o batom vermelho-brilhan ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 215



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  • laysavinon Postado em 15/01/2015 - 10:54:47

    vou adaptar sua fanfic ok?

  • franmarmentini Postado em 05/08/2014 - 23:57:41

    *.*

  • anahivida Postado em 29/06/2014 - 20:59:12

    parabensss pela web perfeita, vc vai voltar a postar ?

  • edlacamila Postado em 21/04/2014 - 00:57:58

    E ai quando volta? :/

  • alien Postado em 15/03/2014 - 22:32:25

    katiis pra vocês leitores é bom que passe voando agora pra mim não é muito bom não, eu tenho que escreve e eu sou uma lesma nisso kkkk' Tanto que to mal no 2 capítulo ainda D: Mas eu acho que foi bom eu dar essa pausa de 1 mês porque aqueles que começaram a ler a web quando já estava quase no final tem o tempo de poder ler tudo e depois acompanhar junto com todos.

  • katiis Postado em 15/03/2014 - 21:26:52

    ai amei a primeira temporada agora to louca p segunda tomara q esse mes passe voando *-*

  • alien Postado em 14/03/2014 - 21:44:42

    cayqueramos no no no no no U.U Eu tinha 12 anos quando escrevi, apesar de eu concordar que minha ideia era razoavelmente boa eu acho ela uma tragédia da literatura mundial além de ser muito mal escrita, ter capitulos minúsculos e horrores de erros de português. Eu já pensei em muitas vezes refazer ela, mas eu sempre desisto...

  • cayqueramos Postado em 10/03/2014 - 00:40:28

    Kkkk n lê essa n me da o link pra eu ler? Por favor?suas webs são muito boas!

  • franmarmentini Postado em 09/03/2014 - 13:09:07

    ;)

  • alien Postado em 08/03/2014 - 23:38:09

    Fran eu leio Embalos desde quando tinha seus primeiros 100 capitulos faz muito tempo!!! Vou dar uma olhada sim ;)


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