Fanfic: Nascida à Meia-Noite [FINALIZADA] | Tema: Anahí, AyA, Alfonso, Dulce, Ucker, Christian, Maite,

Alfonso apareceu à porta no momento em que Anahí entrava correndo, à procura dele.

— Ei, eu ia procurar você disse ele, exibindo um pedacinho de papel. — Peguei seu nome — e sorriu.

O sorriso era tão afetuoso que, se não estivesse tão furiosa e com tanto nojo, Anahí se perderia nele.

— É, eu sei, já me contaram — respondeu ela, olhando-o com desaprovação.

Alfonso estudou-a com atenção e prosseguiu com cautela:

— Pensei que talvez pudéssemos dar um passeio. Descobri um ótimo lugar durante a caminhada de ontem.

— Olha só, Alfonso. Estou lisonjeada, mas você não pode fazer isso — Anahí falava com rispidez.

— Fazer o quê? — uma expressão intrigada substituiu seu sorriso.

— Sei o que fez para ficar com o meu nome. E não vou deixar que isso vá adiante.

— Não foi nada — começou a se afastar da porta, mas olhou para trás ao ver que ela não o seguia. — Você não vem?

— Sangue — vociferou ela. E, dando os dois passos que a separava dele, o agarrou pelo antebraço. — Vamos, vou consertar as coisas — ela o puxou com força, mas ele não saiu do lugar. Foi então que sentiu a solidez de seus músculos sob os dedos.

— Está feito, Anahí — disse ele, inclinando-se. — Vamos só aproveitar nossa hora juntos, está bem? — seu cheiro, uma mistura deliciosa de sabonete masculino e odor natural, flutuou até ela.

— Você já? — Anahí olhou rapidamente para seu pescoço.

— Não, mas o acordo está feito.

— Pois vou desfazê-lo — garantiu ela, tentando ignorar aquele aroma e quanto ele lhe agradava... E a atração que sentia pelo garoto. Percebendo ainda o segurava pelo braço, soltou-o.

Alfonso franziu a testa.

— Você não pode desfazer o acordo. Só venha comigo, por favor.

Ela continuou parada, fitando-o.

— Pelo menos me deixe tentar — insistiu ela.

Ele fechou os olhos por um instante, aproximou o rosto do dela e sussurrou no seu ouvido:

— Por favor, Anahí, acredite em mim desta vez. Não há nada que você pode fazer para mudar as coisas.

Alguma coisa na voz dele penetrava fundo nela, confundindo seus pensamentos. Ou talvez o hálito dele em seu rosto e aquele leve formigar perto do lóbulo da sua orelha é que não a deixavam pensar direito.

Era impossível dizer “não” a Alfonso.

— Tudo bem — mas, mesmo cedendo aos desejos do garoto, disse a si mesma que deveria ter cuidado. Alfonso, por alguma razão, tinha poder sobre ela e isso talvez fosse perigoso.

Os olhos verdes dele fixaram por um instante os olhos azuis de Anahí e sorriu de novo.

— Vamos.

Ofereceu-lhe a mão. Anahí quase a pegou, mas conseguiu se conter no ultimo instante.

— Eu sigo você — disse apenas, enfiando as mãos nos bolsos.

A decepção atenuou o sorriso de Alfonso, mas ele assentiu e começou a falar. E ela fez o que lhe disse que faria: o seguiu. Não falaram nada nos primeiros cinco minutos, enquanto subiam uma trilha. Depois, ele saiu da trilha e a levou na direção de um grupo compacto de árvores e arbustos. Considerando-se o dia anterior com Della e agora aquilo, só por milagre ela não se depararia com plantas venenosas. Ou, pior ainda, bichos-de-pé. Quando estava prestes a dizer alguma coisa, ouviu o murmúrio suave de água corrente, como se logo fossem encontrar um riacho.

— É aqui — disse Alfonso. Olhou-a por cima do ombro, com um sorriso nos olhos, mas não nos lábios. 

Bom é isso por hoje e esse capitulo deveria ter saido só amanha, mas resolvi postar!