Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon

No elevador, Anahí cochichou no ouvido de Dulce tudo o que ia fazer com ela. Esta mania que Anahí tinha era de tirar o fôlego. Anahí do corredor ia levando Dulce até o quarto, apoiando as mãos nas costas da jovem. Bastou desfazer um laço do vestido para Anahí ficar seminua. Dulce olhou com malícia aquele corpo todo. As duas caíram na cama e se entregaram completamente uma para a outra como poucas mulheres conseguem, prolongando cada toque para que aquela noite durasse o máximo possível.
Anahí perdia o juízo ouvindo os gemidos de Dulce e por uma fração de segundo, ouvindo a respiração de Dulce ao atingir o orgasmo, teve a certeza de que nunca mais esqueceria aquilo. E abraçou com força a jovem ainda quente e ofegante. Dulce aconchegou-se nos braços de Anahí e deu um beijo em seus lábios. As duas se amaram diversas vezes naquela noite.
Antes de caírem no sono, Dulce disse:
- Anahí, quero te dar uma coisa...
Anahí olhou curiosa e sorridente:
- O que você quer me dar? Você sabe que o que eu quero já está aqui, é você.
Dulce sorriu, soltou seu colar do pescoço e o ofereceu para Anahí:
- Quero que leve isto com você...
- Dulce, eu não sei se posso aceitar...
- Por favor, aceite... - pediu Dulce.
Anahí então levantou os cabelos para que Dulce pudesse colocá-lo. Virou-se para a jovem e sorriu, observando o pingente e pensando em tudo aquilo. As duas se abraçaram e deitaram novamente para dormir um pouco. Dulce dormiu, mas Anahí demorou a conseguir pregar os olhos. Segurava aquele pingentinho com força. Se aproximou um pouco mais e sentiu o perfume dos cabelos de Dulce e desta vez não agüentou e começou a chorar pela primeira vez, agarrando Dulce com força, mas com cuidado para não acordá-la. Tinha medo que Dulce não ficasse bem. Tudo aconteceu tão rápido que Anahí ainda tinha vivo na memória os primeiros olhares, a primeiro beijo, a primeira noite. Mas sabia que em breve as pessoas começariam a comentar o relacionamento das duas. Por mais discretas que tentassem ser, seria inevitável. Anahí também sentia medo e se sentia frágil. Sabia de sua responsabilidade como educadora e sabia também que teria que honrar seu compromisso e compor a equipe na França. Era impensável e inadmissível desistir da viagem. Se sentia responsável por tudo aquilo. Mas Dulce era jovem. A lei natural das coisas era ela ficar bem e seguir em frente, pensava. Dulce, com a agitação de Anahí, ainda meio dormindo e sonolenta, beijou sua boca e a abraçou. Anahí encheu-se de ternura e conseguiu se acalmar. Em poucas horas partiria.