Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon

Anahí continuava insaciável, pedindo mais e mais, puxando Dulce para junto de seu corpo.
- Vem, meu anjo. Quero você.
E oferecia aquele sorriso lindo. Anahí excitada era irresistível. Se entregava de corpo e espírito, não tinha limites. E quando tocava Dulce, era quente, carinhoso, perfeito. E as duas ficaram horas naquela cena meio selvagem, com os corpos molhados e os cabelos grudados pelos ombros, agarradas, esfregando suas pernas, coxas e quadris, entre beijos ofegantes e demorados. Só pararam quando seus corpos não agüentaram mais e o sol fraquinho já brilhava atrás das frestas da janela. As duas, exaustas e sonolentas, abraçaram-se. Dulce ficou em silêncio, sentindo a respiração de Anahí e acariciando suas costas. As duas, introspectivas, pouco falavam, apenas sentiam e perdiam-se em pensamentos. E Anahí resolveu dizer, segurando o queixo de Dulce:
- Você foi a melhor surpresa dos últimos tempos, sabia? - disse.
Dulce encheu o peito de ar, como se fosse dizer alguma coisa, mas simplesmente a abraçou e fechou os olhos. Tinha tanta coisa a dizer, mas queria apenas estar ali. Anahí insistiu, segurando novamente a menina pelo rosto:
- Por que você veio, Dulce? Por quê? - perguntou, inquieta.
Dulce tentou apenas encostar-se novamente, mas Anahí a segurou pelos ombros, insistindo para que falasse. Dulce a abraçou forte:
- Eu quero ir com você para a França. Eu sofro tanto aqui sozinha. Por favor, me leva. - disse a jovem, com os olhos brilhantes de lágrimas.
Anahí surpreendeu-se com o pedido:
- Meu Deus, Dulce. Você é uma menina. Não posso te levar a lugar algum. - disse Anahí, meio perdida, sentando-se na cama.
Dulce levantou-se também:
- Não sou menina, sou uma mulher, como você bem pode ver. E te amo como mulher, você sabe disso. Nunca fiz papel de menininha pra você.
Anahí não agüentou e sorriu:
- Fez sim. E eu gostei - disse para Dulce com aquele olhar meio sedutor.
Anahí havia se lembrado de alguns momentos em que Dulce realmente havia feito este papel. E tinha sido muito bom. Dulce acabou sorrindo também. Anahí voltou ao assunto e pegou nas mãos de Dulce:
- Não acha precipitado? Você está no meio do curso, morando ainda com seus pais. Vai deixar tudo para trás?
- Eu deixaria sim. Eu morreria por você, Anahí. Será que você não percebe que eu sofro longe de você?
- Pois eu não quero que você morra, Dulce. Eu quero você viva para mim. E eu quero ser sua também. Mas eu não vou passar por cima dos seus pais. Eu não vou deixar você largar a faculdade. Isso iria contra tudo o que eu acredito.
E continuou:
- Você acha que eu não sofro, não é mesmo? Mas está enganada. Eu chorei muitas noites pensando em você.
Dulce amoleceu ouvindo aquilo. Parecia tão correto o que Anahí dizia, mas Dulce sabia que na prática era difícil suportar, doloroso, solitário, demorado:
- Deita aqui do meu lado. Vamos esquecer isso por hoje. - disse Dulce.
Abraçou Anahí e ficou calada, perdida novamente em pensamentos. No fundo, gostaria que Anahí aceitasse fazer qualquer coisa para estarem juntas. Fechou os olhos. Anahí a chamou:
- Parei de fumar.
Dulce supreendeu-se. E lembrou que realmente não tinha visto Anahí fumar. Abraçou Anahí, daquele jeito nua, trazendo de novo aquele arrepio gostoso:
- Boa notícia. Parabéns - disse com os olhos brilhantes, feliz, beijando-a.
Dulce não sabia, mas Anahí havia feito aquilo pensando no futuro das duas. Por fim acalmaram-se e dormiram.