Fanfic: Anahí (AyD) | Tema: Portiñon

Às oito da noite, Dulce já não estava mais agüentando. Estava sem pique. Acenou para Anahí indicando que ia subir e foi para o quarto. O corpo doía de tanto ficar sentada assistindo palestras. Jogou-se no chuveiro, tomou banho quente, esticou as costas. Uma coisa tinha que admitir: Anahí tinha muito mais energia. Provavelmente chegaria super tarde como no dia anterior e ainda teria vontade de sair.
Deitou-se na cama quente e macia. No travesseiro e nos lençóis, o perfume de Anahí. Ficou pensando no quanto Anahí estava cada vez mais bonita. Adormeceu. As horas se passaram.
Dulce acordou sentindo Anahí acariciar suas coxas. A sensação era maravilhosa. Meio sonolenta, sentindo prazer, se deixando tocar, abriu os olhos e viu os olhos de Anahí diante dos seus. Olhos azuis, penetrantes. Anahí beijou o pescoço da jovem demoradamente, fazendo-a desmanchar de prazer. Dulce não sabia bem se era um sonho ou real, apenas se permitia sentir aquilo. E com as mãos procurou Anahí também, segurando em seu quadril, sentindo que estava nua e excitada. Aquele fogo nunca teria fim. Apertou a cintura, sentiu a maciez da coxa e o calor do corpo. Agarrou-se aos cabelos de Anahí e rolaram na cama. Os cabelos de Anahí escorregavam entre os dedos, macios como seda e se espalhavam pelo travesseiro. As duas se olharam e sorriram:
- Quer sair, anjinho? - perguntou Anahí.
- Bom - disse Dulce sorrindo e dando uma pausa, sentindo o corpo dela queimar sob o seu - na verdade, eu gostaria de continuar aqui...
Anahí sorriu, suspirando. Era raro aquele sorriso de timidez:
- Está ouvindo o barulho da chuva?
- Mais um motivo para não levantarmos - disse Dulce, segurando na mão de Anahí.
Acariciou os dedos e os beijou um a um, com os lábios quentes e vermelhos de prazer. Adoravam se tocar, se sentir. Anahí abraçou Dulce pelas costas e com os braços em torno da cintura a beijava, arrepiando as costas, fazendo Dulce fechar os olhos e se oferecer mais. Anahí segurava, apertava e acariciava as costas e o bumbum, procurando lugares secretos. A respiração de Dulce acelerava e seu corpo ferveu com aqueles carinhos. De repente segurou a mão de Anahí, impedindo-a de continuar:
- Anahí... - disse, tentanto recuperar o fôlego...
- Deixa eu continuar Dulce - pediu Anahí, louca de desejo.
E deu um sorriso completamente safado. Dulce também sorriu, com o rosto corado de desejo.
- Fecha os olhos, anjinho... - disse Anahí, enquanto beijava a nuca e os ombros de Dulce.
A chuva caía cada vez mais forte, batendo na janela. Dulce fechou os olhos e sentiu os carinhos de Anahí. Ela era hábil, sensível. Sabia a hora certa de parar ou avançar, prestava atenção no que o corpo de Dulce pedia, se preocupava com ela. Vem Dulce, você é minha, dizia. Se entrega para mim. E puxou Dulce forte para junto de si. A jovem estava quente, suada, deliciosamente entregue para Anahí fazer o que quisesse. Os dedos de Anahí a escorregavam lentamente. Anahí nunca havia sentido nada igual, alguém se entregando, confiando tanto, esperando ser amada de todas as formas. Eu te amo, sussurrou para Dulce. Vem, Anahí. Pode ir além, estou gostando. Vem. E Anahí foi, devagar, gostoso. Nem ela sabia de onde vinha tanta destreza. E fez amor com Dulce daquele jeito. E observava o quanto Dulce tinha um corpo lindo, feminino. Corpo de mulher, cheiro de mulher, maravilhoso.
Dulce ficou sorrindo, cansada, com aquela cara de quem acabou de fazer arte. Anahí levantou-se da cama. Dulce disse:
- Ei, aonde você vai? Não terminamos ainda... - disse, com um sorriso gostoso.
- Calma, anjinho... vou pegar uma coisa - respondeu Anahí, agachada, revirando a mala.
Dulce ajeitou-se na cama e ficou observando, curiosa. De repente, o telefone toca. Anahí olha para Dulce. Quem seria a esta hora? Anahí atende e começa a conversar com um grande sorriso, e diz baixinho para Dulce:
- É a minha filha.

Dulce ficou observando. Nunca havia visto Anahí falar com a filha. Anahí nua, andando de um lado para o outro, conversava ao telefone. E Dulce ouvindo o jeito que Anahí falava com a filha. A conversa deve ter durando uns vinte e cinco minutos. Anahí desligou e voltou correndo para a mala:
- Comprei um presente para você. Sabia que eu tinha planos de ir te ver durante esta minha passagem pelo Rio? E eu ia entregá-lo a você. Bom, mas você veio até mim, né anjinho?
Silêncio. Olhou para Dulce. Não acreditou que estivesse dormindo. Talvez estivesse brincando. Se aproximou da cama.
- Amor... - disse, dando um beijinho no rosto.
Dulce estava mesmo dormindo, apesar do sorriso inconsciente que costumava dar se era beijada enquanto dormia. Te faço esperar tanto, né meu amor? sussurrou Anahí. Abriu a caixinha de veludo e tirou dela um colar de ouro que havia comprado. Um presente simples, mas de grande significado. Prendeu no pescoço da menina e a abraçou. Dulce retribuiu o abraço, dormindo, meio sonolenta. Anahí levantou-se e vestiu o roupão. Precisava preparar algumas coisas para o dia seguinte. Sentou na escrivaninha e voltou a digitar, às vezes distraindo-se com Dulce dormindo ali ao lado. Linda. Seria bom tê-la assim sempre por perto.