Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon
Seguia-se o ritual: a professora abria a porta, cumprimentava a aluna com um sorriso e andava em direção ao escritório, deixando que a jovem fechasse a porta. Ali ela ficava por alguns segundos observando curiosa a imensa sala vazia. Era um apartamento antigo e espaçoso e já era a terceira vez que ia àquele local
As duas começaram a trabalhar juntas na universidade. Dulce se ofereceu para ajudar voluntariamente a professora a colher dados para uma pesquisa, ajudando-a também em suas outras funções. No segundo mês, a professora, um pouco constrangida diante da impossibilidade de arranjar uma bolsa, acabou tirando do próprio orçamento uma quantia simbólica para pagar a menina.
No terceiro mês, o computador onde trabalhavam numa salinha improvisada foi tomado por funcionários de outro departamento e a professora a chamou para trabalhar em seu apartamento até a situação se resolver.
O fato é que algumas questões começaram a se agravar a partir de então. Todos consideravam a professora Anahí louca e grosseira, até mesmo os outros professores, colegas de trabalho. Mas Dulce a considerava apenas uma figura enigmática. Nunca fora maltratada ou ofendida durante aqueles poucos meses de trabalho, pelo contrário, era tratada sempre com educação.
Quando entrava no escritório, a professora já estava fumando desesperadamente. A grande verdade é que a jovem Dulce já a olhava de uma maneira diferente há algum tempo. E ficava observando discretamente seus gestos segurando o cigarro.
Anahí não poderia ser considerada atraente segundo os padrões brasileiros. Além disso, as inimizades que criava por conta de seu comportamento duro e desmedido contribuíam para que fosse considerada uma verdadeira bruxa. Mas Dulce a achava muito bonita, um tipo de beleza interessante, diferente. Era muito branca, muito magra, cabelo loiro liso quase na altura da cintura e uma voz meio rouca (talvez por causa do cigarro) que a envelhecia pelo menos mais uns dois anos.
Anahí fumava sem preocupação na frente de Dulce , que inspirava toda a fumaça enquanto trabalhava. A jovem teve a certeza que a situação estava completamente fora de controle quando notou que aquilo a excitava.
Dulce levantou-se para procurar um disquete e tentar se livrar da fumaça que atrapalhava sua concentração. Bem ou mal a professora era uma mal educada por fumar na cara da aluna, mas parecia não se preocupar com a jovem ou não atentar para esse detalhe. A caixinha com disquetes estava embaixo de um álbum de fotografias com capa de veludo, no meio da bagunça de livros e caixas velhas misturados.Dulce, curiosa, pediu para olhar as fotos. A professora tomou o álbum e começou a folhear, sorrindo sozinha. Deu uma tragada e afastou o cigarro. Depois disse:
- Aqui sou eu quando jovem. Veja como eu era bonita.
Dulce olhou com atenção. Aquela menina imatura da foto não a interessava. Interessava a mulher que estava ali do seu lado, por mais absurdo que fosse. Dulce não sabia que tipo de sentimento era aquele, mas para o seu próprio desespero, a resposta estava cada vez mais clara desde que começaram a trabalhar naquele apartamento. A sensação de proximidade e intimidade era perturbadora. Adorava ver Anahí lavando o rosto no lavabo ali perto, seus braços magros, sua bunda redondinha.
No dia seguinte, Dulce viu a professora tomando café na cantina, mas não se aproximou, deu uma olhada rápida. Era comum se cruzarem fora do horário de trabalho. Pela primeira vez a professora usava um vestido. Era azul marinho muito escuro, um pouco abaixo dos joelhos. Dulce viu de relance a batata da perna de Anahí e seu coração disparou ao ver aquele pedacinho insignificante. Continuou parada, olhando de longe a professora. Ficou pensando por muitos minutos no quanto queria que Anahí a desejasse também. Se sentia uma pervertida, pois sabia que desejava a professora de maneira carnal. Sentir aquilo a incomodava, mas cada vez mais não conseguia fugir. O pior é que dia após dia a Anahí não demonstrava grande lucidez, a ponto de Dulce achar que as duas poderiam transar e no outro dia agirem como se nada tivesse acontecido, sem problemas.
Anahí às vezes parecia normal, mas de repente tinha umas recaídas, gritava ao telefone, se trancava em uma sala por muito tempo, e não havia como arrancá-la de lá. Depois de quase uma hora saía mais calma. Dulce não entendia porque ela fazia de um simples congresso ou reunião um verdadeiro tormento. Muitos outros professores conseguiam levar os problemas com bom humor, mas ela não, era séria e sisuda demais para tolerar qualquer erro. Não tinha senso de humor, não entendia as piadas e brincadeiras. Apesar de tudo isso, Dulce a queria e a desejava cada dia mais, pois via nela algo além daquela mulher difícil.
Autor(a): MahSmith
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No sábado à noite, Dulce passou propositalmente na frente do apartamento da professora e parou o carro do outro lado da rua. O local estava bem movimentado, pois tinha uns barzinhos ali na região. Inclinou um pouco o banco e ficou olhando para o quinto andar onde ela morava. A luz do escritório estava acesa. Desejou muito estar ali com ela e n&ati ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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tammyuckermann Postado em 06/09/2015 - 03:26:50
Posta mais pfff
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flavianaperroni Postado em 03/11/2014 - 13:07:17
Vai postar né??...não vai nos deixar?? não nos deixe por favoor..Ok ok parei com o drama kkkkkkkkkk
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flavianaperroni Postado em 03/11/2014 - 13:06:28
Pooosta mais por favor
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vverg Postado em 01/04/2014 - 13:50:04
Cheguei aqui...Nossa tantos caps?? kkkkk Vou me atualizar..hahaha
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vverg Postado em 09/02/2014 - 15:10:31
Nossa!!! Eita Amor heim..rsrsrs
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vverg Postado em 09/02/2014 - 01:52:55
Gostei..vai ter continuação???
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jessealter Postado em 25/01/2014 - 19:43:54
Continua , to gostando :)))