Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon
No sábado à noite, Dulce passou propositalmente na frente do apartamento da professora e parou o carro do outro lado da rua. O local estava bem movimentado, pois tinha uns barzinhos ali na região. Inclinou um pouco o banco e ficou olhando para o quinto andar onde ela morava. A luz do escritório estava acesa. Desejou muito estar ali com ela e não se conteve nem dois minutos. Impulsivamente resolveu subir, passou pelo porteiro e tomou o elevador. A professora abriu a porta e arregalou os olhos ao ver a menina:
- O que aconteceu?! - perguntou assustada.
Só então Dulce se deu conta de que foi uma tolice ter feito aquilo. Tentou remendar, mas só piorou as coisas:
- Vim te visitar - respondeu a jovem sorrindo, na esperança de ser bem recebida.
- Você está louca, menina? - disse Anahí com rispidez.
Dulce afastou-se um pouco e sentiu vontade de chorar, mas respirou fundo. A professora notou os olhos da menina cheio de lágrimas e ficou mais nervosa ainda. A sua longa experiência a fazia pressentir exatamente o que ela queria ali:
- O que você quer aqui à essa hora, posso saber? Não estou entendendo porque você está assim. - disse em voz alta.
Dulce, encurralada, sentiu raiva, e gritou:
- Você me despreza! Eu odeio você, a maneira como me trata, como se eu fosse uma débil mental, uma idiota.
Desceu as escadas correndo, vermelha de raiva, decidida a esquecer de uma vez por todas aquela maluca grosseira. Por quê? Por que tinha se apaixonado por uma bruxa? Uma bruxa de um rosto lindo exótico. Não sabia por que Anahí agiu daquela maneira horrível por causa de uma simples visita. Bem ou mal, a jovem havia se descontrolado porque sabia bem quais eram as suas próprias intenções. E a professora, muito experiente, já notara algo no ar, os olharem persistentes de sua aluna que tanto a incomodavam.
Dulce entrou no carro e começou a chorar por ser tão idiota. Por acreditar que algo pudesse acontecer entre as duas. Anahí, atordoada, procurou o número do celular de Dulce e telefonou para ela. Dulce olhou no visor e viu que era Anahí. Respirou fundo e antendeu, mas ficou em silêncio. Anahí disse:
- Me desculpe... me desculpa, Dulce...
Dulce ficou em silêncio. Ainda estava magoada.
- Onde você está? Volte aqui pra nós conversarmos...
- Eu só queria ver como a senhora estava, professora... Sei que a senhora estava muito preocupada essa semana com o projeto...
- Estou muito nervosa sim. Por isso a tratei mal. Mas volte aqui para eu me desculpar.
Dulce pensou que não foi por isso nada, que Anahí era uma estúpida mesmo. Não sabia se devia voltar. Estava triste.
- Por favor - continuou Anahí - por favor, Dulce.
Dulce respirou fundo e resolveu aceitar. O porteiro, vendo a menina ir e voltar, não se conteve:
- Você e a dona Anahí brigaram?
Dulce sorriu e não sabia como responder. O porteiro continuou falando enquanto Dulce esperava o elevador:
- A dona Anahí é assim mesmo, mas tem um bom coração - disse em tom filosófico.
Dulce subiu novamente agora mais calma. Anahí já a esperava na porta e quando a viu deu um sorriso como quem diz "me desculpe a cagada". Se aproximou, segurou o rosto da aluna e deu um beijinho na testa, arrumou seus cabelos e enxugou as poucas lágrimas que restavam.
- Me desculpa, tá? Tenho uma filha da sua idade e quando você fica triste logo lembro dela.
- Professora, sua filha tem dez anos e eu tenho vinte e cinco - disse Dulce contendo o riso.
As duas riram e Anahí a chamou para entrar. Foram para o escritório. Bem ou mal, a professora comparava Dulce à sua filha para tentar afastar qualquer outro pensamento. Anahí acendeu um cigarro e começou a fumar perto da janela:
- Como pode ver, estou trabalhando, Dulce. Nenhuma novidade.
- Posso ficar aqui com a senhora?
A professora riu outra vez como se não acreditasse que aquilo estava acontecendo e deu mais uma tragada. Não respondeu, mas fez sinal positivo com a cabeça. Começou a digitar com o cigarro entre os dedos e os olhos atentos no computador. Dulce sentou-se numa poltrona e ficou tentando assistir TV. Às vezes olhava para os tornozelos da professora, outras para as suas mãos ágeis no teclado. Qualquer parte do corpo que olhasse desejava tocar. Tentou puxar assunto:
- Como está a sua filha?
- Ainda morando com o pai em Portugal...
- Você é divorciada? - perguntou, mesmo já sabendo a resposta.
- Sou... - respondeu Anahí, sem tirar os olhos da máquina.
- Tem outros filhos?
- Não...
Notando que a professora estava monossilábica, Dulce resolveu calar-se. Acabou cansando daquele martírio e adormecendo ali mesmo na poltrona, com o barulhinho agradável do teclado nos seus ouvidos. E as horas se passaram.
Autor(a): MahSmith
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Já eram três da manhã quando a professora tocou o ombro da aluna para que acordasse. Dulce sentiu o corpo pesado e calmo, abriu os olhos e viu o rosto enigmático de Anahí no meio do penumbra: - Vamos, levanta! Tenho que me deitar. Você precisa ir embora. Dulce ficou observando o rosto de Anahí. O quanto seu olhar era profundo e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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tammyuckermann Postado em 06/09/2015 - 03:26:50
Posta mais pfff
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flavianaperroni Postado em 03/11/2014 - 13:07:17
Vai postar né??...não vai nos deixar?? não nos deixe por favoor..Ok ok parei com o drama kkkkkkkkkk
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flavianaperroni Postado em 03/11/2014 - 13:06:28
Pooosta mais por favor
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vverg Postado em 01/04/2014 - 13:50:04
Cheguei aqui...Nossa tantos caps?? kkkkk Vou me atualizar..hahaha
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vverg Postado em 09/02/2014 - 15:10:31
Nossa!!! Eita Amor heim..rsrsrs
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vverg Postado em 09/02/2014 - 01:52:55
Gostei..vai ter continuação???
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jessealter Postado em 25/01/2014 - 19:43:54
Continua , to gostando :)))